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maio 23, 2013
Participação do Brasil na 55ª Bienal de Veneza
Artistas brasileiros produzem obras in situ para a 55ª Bienal de Veneza
Biennale di Venezia - Partecipazioni Nazionali: Dentro/Fora, Padiglione Brasile, Veneza, Itália - 01/06/2013 a 24/11/2013
Dentro/fora [Inside/outside] é o título dado pelos curadores Luis Pérez-Oramas e André Severo à exposição que representa o Brasil na 55ª Esposizione Internazionale d'Arte – La Biennale di Venezia, que acontece entre 1 de junho e 24 de novembro no complexo do Giardini. O título faz referência a um problema implícito na questão da fita de Moebius – estrutura estudada por August Ferdinand Moebius, em 1858 e objeto articulador da exposição - de grande relevância para a arte moderna e contemporânea brasileira, como exemplifica a obra de Lygia Clark, uma das pontuações históricas da mostra: “Feita em 1963, a escultura O Dentro é o Fora de Lygia Clark foi o trabalho a partir do qual a artista entendeu a razão completa de sua obra. Para o título da mostra, eliminei o verbo, no sentido de que todos os artistas que ocupam o Pavilhão Brasileiro nesta exposição estão elaborando suspensões entre o dentro e o fora.” - explica Pérez-Oramas.
A representação oficial brasileira está ancorada pelos trabalhos de Hélio Fervenza (Sant’Ana do Livramento, 1963) e Odires Mlászho (Mandirituba, 1960) e dialoga com um núcleo histórico composto por esculturas da brasileira Lygia Clark, do italiano Bruno Munari, e do suíço Max Bill. Dividida em dois ambientes, a exposição traz uma sala protagonizada pela fita de Moebius e um ambiente composto por 35 obras inéditas criadas por Mlászho e Fervenza especialmente para a exposição.
Ambos os artistas iniciam a montagem de seus trabalhos em Veneza no dia 21 de maio. Mlászho levará duas séries novas, intituladas Pontos Cegos Móveis e Vozes nas Cortinas - esta última, saídas digitais em papel japonês contendo alfabetos e padrões de pontos. Além disso, testa uma nova variação de suas esculturas sobre livros, produzindo oito Livros Cegos in situ, durante a semana que antecede a exposição. Já Fervenza, aproveitando o pé direito de quase 7 metros do Pavilhão Brasileiro, trabalhará no local a instalação (peixe,sombra) dentrofora (do céu da boca) d'água ( , ) pela extensão das paredes, utilizando fotografias e uma escultura de fios metálicos.
Curada por Massimiliano Gioni, a 55ª Bienal de Veneza recebe o título de O Palácio Enciclopédico e propõe-se a indagar sobre o domínio da imaginação. Interroga, por meio da arte, sobre o destino das "imagens interiores em um mundo assediado por imagens exteriores". A representação oficial brasileira na mostra visa ressonância com o tema proposto ao passo que reflete os motivos, ideias e modalidades curatoriais que regeram a organização da 30ª Bienal de São Paulo – A iminência das poéticas (2012).
Sobre a participação brasileira na 55. Esposizione Internazionale d'Arte – La Biennale di Venezia
A mais antiga das grandes mostras internacionais de arte, a Bienal de Veneza oferece, a cada dois anos, uma grande exposição coletiva e dezenas de pavilhões nacionais. O pavilhão do Brasil, por sua vez, construído em 1964 no espaço mais prestigiado do evento italiano, o Giardini, é o lugar onde o próprio país escolhe e expõe artistas que a cada nova edição o representam. Desde 1995, a responsabilidade por essa escolha foi outorgada pelo governo Brasileiro à Fundação Bienal de São Paulo, reconhecimento da grande importância da instituição – a segunda mais longeva no gênero em todo o mundo – para as artes visuais do país. “A organização da participação brasileira nas Bienais de arte e arquitetura de Veneza já faz parte da tradição da Fundação Bienal. Nesta edição, apresentar um recorte conceitual da 30ª Bienal de São Paulo demonstra o quanto estamos alinhados e comprometidos em dar continuidade aos projetos da Fundação, assim como reforçar a voz dos artistas contemporâneos brasileiros em âmbito mundial”, afirma Luis Terepins, comissário da exposição e Presidente da Fundação Bienal de São Paulo.
Participação do Brasil na 55ª Exposição Internacional de Arte - la Biennale di Venezia
Comissário: Luis Terepins, Presidente da Fundação Bienal de São Paulo
Curador: Luis Pérez-Oramas
Cocurador: André Severo
Artistas Participantes: Hélio Fervenza, Odires Mlászho, Lygia Clark, Max Bill e Bruno Munari
Título da Exposição: Dentro/Fora (Fervenza/Mlászho/Clark/Bill/Munari)
Local: Pavilhão do Brasil
Endereço: Giardini Castello, Padiglione Brasile, 30122 Veneza, Itália
Data: de 1 de junho a 24 de novembro de 2013