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fevereiro 14, 2013
Agnieszka Kurant - Phantom Capital na Fortes Vilaça
Agnieszka Kurant - Phantom Capital, Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, SP - 22/02/2013 a 23/03/2013
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Em sua primeira exposição individual no Brasil, a artista polonesa Agnieszka Kurant apresenta uma série de trabalhos que tem como fio condutor o seu interesse por elementos fugazes, por forças intangíveis ou invisíveis e pela troca de valores simbólicos. Buscando referencia na história, ciências e literatura, Kurant investiga como fantasmas, ficção e rumores influenciam sistemas sociais, econômicos e políticos de nosso mundo contemporâneo. A artista explora o status híbrido e mutável dos objetos. Analisando os campos desconhecidos do conhecimento, da manipulação do consciente coletivo, a artista procura furos na lógica que confunde e informa nosso entendimento da realidade.
Na obra Phantom Library, a artista produz livros imaginários, títulos que nunca foram escritos, lidos ou publicados mas que aparecem em livros reais de autores como Stanislaw Lem, Roberto Bolaño e Jorge Luis Borges, entre outros. Kurant os apresenta como objetos esculturais para os quais ela comprou números de ISBN e adquiriu códigos de barra dando-lhes assim um status no mundo material.
Maps of Phantom Island é um mapa mundi que retrata ilhas inexistentes, observadas como miragens ou inventadas por exploradores do passado. Estes territórios fictícios quase sempre levam a conflitos políticos reais. Os mapas são impressos com tinta termo sensível que faz a imagem desaparecer ou aparecer conforme a temperatura.
Em 88,2 mhz, - o título da obra muda de acordo com a frequência de rádio utilizada na exposição -, um toca-fitas com um rádio transmissor emite o som de pausas silenciosas extraídas de diferentes discursos políticos, intelectuais ou econômicos. O som é captado por uma antena que o retransmite para um rádio em um terceiro espaço da exposição. A fita com a compilação de silêncios é, por sua vez, a concretização de um trabalho fictício existente no conto de Heinrich Boll “Murke's collected Silences” (1955).
Já MacGuffin é uma escultura em forma de tapete que se move misteriosamente. O tapete é uma reprodução de um dos tapetes na sala da conferência de Yalta, onde os líderes mundiais definiram a divisão do mundo no pós guerra. O título da obra é um termo de técnica narrativa que define um objeto ou pessoa cuja importância não se define na trama, de certa forma como um fantasma. Como outros trabalhos na exposição, Uncertainty Principle, - uma escultura em forma de uma ilha que “magicamente” levita no ar -, aos poucos revela o universo do desconhecido que alimenta a obra conceitual de Agnieszka.
Agnieszka Kurant nasceu em 1978 na Polônia e vive e trabalha em Nova York. Ela representou seu país natal na Bienal de Veneza em 2010 com um trabalho em colaboração com a arquiteta Aleksandra Wasilkowska. Já participou de exposições individuais e coletivas tais como: CoCA, Torun, PL (2012); Witte de With, Rotterdam (2011); Performa Biennial, Nova York (2009); Athens Biennale (2009); Frieze Projects, London (2008), Moscow Biennale (2007); Tate Modern, London (2006); Mamco, Geneva (2006) and Palais de Tokyo, Paris (2004); entre outras. Foi artista residente na Location One, Nova York (2011-2012); Paul Klee Center (Sommerakademie), Bern(2009); ISCP, New York (2005); e Palais de Tokyo (2004). Em 2009 ela foi finalista do International Henkel Art Award (MUMOK, Vienna). Sua monografia Unknown Unknown foi publicada pela editora Sternberg Press em 2008.
Texto de divulgação enviado por Galeria Fortes Vilaça
Agnieszka Kurant - Phantom Capital at Fortes Vilaça
Agnieszka Kurant - Phantom Capital, Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, SP - 22/02/2013 til 23/03/2013
In her first solo show in Brazil, Polish artist Agnieszka Kurant presents a series of works whose common thread is her interest in fleeting or imperceptible elements of reality, intangible or invisible forces and exchange of symbolic values. Referencing history, science and literature Kurant is investigating how phantoms, fictions, and rumors influence social, economic and political systems of the contemporary world. The artist explores the hybrid and shifting status value and aura of objects. Analyzing the "unknown unknowns" of knowledge, mutations of memes, collective intelligence and its unconscious, she seeks to explore gaps in logic that confuse and inform our understanding of reality.
In the work Phantom Library the artist produces imaginary books, titles that were never written, read or published, yet nevertheless described in real books by authors such as Stanislaw Lem, Roberto Bolaño and Jorge Luis Borges, among others. Kurant presents them as sculptural objects for which she purchased ISBN numbers and acquired barcodes, thereby giving them a status in the material world.
Maps of Phantom Islands depict non-existent islands observed as mirages or invented by past explorers and placed on important political maps. These fictitious territories often lead to real political conflicts. The map is printed with thermal-sensitive ink that makes the image appear or disappear according to the weather.
In 88,2 mhz, - the title changes in accordance to the frequency of the radio used -, a tape player linked to a radio transmitter emits the sound of silent pauses excerpted from different political, intellectual and economic discourses. The sound is captured by an antenna that transmits it to a radio in a third space of the exhibition. The tape with the compilation of silences is an actual working version of the fictitious work described in the short story by Heinrich Boll, “Murke’s Collected Silences” (1955).
MacGuffin is a sculpture in the form of a carpet that moves mysteriously. The carpet is a reproduction of one of the carpets at the Yalta Conference, on top of which the world leaders met to define how the world would be divided following World War II. The work’s title refers to a narrative device consisting of an object or person whose importance is not defined in the plot, somewhat like a ghost. Like other works in the show, Uncertainty Principle – a sculpture in the shape of an island that “magically” levitates in the air – gradually reveals the unknown universe that feeds Agnieszka’s conceptual work.
Agnieszka Kurant was born in 1978, in Poland; she lives and works in New York. She represented Poland at the Venice Biennale in 2010 (in collaboration with the architect Aleksandra Wasilkowska) and has exhibited her work in solo and group exhibitions at Objectif Exhibitions, Antwerp (2012), CoCA, Torun, PL (2012); Witte de With, Rotterdam (2011); Performa Biennial, New York (2009); Athens Biennale (2009); Frieze Projects, London (2008), Moscow Biennale (2007); Tate Modern, London (2006); Mamco, Geneva (2006) and Palais de Tokyo, Paris (2004); among others. Kurant was an artist in residence at Location One, New York (2011-2012); the Paul Klee Center (Sommerakademie), Bern (2009); and ISCP, New York (2005); and Palais de Tokyo (2004). In 2009 she was shortlisted for the International Henkel Art Award (MUMOK, Vienna). Sternberg Press published Kurant’s monograph Unknown Unknown in 2008.
Release sent by Galeria Fortes Vilaça