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fevereiro 21, 2013

Pelas Bordas: Carla Zaccagnini na Galeria Vermelho, São Paulo

Carla Zaccagnini - Pelas Bordas, Galeria Vermelho, São Paulo, SP - 27/02/2013 a 23/03/2013

[Scroll down to read in english]

Carla Zaccagnini é conhecida por uma produção artística que transita de forma particular entre instalação, vídeo, texto, desenho e performance. Na individual, a artista reinterpreta “pelas bordas”, ou seja, com um olhar a partir da periferia, os sistemas e regras que regem nossa observação, compreensão e representação do globo terrestre.

Para isso, Zaccagnini, que nasceu em Buenos Aires, em 1973, reuniu obras recentes e outras criadas a partir de 2003, documentos de seus deslocamentos por regiões do mundo nas várias residências e projetos que realizou na ultima década.

Em “Alfabeto Fonético Aplicado II: pavimentaram a Panamericana e tudo o que vejo é a falha de Darien” (2010), Zaccagnini se apropria do Alfabeto de Soletração Radiofônica Internacional, conhecido como Alfabeto Fonético da OTAN, atualmente utilizado por empresas de aviação e radioamadores em todo o planeta. A obra propõe um novo alfabeto de soletração a partir de palavras cujo sentido e grafia é internacional, mas cuja pronúncia se adapta a várias línguas e aos sons de cada país. Na primeira edição da obra, apresentada na ARCO 2010, Zaccagnini repetiu a frase slogan do Canal do Panamá “Dividir a terra para unir o Mundo”. A atual versão, que ocupa a fachada da galeria, perverte a anterior apontando para um mundo não tão unificado, já que a Rodovia Panamericana, estrada que deveria ligar a Patagônia ao Alasca, preserva, na fronteira entre Colômbia e Panamá, uma falha de 87km [Falha de Darien] que inviabiliza o conceito de unificação que alimentou a criação do canal do Panamá.

O vídeo “Walking Distance” (2003) surge, segundo as palavras da artista, “como um prefácio para os trabalhos que virão após ele na individual”. Instalado no hall de entrada da Vermelho, ele revela imagens de uma caminhada da artista numa praia na Ilha de North Uist [Escócia], em 2003.

A instalação “Bravo-Radio-Atlas-Virus-Opera” (2009-2010), apresenta o registro videográfico das horas navegáveis da travessia interoceânica do canal de Panamá, sentido Atlântico-Pacífico, realizada entre as 17h do dia 27 de junho de 2009 e as 13h do dia seguinte.

Em “The Noth-West Passage” (2012), Zaccagnini se apropria da imagem da obra do pintor John Everett Millais e a ela sobrepõe um texto de sua autoria, encomendado pela TATE, museu a que pertence a obra. O texto descreve de forma poética as primeiras tentativas do homem de encontrar uma passagem pelo mar Ártico, que ligasse o Oceano Atlântico ao Pacífico.

A terceira passagem por agua entre esses dois oceanos, aparece em “Sem Título” (2007), que reúne fotografias de uma viagem de ida e volta entre Argentina e Chile, ao longo do Canal de Beagle.

Criado entre os anos de 2003 e 2012, “Duas Margens” é um projeto realizado em colaboração com 6 artistas. Na primeira versão, Wagner Morales [Brasil] e Sofia Ponte [Portugal], seguindo instruções de Zacagnini, gravaram simultaneamente as aguas do oceano Atlântico a partir de uma praia de sua escolha: Morales na costa brasileira e Ponte na portuguesa. As gravações, ambas com uma hora de duração, foram feitas no mesmo momento, mas em horas diferentes. Em 2005, o mesmo procedimento foi repetido. Dessa vez, Helmut Batista, numa praia no Chile, e Eric Holowacs, na Nova Zelândia, gravaram ao mesmo tempo as aguas do Pacifico de margens opostas. A terceira e ultima parte do projeto, o oceano Índico, foi filmada em 2012 por Runo Lagomarsino, das Ilhas Mauritius, na África, e por David Wells em Perth, Austrália. Instalados na mesma sala, os três dípticos, Atlântico, Pacífico e Índico do projeto “Duas Margens”, sugerem um espaço ficcional de encontro entre os três oceanos.

Completa a individual o conjunto de desenhos, colagens e impressos “Como darlo vuelta” (2013). Nessa série, a artista questiona as convenções de representação do globo terrestre de forma a subvertê-las a partir de um universo imaginário. Norte e Sul mudam de posição. Cada trabalho mostra uma forma distinta de inverter os dois pontos cardiais e sugere uma reorganização global critica a convenções culturais e econômicas.

Por meio de apropriações, citações, parcerias e colaborações Carla Zaccagnini constrói em “Pelas Bordas” um conjunto de possibilidades e de desafios que sugerem uma nova cartografia, ainda que fantástica, para o globo, a partir de suas bordas.

Carla Zaccagnini – Seleção de exposições individuais
Reação em cadeia com efeito variável [permanent installation] - Museo de Arte Contemporâneo de Castilla y León [MUSAC] - Castilla y León – Espanha [2010]; No, it is opposition – Art Gallery of York University – Toronto – Canadá [2008]; Museu das Vistas - Ersta Konsthall - Nationalmuseum – Estocolmo– Suécia [2007]. Seleção de exposições coletivas: 9th Shangai Biennale – City Pavillions – Xangai – China, 3a Trienal Poli/Gráfica de San Juan: América Latina y el Caribe - Instituto de Cultura Puertorriquena - Puerto Rico [2012]; Panoramas do Sul - 17° Festival Internacional de Arte Contemporânea Videobrasil – São Paulo - Brasil [2011]; The Traveling Show - Fundación/Colección JUMEX - Cidade do México – México, Para ser Construídos – Museo de Arte Contemporâneo de Castilla y León [MUSAC] - Castilla y Léon - Espanha [2010]; 28ª Bienal de São Paulo – Fundação Bienal de São Paulo – Pavilhão Ciccillo Matarazzo – São Paulo – Brasil [2008].


