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junho 11, 2013
Odires Mlászho - Zero Substantivo na Vermelho, São Paulo
A galeria Vermelho apresenta, de 15 de junho a 13 de julho de 2013, as exposições "Zero Substantivo", de Odires Mlászho, um dos representantes do Brasil na 55a Bienal de Arte de Veneza, e “Espera”, da dupla Gisela Motta [1976] e Leandro Lima [1976].
Odires Mlászho - Zero Substantivo, Galeria Vermelho, São Paulo, SP 18/06/2013 a 13/06/2013
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"Zero Substantivo" conjuga trabalhos novos e inéditos a outros já conhecidos, apresentados na 30a Bienal de São Paulo, no ano passado, ou mesmo na exposição que Mlászho apresenta atualmente no Pavilhão do Brasil da 55a Bienal de Arte de Veneza, em cartaz até novembro próximo, ambas com curadoria do venezuelano Luis Pérez-Oramas.
A exposição "Zero Substantivo" representa o desenvolvimento natural da pesquisa de Odires Mlászho [1960], iniciada em sua ultima individual na Vermelho, em 2010, “Sopa Nômade”. Na exposição, a palavra escrita, que representa um dos principais focos de interesse do artista, foi totalmente desarticulada e reorganizada em grupos de letras, com o objetivo de desestabilizar a compreensão e leitura lógica linear de cada frase. Esse procedimento, materializado por meio de técnicas como colagem, escarificação e camuflagem, representou em “Sopa Nômade”, o grau zero da linguagem, “um balbuciar” desprovido de “sentido semântico claro”, nas palavras de Mlászho.
"Zero Substantivo", que emprega as mesmas técnicas, vai um passo além da utilização da linguagem no sentido matricial empregada em “Sopa Nômade”. Na nova individual, o uso da tipografia carrega significados semânticos desprovidos, entretanto, de substantivos próprios, como o título já revela.
Em “Riverrun” [2013], obra composta por 14 partes que em conjunto constituem uma longa frase, emprega dois alfabetos distintos. À tipologia reta e legível empregada em um deles, Mlászho sobrepõe um segundo alfabeto criado com tipos arcaicos e “torturantes”, de difícil compreensão e leitura.
Em Técnicas Avançadas para Travessias de Espelhos [2013], o artista volta a utilizar letraset, técnica usada anteriormente, para criar desenhos sobre fundos camuflados de imagens apropriadas de revistas. Já em “Plast White” [2013], Mlászho escaneou logomarcas e criou com elas poemas visuais.
Pontos Cegos Móveis [2013], obra criada originariamente para a exposição “Dentro/Fora”, no Pavilhão do Brasil da 55ª Bienal de Arte de Veneza, utiliza capas de proteção de filmes fotográficos de 120mm, para representar de 16 formas diferentes a letra Y. O uso de capas de proteção de filmes não foi escolhido aleatoriamente, mas por conta da complexidade de informações que aparece impressa sobre sua superfície, e por fim, pela função desse material dentro do processo fotográfico.
"Zero Substantivo" conta ainda com as obras “Ploter Palavra”, com um conjunto de obras da série “Livros-Moles”, “Livros-Mochilas” e “Partituras para Instrumentos Quebrados”.
Odires Mlászho – Seleção de exposições individuais: Sopa Nômade, Galeria Vermelho, São Paulo, 2010; Riverrunreverseflash [12º Cultura Inglesa Festival], Centro Brasileiro Britânico, São Paulo [2008]; O.D.I.R.E.S., Galeria Vermelho, São Paulo [2006]; Fotomontagens Paulistanas, Espaço Nossa Caixa, São Paulo [2004]; A Palidez Iluminada – Foto Arte - Museu de Arte de Brasília – Brasília [2003]. Seleção de exposições coletivas: DENTRO/FORA, 55ª Bienal de Veneza [Pavilhão Brasileiro], Giardini Castello, Veneza [2013]; XXX Bienal Internacional de São Paulo: A Iminência das Poéticas, São Paulo [2012]; Facetime, On Stellar Rays, Nova York [2012]; Geração 00, SESC Belenzinho, São Paulo [2011]; De viaje - Instituto Cervantes, Rio de Janeiro, Roma, Praga [2009]; Recortar e Colar - CRTL_C + CRTL_V, SESC Pompéia, São Paulo [2007]; Veracidade, Museu de Arte Moderna [MAM SP], São Paulo [2006]
Odires Mlászho - Zero Substantivo, Galeria Vermelho, São Paulo, SP 18/06/2013 til 13/06/2013
From June 15 to July 13, 2013, Galeria Vermelho is presenting the exhibitions Zero Substantivo [Substantive Zero], by Odires Mlászho, one of Brazil’s representatives at this year’s 55th Venice Biennale, and Espera [Waiting], by artist duo Gisela Motta and Leandro Lima.
