|
junho 4, 2013
Casa Daros abre edição do programa Diálogos com Iole de Freitas
Em conversa aberta ao público, Iole de Freitas falará sobre sua pesquisa “Para que servem as paredes do museu – a relação entre instituição e artista”, com a diretora-geral da Casa Daros, Isabella Rosado Nunes, e Eugenio Valdés Figueroa, diretor de arte e educação
A Casa Daros apresenta, no próximo sábado, 8 de junho, às 17h, o programa Diálogos, com a participação da artista Iole de Freitas (1945, Belo Horizonte) e dos diretores Isabella Rosado Nunes e Eugenio Valdés Figueroa. O tema será a pesquisa da artista “Para que servem as paredes de um museu?” e sua relação com a instituição, que envolveu o processo de criação da escultura “Sem título“ (2011/2013), um “site specific” de cem metros quadrados, com quatro metros de altura, em policarbonato e tubos flexíveis de alumínio, instalada na exposição “Para (saber) escutar”. A escultura, resultado da primeira residência de pesquisa na Casa Daros, fica em exposição até o dia seguinte, 9 de junho.
No projeto da Casa Daros, a ideia inicial de Iole de Freitas foi acompanhar o processo de transformação do edifício que abriga a instituição e imaginar “utopias para lugares que estão mudando, junto com as ideias”. A artista se dedicou a pensar esculturas, instalações e situações impossíveis de serem feitas em um espaço que sofre alterações permanentes. “As esculturas dependem, em geral, de ancoragens onde possam estar em equilíbrio”, observa Eugenio Valdés Figueroa, diretor de arte e educação da Casa Daros. “Para realizar este trabalho, houve um intenso diálogo entre a artista e a instituição, já que a Casa Daros está instalada em um prédio tombado pelo patrimônio municipal”, acentua Isabella Rosado Nunes.
Iole de Freitas conta que a referência de seu trabalho que está em exposição foi o mar, e que pesquisou dois tons de verde – um com mais amarelo, e outro com mais azul – presentes na instalação suspensa. “Para a pesquisa realizada inicialmente, em 2011, nos jardins eu investiguei a verticalidade produzida pelas altas palmeiras imperiais, mas agora, para o interior da sala de exposição busquei o elemento água, e os seus muitos tons de verdes”, explica a artista. Iole fez vários testes até encontrar os dois tons de verde que queria. Ela buscou um movimento fluido, e o resultado dá a ideia de “velocidade, de turbilhão”, explica. A face voltada para cima do policarbonato – material que sempre utiliza – é translúcido, e reflete a luz e a arquitetura em volta, um elemento emblemático da instituição.
A obra de Iole de Freitas fica até 9 de junho. A partir de 21 de junho a sala de residência artística abrigará as obras que integram o projeto “A guerra que não vimos”, do artista Juan Manuel Echavarría, até 18 de agosto de 2013. A exposição “Para (Saber) Escutar”, paralela a “Cantos Cuentos Colombianos”, ocupa as cinco salas de arte e educação do primeiro andar da Casa Daros, e permanece até o próximo dia 28 de julho de 2013.