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agosto 15, 2013
Ricardo Rendón e Vítor Mizael na Zipper, São Paulo
Em exposição na Zipper Galeria, o mexicano Ricardo Rendón trabalha as possibilidades do vazio
Ricardo Rendón - Vazio Contido, Zipper Galeria, São Paulo, SP - 19/08/2013 a 14/09/2013
No dia 17 de agosto, às 12h, a Zipper Galeria inaugura a exposição individual de Ricardo Rendón. Na mostra, intitulada “Vazio Contido”, o artista mexicano apresenta um panorama de sua produção dos últimos anos, com objetos confeccionados a partir de materiais diversos, com os quais Rendón reflete sobre o vazio e sobre seus próprios métodos de criação. A exposição fica em cartaz até o dia 14 de setembro.
Nessas obras, o artista analisa as condições dos materiais antes mesmo de sua utilização produtiva, além dos diferentes comportamentos de cada um deles. “Ricardo Rendón propõe em seus trabalhos um renascimento às avessas, que enfatiza o trabalho manual, e que expõe a face trabalhadora da arte conceitual, aquela que valoriza o processo, a singularidade de cada gesto”, analisa a curadora Paula Braga.
A exploração do vazio no trabalho de Rendón se dá através de recortes e perfurações de materiais como feltro, couro e papelão, sendo que as partes “subtraídas” da obra continuam a fazer parte dela, recontextualizadas como vestígios desse esvaziamento, físico e temporal. “Não basta a este artista mexicano oferecer o script, o algoritmo que define as repetições a serem executadas: é preciso apresentar o objeto, é preciso espalhar no chão os restos do processo repetitivo de perfurar o feltro industrial, exibindo assim uma dimensão do objeto chamada tempo, mesmo que o que sobre da obra seja muito mais um vazio do que efetivamente matéria, um vazio que aponta para a ideia de corrosão, desgaste, sumiço, desmaterialização feita pela divisão em pequenas partes”, explica ainda a curadora.
No trabalho de Ricardo Rendón, a presença concomitante do objeto recortado e de seus recortes é um atestado do fazer artístico. “Encontro no fazer o caminho para reconhecer a mim mesmo e definir quem sou como pessoa. É o trabalho criativo como uma afirmação”, conta o artista. “Opto por concentrar-me nos fatos, pegadas e evidências que posso deixar por um caminho, um encontro pessoal ou mediante a transformação de um material”, conclui.
Ricardo Rendón nasceu na Cidade do México, México, em 1970, onde atualmente vive e trabalha. Já participou de mostras em galerias e museus em todo o mundo, incluindo o Stedelijk Museum (Amsterdã, Holanda, em 2009); Maison Rouge (Paris, França, em 2008), Museu Tamayo (Cidade do México, México, em 2003) e MAM-México (Cidade do México, México, 2013). Suas obras compõem importantes coleções de arte contemporânea, incluindo a Fundação Cisneros Fontanals Art (CIFO), Coleção Jumex e Fondation Daniel Langlois.
Zip’Up apresenta exposição de Vítor Mizael
Vitor Mizael - Taxionomia, Zipper Galeria, São Paulo, SP - 19/08/2013 a 14/09/2013
Também no dia 17, o projeto Zip’Up recebe a exposição “Taxonomia”, de Vítor Mizael, com curadoria de Mario Gioia. A mostra é um panorama dos trabalhos mais recentes do artista paulistano: pinturas, desenhos e objetos de animais 'domésticos' – discutindo questões pertinentes à sua obra, como o deslocamento.