|
janeiro 26, 2009
7ª Bienal do Mercosul: Grito e Escuta, texto curatorial de Victoria Noorthoorn e Camilo Yáñez
7ª Bienal do Mercosul
Grito e Escuta
Victoria Noorthoorn e Camilo Yáñez
Curadores Gerais da 7ª Bienal do Mercosul
Porto Alegre, Brasil - 26 de setembro a 22 de novembro de 2009 16 de outubro a 29 de novembro de 2009
A 7ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul propõe revalorizar o artista como um ator social e constante produtor de um sentido crítico necessário, posicionando seu olhar no cerne de cada uma das exposições e programas. Assim, os artistas organizam na Bienal as exposições, desenvolvem as ferramentas e programas educativos, e lideram a comunicação e o sistema de publicações.
Em seu conjunto, a 7ª Bienal propõe uma inversão metodológica: um sistema centrado nos processos de criação – mais que em temas específicos – onde ação e reflexão (Grito e Escuta) operam como as ferramentas a partir das quais a Bienal se articula em sua totalidade. Busca-se criar uma Bienal “protéica”, um sistema de possibilidades dinâmico, onde cada espectador seja capaz de montar seu próprio sistema de leitura.
Por outro lado, a 7ª Bienal busca romper limites, tanto no tempo quanto no espaço. No espaço, porque seus limites físicos não coincidem com os de Porto Alegre, Brasil e Mercosul: seus artistas e a Rádio Bienal transcenderão fronteiras e uma das exposições abrirá simultaneamente em diversas cidades do planeta. No tempo, porque esta é uma Bienal que nunca termina: ensaia metodologias educativas que, esperamos, perdurem tempos depois, enquanto uma de suas exposições permanecerá aberta indefinidamente.
A centralidade do artista está presente em cada uma das ações da Bienal, em suas exposições e programas.
As exposições questionam aspectos pontuais do processo criativo:
O desenho como primeiro espaço de tradução do pensamento do artista;
Os processos de criação que interpelam as condições culturais e políticas de contextos específicos;
O artista que retira os elementos de linguagem da arte e expõe suas condições de produção;
O humor e o absurdo como instrumentos de resistência e liberdade;
A transformação como ferramenta capaz de deslocar a percepção da obra e sugerir uma suspensão do tempo;
O diálogo com a cidade, cuja trama os artistas modificam e resignificam, a modo de um texto público;
A arte como espaço de projeção de ideias, de planificação, de comunicação, da imaginação.
Os três programas principais se dirigem a um público de diversas latitudes e procedências.
Este é o caso do Projeto Pedagógico, com seu programa de residências artísticas em Porto Alegre e nas diversas comunidades do estado do Rio Grande do Sul, no qual os artistas desenham novas metodologias para o sistema educativo.
É o caso também do Programa Editorial, também coordenado por artistas. Este programa contempla um sistema de publicações variáveis e de baixo custo, que podem ser montadas pelo próprio espectador e que permitirão diversos níveis de acesso às obras e uma concepção diferente da comunicação: nesta Bienal não haverá publicidade, mas obras de arte nos meios de comunicação.
Finalmente, o caso da Rádio Bienal, que simboliza o interesse comunicacional da 7ª Bienal, e que aproximará o ouvinte imediato e o distante aos processos de construção e debates gerados pela Bienal.
Juntos, exposições e programas compõem um sistema orgânico, caracterizado pela expansão e pela abertura. Com a finalidade de destacar esta última, a 7ª Bienal organiza uma convocatória aberta para Projetáveis, uma exposição que viaja sem bagagem e que tem a capacidade de ser apresentada simultaneamente na Bienal e em diversas cidades do Brasil e do mundo.
Por sua vez, o título da Bienal – Grito e Escuta – se refere à importância de explorar a comunicação multidirecional: entre um mundo em conflito e um artista que escuta e responde; entre um artista que produz sentido com a intenção de que o mundo o escute, através de múltiplas linguagens, com a intenção de alterar, por sua vez, a hegemonia da visualidade. A 7ª Bienal do Mercosul explora a sonoridade, o movimento corporal, a vivência social e a vivência pedagógica como partes integrantes da experiência da arte hoje.
