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junho 13, 2013

Sérgio Sister na Artur Fidalgo, Rio de Janeiro

Sérgio Sister, Artur Fidalgo Galeria, Rio de Janeiro, RJ - 21/06/2013 a 13/07/2013

A Artur Fidalgo Galeria apresenta obras de Sérgio Sister a partir do próximo dia 20 de junho. Nesta individual, o artista paulista mostra uma série de objetos pictóricos tridimensionais e uma pintura em papel, de produção recente; e duas pequenas telas monocromáticas realizadas no início da década de 1990. “Eu pretendo expor modos diferentes de construir a pintura, inclusive cruzando trabalhos atuais com outros mais antigos, sempre tendo a luz como referência primordial”, diz o pintor. Sister, que expôs em duas Bienais de São Paulo, e que já participou de mostras no Rio de Janeiro no MAM e no Paço Imperial, volta à cidade a convite de Artur Fidalgo, que comemora seus 30 anos de experiência esse ano.

O “Pontalete 15” mostrado nesta exposição é parte de uma série de pinturas relacionadas com o espaço, feitas sobre caibros de madeira e/ou tubos quadrados de alumínio, de 250 x 5 x 5 centímetros cada. Um conjunto de 11 dessas peças coloridas é composto, nesse caso, na forma de um portal ou de uma trave de futebol, atuando com um grande vazio da parede branca.

As “Caixas” são pinturas feitas em tábuas verticais dispostas sobre uma estrutura de madeira semelhante a de uma caixinha de frutas. Aí Sérgio Sister faz seu jogo. Um jogo que vai além da matéria: as cores não apenas atuam entre si, como interagem com o fundo branco da parede, com as sombras e com outras tabuinhas colocadas na parte posterior da obra. O espectador pode mergulhar na cor e na ausência, na luz e na sombra, para dentro ou além das margens e das bordas. Entre a pintura e a escultura, ele abre área para o tom do fundo, destacando-o como parte essencial da obra. “Na exposição devo apresentar ainda uma caixas maiores, também derivadas de caixas de frutas, que permitem criar mais uma camada de profundidade, um terceiro fundo, que pode ampliar a dinâmica do trabalho”, acrescenta Sister.

As duas pequenas telas têm como alvo a luminosidade. Seja a luz produzida internamente pela massa de tinta, seja a luz refletida de fora sobre a cor metalizada. Já sobre papel japonês de fibra de kozo, ele aplica tintas à óleo regulares e/ou tintas a base de alumínio. Muitas vezes, o óleo transborda da forma e cria seu próprio desenho. Para o filósofo e crítico de arte Alberto Tassinari, Sister expressa a luminosidade, a feição e a afeição: "Há uma concentração de espírito por cm2, só encontrável em outras formas muito sintéticas de arte: haicais, fotografias, não muito mais."

Também com exposição em São Paulo, seu trabalho fica na Pinacoteca do Estado até o último fim de semana de maio. Em três meses, a exposição foi vista por mais de 120 mil pessoas. Sister também está com exposição corrente em Paris e tem previsão para mostra em Nova York em breve.

Posted by Patricia Canetti at 1:06 PM