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abril 3, 2013
Carlos Bevilacqua na Fortes Vilaça, São Paulo
Carlos Bevilacqua - Oceano Branco, Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, SP - 08/04/2013 til 04/05/2013
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A Fortes Vilaça tem o prazer de apresentar Oceano branco, de Carlos Bevilacqua. A exposição introduz um novo material no vocabulário do artista, a glicerina. As esculturas são, desta forma, estruturadas no uso de três forças que o meio líquido torna visível: gravidade, flutuação e tensão. A percepção dos estados de profundidade, superfície e elevação é também uma peça chave para a apreciação das obras.
Oceano branco trata de um estado de espírito contemplativo. É também uma metáfora do imaginário, um lugar onde a forma é mediada por dimensões subjetivas. Oito esculturas são apresentadas numa estante totalmente vazada que dá ênfase à transparência das obras e às narrativas que se desenvolvem entre elas. O Oceano que dá título a mostra revela-se em esculturas preenchidas com dolomita branca (fundo) e glicerina (superfície).
Quarenta Dias e Oitenta Dias são aquários onde uma esfera oca de cristal flutua ancorada por pesos de chumbo e linhas de pesca. As esferas, com areia e uma bolinha de chumbo, sugerem a imagem de um globo ocular. Os efeitos óticos do vidro curvo e do líquido criam ampliações e reduções da imagem. Um mesmo elemento pode ser visto em diferentes tamanhos, evidenciando a ambiguidade do olhar.
Sonhos são trabalhos contidos em jarros de cristal onde o artista constrói narrativas que discutem a relação entre o inconsciente e o consciente na construção da ideia de realidade. Os elementos distribuemOse entre os ambientes do fundo O enterrados na areia O, a superfície ou meio líquido e da elevação (o topo do jarro). As linhas que ligam os elementos são portadoras de tensão, condutores de sensações.
Aurora é uma redoma de vidro com um furo no alto, que serve de berço para uma esfera sólida de cristal. A redoma está vazia, exceto por uma poeira amarela, resíduo da matéria usada nos Sonhos. A escultura que aparece três vezes na estante, sugere um movimento para o exterior e cria um elo com a única obra que está fora da estante. A Toca da Serpente é uma caixa de madeira com esferas de cristal umas dentro das outras, enterradas em areia branca, as esferas estão alinhadas por um feixe de luz que as acende.
Carlos Bevilacqua nasceu no Rio de Janeiro em 1965 onde vive e trabalha. O artista é formado no New York Studio of Painting, onde teve uma de suas primeiras individuais das quais se destacam: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (2000) e Museu de Arte Moderna de São Paulo (1992). Bevilacqua também já participou de diversas coletivas dentre as quais: Desejo da forma, Akademie der Küsnte, Berlin (2010); Um Mundo sem Molduras, MAC USP, São Paulo. Sua obra está em coleções importantes, tais como: Inhotim, Brumadinho; MAM Rio de Janeiro; MAC USP São Paulo, entre outros.
Fortes Vilaça is pleased to present Oceano Branco [White ocean] by Carlos Bevilacqua. The exhibition introduces a new material into the artist s vocabulary – glycerin. The sculptures are thereby structured in the use of three forces made visible by the liquid medium: gravity, floatation and tension. The perception of the states of depth, surface and height are also a key factor for the appreciation of these works.
Oceano Branco brings a contemplative state of spirit. It is also a metaphor of the imaginary realm, a place where form is measured by subjective dimensions. Eight sculptures are presented on a completely open shelf thus emphasizing the transparence of the artworks and the narratives that are developed among them. The ocean mentioned in the show s title is revealed in sculptures filled with white dolomite (bottom) and glycerin (surface).
Quarenta Dias [Forty Days] and Oitenta Dias [Eighty Days] are aquariums in which a hollow glass sphere floats, anchored by lead weights and fishing lines. The spheres, with sand and a small lead ball, suggest the image of an ocular globe. The optical effects of the curved glass and the liquid create enlargements and reductions of the image. A single element can be seen in different sizes, evidencing the ambiguity of our perception.
Sonhos[Dreams] are works contained in glass jars where the artist constructs narratives discussing the relation between the unconscious and the conscious in the construction of the idea of reality. The elements are distributed along the bottom (buried in the sand), at the surface or in the liquid medium and at the top of the jar. The lines that connect the elements are bearers of tension, conductors of sensations.
Aurora is a glass bell jar with a hole at its top, which serves as the cradle for a solid crystal sphere. The bell jar is empty, except for some yellow dust, left over from the material used in the Sonhos. The sculpture that appears three times on the shelf suggests a movement toward the outside and creates a link with the only work that is outside the shelf. Toca da Serpente [Serpent s Lair] is a wooden box with glass spheres, one inside the other and buried in white sand; the spheres are aligned by a beam of light that illuminates them.
Carlos Bevilacqua was born in 1965 in Rio de Janeiro, where he lives and works. The artist was trained at the New York Studio of Painting, where he held one of his first solo shows, among which we can highlightthe Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (2000) and the Museu de Arte Moderna de São Paulo (1992). Bevilacqua has also participated in various group exhibitions, including Desejo da forma, Akademie der Küsnte, Berlin (2010), and Um Mundo sem Molduras, MAC USP, São Paulo. His works figure in important collections, such as; of Inhotim, Brumadinho; MAMORio de Janeiro; and MAC USP São Paulo.