Carla Zaccagnini - Pelas Bordas, Galeria Vermelho, São Paulo, SP - 27/02/2013 til 23/03/2013

Carla Zaccagnini is known for an artistic production that transits in a unique way between installation, video, text, drawing and performance. In this solo show, the artist works “from the edges,” – that is, with a perception couched in the periphery – to reinterpret the systems and rules that govern our observation, comprehension and representation of the terrestrial globe.

To this end, Zaccagnini, who was born in Buenos Aires, in 1973, has brought together recent works and others produced from 2003 onward, documents of her displacements to different regions of the world in various artist’s residencies, and projects she has carried out in the last decade.

In Alfabeto Fonético Aplicado II: pavimentaram a Panamericana e tudo o que vejo é a falha de Darien [Applied Phonetic Alphabet II: They paved a Panamericana and all I can see is the Darien Gap] (2010), Zaccagnini appropriates the International Radiophony Spelling Alphabet, known as the NATO Phonetic Alphabet, currently used by aviation companies and ham radio operators around the planet. The work proposes a new alphabet for spelling based on words whose meaning and spelling is international, but whose pronunciation is adapted to various languages and to the sounds of each country. In the first edition of the work, presented at ARCO 2010, Zaccagnini appropriated the Panama Canal’s motto, “Dividing the land to unite the World.” The current version, which occupies the gallery’s façade, perverts the previous one, pointing to a world that is not so unified, since the Pan-American Highway, which should link Patagonia to Alaska, still has an 87-km gap between Colombia and Panama (the Darien Gap), which belies the concept of unification that nourished the creation of the Panama Canal.

The video Walking Distance (2003) emerges, according to the artist, “as a preface to all the works that will come after it in this solo show”. Installed in Vermelho’s entry hall, it reveals images of a walk the artist took on a beach on North Uist Island [Scotland], in 2003.

The installation Bravo-Radio-Atlas-Virus-Opera (2009–2010), presents the videographic record of a crossing through the Panama Canal by boat, from the Atlantic to the Pacific, between 5 p.m. June 27, 2009, and 1 p.m. the following day.

In The North-West Passage (2012), Zaccagnini appropriates the image of the work by painter John Everett Millais and superimposes on to it a text of her authorship, commissioned by Tate, the museum to which the work belongs. The text provides a poetic description of man’s first attempts to find a passage through the Arctic Ocean that would link the Atlantic Ocean to the Pacific.

The third passage by water between these two oceans appears in Sem Título [Untitled] (2007), which features photographs taken during a roundtrip journey between Argentina and Chile, along the Beagle Channel.

Created between the years 2003 and 2012, Duas Margens [Two Shores], is a project carried out in collaboration with six artists. In the first version, Wagner Morales [Brazil] and Sofia Ponte [Portugal] simultaneously recorded the waters of the Atlantic Ocean, each at a beach of his/her own choice, according to Zacagnini’s instructions: Morales on the Brazilian coast and Ponte on the Portuguese coast. The recordings, both of one-hour duration, were made at the same moment, but at different local times. In 2005, the same procedure was repeated. This time, Helmut Batista, on a beach in Chile, and Eric Holowacs, in New Zealand, simultaneously recorded the waters of the Pacific on opposite shores. The third and last part of the project, the Indian Ocean, was filmed in 2012 by Runo Lagomarsino, from the Mauritius Islands, in Africa, and by David Wells in Perth, Australia. Installed in the same room, the three diptychs – Atlantic, Pacific and Indian – of the project Duas Margens [Two Shores] suggest a fictional space of encounter between the three oceans.

The solo show is capped off by a set of drawings, collages and prints entitled Como darlo vuelta [How to turn it around](2013). In this series, the artist questions the conventional manners of representing the terrestrial globe, in a way that subverts them based on an imaginary universe. North and South switch position. Each artwork shows a different way of inverting the cardinal points and suggests a global reorganization that criticizes the cultural and economic conventions.

Through appropriations, citations, partnerships and collaborations, in Pelas Bordas Carla Zaccagnini constructs a set of possibilities and challenges that suggests a new – even if fantastic – cartography for the globe, based on its borders.

Carla Zaccagnini – selected solo shows
Reação em cadeia com efeito variável (permanent installation) at Museo de Arte Contemporâneo de Castilla y León (MUSAC), Castilla y León, Spain (2010); No, It Is Opposition at Art Gallery of York University, Toronto, Canada (2008); Museu das Vistas at Ersta Konsthall, Nationalmuseum, Stockholm, Sweden (2007). Selected group shows: 9th Shangai Biennale – City Pavillions, Shanghai, China; 3a Trienal Poli/Gráfica de San Juan: América Latina y el Caribe, Instituto de Cultura Puertorriquena, Puerto Rico (2012); Panoramas do Sul – 17° Festival Internacional de Arte Contemporânea Videobrasil, São Paulo – Brazil (2011); The Traveling Show – Fundación/Colección JUMEX, Mexico City, Mexico; Para ser Construídos, Museo de Arte Contemporâneo de Castilla y León (MUSAC), Castilla y Léon, Spain (2010); 28ª Bienal de São Paulo, Fundação Bienal de São Paulo, Pavilhão Ciccillo Matarazzo, São Paulo, Brazil (2008).

Posted by Patricia Canetti at 9:40 AM