Por fim, seu título propõe chamar a atenção e sinaliza a intenção da 7ª Bienal de incorporar um amplo espectro de conteúdos: desde o artista que realiza uma ação para gerar uma transformação ou um impacto concreto sobre a realidade, até o artista que promove a atitude reflexiva e a escuta ante o entorno, que resgata o poder do diálogo como modelo possível de construção para uma sociedade melhor.
Prezados Senhores:
Agaurdo instruções para poder inscrever trabalhos nesta bienal.
Grato antecipadamente, aproveito para manifestar protestos d elevada consideração e estima, atencisamente,
Líbano Montesanti Calil Atallah
Retornei recentemente da Espanha e participei como artista e curadora do Seminário e mostras documentais de Acciones Reversibles na cidade de VIC, sob curadoria de Ramón Parramon - IDENSITAT - e de Javier Rodrigo. Arte, experiências e territorios em processo. Vamos lançar o livro InterTerritorialidade em março no Sesc Paulista e tratamos das questões relacionadas às experiências colaborativas e à criaçào de sentido, resiginificação de espaços que resultam em novas "arquiteturas de relações". Só posso parabenizar os curadores pela inventividade, liberdade e ousadia propostas, assim como dizer que, sando paulistana e tendo coordenado a ação educativa da Bienal de São Paulo em 1996, e tendo a Bienal de São Paulo, recentemente, gerado tantos confrontos e um certo sentimento de vazio propositivo, torço e creio efetivamente nos desdobramentos de longo prazo previstos [além dos de inserção mais imediata, claro!], proporcionando sentido de apropriaçào, pertencimento e transcriaçào poética, altamente potencializáveis nesta edição da Bienal do Mercosul. Arte é comunicaçào e arte é educação. É mirar, reflexionar y actuar!!!!!! Vida longa!
Lilian Amaral
www.casadameoria.wordpress.com
www.pocs.org
Gostaria de receber instruções para poder inscrever trabalhos e participar da bienal. Fiquei entusiasmada com as propostas, a estrutura e o espírito deste evento. Espero retorno, grata, Brenda.
Posted by: brenda at fevereiro 3, 2009 5:10 PMPrezados Srs Curadores:
a 7a Bienal do Mercosul - como será a escolha dos artistas participantes? Por convite ou por escolha dos trabalhos inscritos?
Agradeço a Informação
Também gostaria de acessar as instruções relativasa inscrição de trabalhos, onde localizo?
Atenciosamente
Joaquim Franco.
Posted by: Joaquim Franco at maio 12, 2009 3:33 PMvamos verificar com a Bienal Mercosul se haverá inscrições para trabalhos e qual o procedimento.
Posted by: Patricia Canetti at maio 14, 2009 9:17 AMOlá a todos!
Sou assessora de imprensa da Bienal do Mercosul. Realmente existe uma convocatória para a exposição Projetáveis, que será apresentada na 7ª edição da Bienal. As bases da convocatória devem ser lançadas em breve, provavelmente na última semana deste mês de maio. Vamos enviar uma comunicação ao Canal na semana que vem. Para as outras exposições da Bienal não há inscrições, a participação dos artistas acontece através de convite dos curadores.
Vocês podem acompanhar o andamento da Bienal pelo site www.bienalmercosul.art.br, mas eu estou à disposição para o que precisarem.
Abraços,
Adriana Martorano
Assessoria de imprensa
Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul
Fones: 51-3254 7500
email: imprensa@bienalmercosul.art.br
www.bienalmercosul.art.br
As informações sobre a convocatória para a exposição Projetáveis já estão no ar, no linque http://www.canalcontemporaneo.art.br/saloesepremios/archives/002239.html
Olá. O período previsto para a realização da 7a. Bienal de Artes do Mercosul já foi oficializado? De 16/10 a 29/11/09? Obrigado.
Posted by: André Assis at julho 2, 2009 1:43 PM