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junho 4, 2013
Marina Rheingantz no Galpão Fortes Vilaça, São Paulo
Marina Rheingantz - Uma hora e mais outra, Galpão Fortes Vilaça, São Paulo, SP - 11/06/2013 a 27/07/2013
Temos o prazer de apresentar Uma hora e mais outra, exposição individual de Marina Rheingantz no Galpão Fortes Vilaça. A mostra inclui 15 pintura à óleo, em que a artista mescla elementos antagônicos, sejam de imagens, estilos ou cores. Neste novo corpo de trabalho, o lugar de passagem, a paisagem desolada, a memória sublimada surgem como em uma colagem.
Marina tira o título da exposição de uma poesia de Drummond. Mais do que uma referencia ou inspiração para sua produção, o título aponta para o processo de criação da artista. A partir de fotografias ou da própria memória, suas telas são construídas e descontruídas camada por camada, uma hora após a outra no trabalho do atelier.
A artista continua a explorar imagens fragmentadas e paisagens insólitas, como na obra Fisherman, onde se vê uma vila que parece estar deserta retratada a distância em tons verdes e laranjas, ou na obra Crossroads onde o esboço de uma malha viária cobre em tons cinza azulados a paisagem que estava por baixo. A mostra também traz alguns trabalhos onde o processo de apagamento chega adentra a abstração. Nas telas Chuvisco e Chuvisco II já não é mais possível identificar qualquer elemento que nos remeta a paisagem ou objeto, as camadas de tinta se sobrepõem formando grandes campos de cor, guardando apenas a memória do real.
O jogo com a abstração se estende à Romã, a maior obra da exposição, que desvela um padrão vermelho abstrato suspenso no centro da tela, flutuando sobre paisagem campestre, onde se inserem ainda esboços de lustres. Esta tela revela o desejo de experimentação da artista que agrega elementos dispares, sobreposições insólitas, ambientes interiores e exteriores em composição ousadas.
Marina Rheingantz nasceu em Araraquara, São Paulo, em 1983. Graduou-se em Artes Plásticas pela FAAP em 2007. Integrou o grupo da nova pintura paulistana “2000e8”, cuja entrada no circuito profissional teve forte presença na mídia especializada. Já teve individual no Centro Cultural São Paulo (2012); e no Centro Universitário Maria Antônia (2011). Dentre suas exposições coletivas recentes destacam-se, Lugar Nenhum, Instituto Moreira Salles, Rio de janeiro (2013); Os dez primeiros anos, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (2012); 6ª Bienal de Curitiba (2011); entre outras. Seu trabalho está em coleções como Pinacoteca do Estado de São Paulo e Instituto Cultural Itaú.