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fevereiro 22, 2013
Kilian Glasner na Laura Marsiaj, Rio de Janeiro
Kilian Glasner - Obscura, Galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro, RJ - 06/03/2013 a 11/04/2013
O pernambucano Kilian Glasner apresenta a vitalidade do desenho contemporâneo através de conjunto vigoroso de trabalhos em primeira individual no Rio, na galeria Laura Marsiaj
O estilo intrigante da obra de Kilian Glasner, um dos nomes mais promissores da nova safra de artistas plásticos pernambucanos, chega ao Rio de Janeiro no dia 5 de março na mostra “Obscura” na Galeria Laura Marsiaj.
Em sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro, o artista, que já expôs na Europa em importantes instituições como a Calouste Gulbenkian de Lisboa (2010), apresenta nove desenhos que marcam uma nova fase em sua trajetória, à começar pelo material escolhido. Desta vez Kilian utiliza o nanquim preto para cobrir quase todo o papel, revelando cuidadosamente pequenos pontos de luz que formam desenhos impactantes. Em "Obscura", o artista propõe uma reflexão filosófica investigando a relação do homem com a luz, capturando a presença da vida na luz de cada imagem.
Kilian Glasner nasceu em 1977 na cidade de Recife. Sua obra foi premiada no 39º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco (1999), quando o artista tinha apenas 22 anos. Realizou seus estudos de graduação e mestrado na École Nacionale Superieure de Beaux-Arts, em Paris, onde morou entre 2000 e 2007. Em 2009 foi contemplado pelo Programa Rumos Artes Visuais no Instituto Itaú Cultural e participou de mostras em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Branco e Brasília. No mesmo ano realizou mostra individual no Instituto Cultural Santander, em Recife. Em 2010 realizou a obra “O Brilhante Futuro da Cana-de-Açúcar”, na Fundação Calouste Gulbenkian de Lisboa. Em 2011 praticipou do programa About Change the World Bank, em Washington, além de mostra individual na galeria Moura Marsiaj, em São Paulo. Ano passado realizou individual na galeria Vitrine da Paulista, com projeto premiado pelo Instituto Caixa Cultural São Paulo.
O artista, que hoje tem ateliê em Berlim e na Ilha de Itamaracá, desde cedo teve contato com a arte. Seus primeiros professores de desenho foram seu pai e avô, que eram médicos, mas adoravam pintura e deixavam Glasner sempre perto de papéis e telas. Aos 15 anos iniciou seu primeiro curso de desenho, pintura e história da arte.
O maior destaque se sua carreira foi o trabalho "Rua do Futuro”, realizado em Recife e em São Paulo, onde Glasner afirmava, com carvão sobre muros de alvenaria, estar absolutamente seguro dos recursos do traço e saber propor uma poética visual eficiente, descolada da mera representação.
Uma preocupação constante do artista é manter em suas obras um canal de comunicação com o público. Ele procura deixar claro seus objetivos, com o intuito de “tentar entrar numa consciência coletiva”, dosando o subjetivismo em nome de objetivos didáticos.