Zero Substantivo combines new and never-before-shown works with other already known ones, presented last year at the 30th Bienal de São Paulo, or at the exhibition that Odires Mlászho [1960] is currently holding at the Brazil Pavilion at the 55th Venice Biennale, running until this November, both curated by Venezuelan curator Luis Pérez-Oramas.
The exhibition Zero Substantivo represents the natural development of Odires Mlászho’s research since his last solo show at Vermelho, in 2010, Sopa Nômade. At that exhibition, the written word – one of the artist’s main foci of interest – was totally taken apart and reorganized in groups of letters, with the aim of destabilizing the linear logical reading and understanding of each phrase. This procedure, carried out by techniques such as collage, scarification and camouflage, was used in Sopa Nômade to represent the zero degree of language, a “babbling” lacking “clear semantic meaning,” in Mlászho’s words.
Zero Substantivo, which uses the same techniques, goes one step beyond the use of language in the matricial sense used in Sopa Nômade. In the new solo show, typography is used to convey semantic meanings which nonetheless lack proper nouns, as revealed by the title.
Riverrun (2013), consists of 14 parts that constitute a long phrase, using two different alphabets. To the straightforward and legible type used in one of these alphabets, Mlászho overlays a second one created with archaic and “tormenting” types, difficult to read and understand.
In Técnicas Avançadas para Travessias de Espelhos [Advanced Techniques for Mirror Crossings] (2013), the artist resorts to Letraset, a technique seen in some of his previous works, to create drawings on camouflaged backgrounds of images appropriated from magazines. In Plast White (2013), Mlászho scanned logotypes and created visual poems with them.
Pontos Cegos Móveis [Movable Blind Spots] (2013), a work created originally for the exhibition Dentro/Fora, in the Brazil Pavilion at the 55th Venice Biennale, uses protection sleeves for 120-mm photographic film to present 16 different forms of the letter Y. Film protection covers were chosen for this artwork in light of the complexity of information printed on their surface, as well as the role of this material in the photographic process.
Zero Substantivo also features the works Ploter Palavra [Word Plotter] with a set of works from the Livros-Moles [Soft Books], Livros-Mochilas [Knapsack Books], and Partituras para Instrumentos Quebrados [Musical Scores for Broken Instruments] series.
Odires Mlászho – Selected solo shows: Sopa Nômade, Galeria Vermelho, São Paulo, 2010; Riverrunreverseflash [12º Cultura Inglesa Festival], Centro Brasileiro Britânico, São Paulo [2008]; O.D.I.R.E.S., Galeria Vermelho, São Paulo [2006]; Fotomontagens Paulistanas, Espaço Nossa Caixa, São Paulo [2004]; A Palidez Iluminada – Foto Arte - Museu de Arte de Brasília – Brasília [2003]. Selected group shows: DENTRO/FORA, 55ª Bienal de Veneza [Pavilhão Brasileiro], Giardini Castello, Veneza [2013]; XXX Bienal Internacional de São Paulo: A Iminência das Poéticas, São Paulo [2012]; Facetime, On Stellar Rays, Nova York [2012]; Geração 00, SESC Belenzinho, São Paulo [2011]; De viaje - Instituto Cervantes, Rio de Janeiro, Roma, Praga [2009]; Recortar e Colar - CRTL_C + CRTL_V, SESC Pompéia, São Paulo [2007]; Veracidade, Museu de Arte Moderna [MAM SP], São Paulo [2006].