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maio 15, 2013
Ricardo van Steen - Noir na Zipper Galeria, São Paulo
A Zipper Galeria inaugura no dia 18 de maio a exposição “Noir”, individual de Ricardo van Steen. No mesmo dia a galeria abre no espaço Zip’Up a exposição “A Direção do Vento Predominante II”, de Victor Lema Rique, artista uruguaio radicado no Brasil.
Ricardo van Steen - Noir, Zipper Galeria, São Paulo, SP - 20/05/2013 a 15/06/2013
No dia 18 de maio, às 14h, a Zipper promove a abertura da exposição individual do artista Ricardo van Steen. O artista apresenta em “Noir” uma nova série de aquarelas inspiradas em imagens encontradas na internet e que reproduzem diferentes céus, como Ricardo mesmo define “imagens do além céu”. A exposição permanece em cartaz até 15 de junho.
“Há um ano digito quase todo dia em sites de busca termos como ‘sobre as nuvens’, ‘above the clouds’, ‘au dessous des nouages’, ‘sopra le nuvole’. A partir dos resultados, fui selecionando um apanhado de registros que trouxessem, cada uma individualmente, uma nova dimensão ao céu”, explica Ricardo. Para esta série, o artista repensou essas imagens dentro de um campo quadrado, às vezes ampliando partes, outras distorcendo, até que ficassem quadradas, dando um novo sentido aos espaços. “O formato quadrado me encantou pela primeira vez quando adquiri uma câmera Polaroid SX70, mídia que sempre usei pela possibilidade de novos enquadramentos”. Em “Noir” todos os quadros têm a mesma dimensão e, quando colocados lado a lado, passam uma forte noção de movimento, dando a percepção de um horizonte infinito.
A experiência de Ricardo com o cinema se reflete nesta exposição de muitas formas. Da construção de uma narrativa por vários pontos de vista, até o comprometimento em transportar o espectador gradativamente para outra dimensão, ora a visão é subjetiva e vivencial, portanto dinâmica e fugaz, ora ela enquadra o personagem voando, estabelece um momento de equilíbrio e frenagem de tempo, e ainda, em outros momentos, essa visão é tão ampla e inalcançável que remete ao eterno, imemorial.
Para Ricardo, a técnica da aquarela utilizada nessas telas é um exercício de persistência e interatividade com os poderes da água e os caprichos do pincel. “Quando eu uso uma imagem de satélite como ponto de partida, estou conectando extremidades do conhecimento para, quem sabe, nesse campo de força que se cria com o acúmulo dos poderes das duas formas de expressão, colocar o espectador em um lugar até aqui desconhecido”, finaliza.
Também no dia 18 de maio, a Zipper Galeria abre no espaço Zip’Up a exposição “A Direção do Vento Predominante II”, de Victor Lema Rique. A mostra apresenta uma série de seis desenhos em carvão sobre papel realizados entre 2012 e 2013, além de um trabalho em carvão e tinta acrílica sobre tela e um conto, chamado “Alêm do Ángulo”.
SOBRE OS ARTISTAS
Ricardo van Steen
Ricardo van Steen nasceu em agosto de 1958, em São Paulo. Artista multimídia desde 1980, Ricardo atua como fotógrafo, pintor, cineasta e designer. Filho do pintor Loio Persio e da então escritora e marchand Edla van Steen, cresceu entre artistas e estagiou em vários ateliês ao longo da adolescência: assistiu Luís Paulo Baravelli, fez aulas de desenho e pintura com Carlos Fajardo, de gravura com Marcelo Grassmann e Sergio Fingerman. Com o pai adotivo, o fotógrafo e arquiteto Ennes Silveira Mello aprendeu o ofício da fotografia. Cursou a Faculdade de Comunicação Visual da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Interessado pela dinâmica do cinema, fez wokshop de roteiro no American Film Institute, de Los Angeles, e de direção com o diretor argentino Alberto Solanas. Esse envolvimento resultou em dois documentários sobre arte, um curta-metragem e um longa sobre a vida do artista, cantor e compositor Noel Rosa. Atualmente é Publisher e Diretor de Arte da revista de arte e cultura seLecT.
Victor Lema Rique
Nascido em Montevidéu, Uruguai, em 1955, realizou estudos primários, secundários e universitários em sua cidade-natal. Em 1979, ganha uma bolsa de estudos na Escola de Comunicações e Arte da USP, onde estudou até 1984. A partir de 1989 começa a expor seus trabalhos em galerias e museus da América Latina, Europa e Estados Unidos. Entre 1991 e 1995 divide sua residência entre São Paulo e Paris, onde passa longas temporadas produzindo e expondo seus trabalhos. A Partir de 1995 se instala definitivamente em São Paulo. A partir de 1997 seu trabalho toma um rumo nitidamente multimídia, passando a usar diferentes meios para criar uma obra: literatura, pintura, vídeo, rádio-novela, cinema, e internet.