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julho 12, 2005

Ata da reunião de Arte e Tecnologia para eleição dos representantes para o seminário das CSs de Artes Visuais

Ata da reunião de Arte e Tecnologia em 4 de julho de 2005

Aos quatro dias do mês de julho do ano de dois mil e cinco, tendo por local o Fran's Café, localizado a avenida Paulista, número 358, no bairro Cerqueira César, cidade de São Paulo, reuniram-se professores, teóricos, artistas, críticos de arte e curadores para discutir e eleger a representação da área de Arte e Tecnologia junto ao seminário para a formação das Câmaras Setoriais de Cultura de Artes Visuais, conforme convocação do Ministério da Cultura. Estavam presentes na reunião: Caetano Dias, Christine Mello, Daniela Kutschat Hans p/p, Eide Feldon, Flávia Amadeu, Gilbertto Prado, Laurita Salles, Lucas Bambozzi, Marcos Moraes, Marcus Bastos, Maria Beatriz de Medeiros, Maria Luiza Fragoso, Patricia Kunst Canetti p/p, Priscila Arantes, Rachel Rosalen, Rachel Zuanon, Raquel Kogan, Regina Johas, Rejane Cantoni, Renata Vieira da Motta, Tânia Fraga, Vitória Daniela Bousso, Wilma Kiyoko Vieira da Motta, Yara Rondon Guasque Araújo. Foi escolhida para secretariar a reunião, Priscila Arantes. Dando início à reunião, Maria Beatriz de Medeiros relatou que, segundo informações obtidas no Ministério da Cultura (MinC), a representação junto à Câmara Setorial da Cultura de Artes Visuais se dará a partir de uma lista de 20 nomes da área, dois de cada estado, sendo um representante e um suplente. Completou a informação, dizendo que além dos 20 nomes, haverá uma lista de representantes nacionais a ser referendada pelo próprio MinC. Daniela Bousso indicou o nome de Maria Beatriz de Medeiros para ser uma das representantes nacionais, dada a sua atuação anterior na presidência da Associação Nacional dos Pesquisadores em Artes Plásticas (ANPAP) e devido ao fato de residir em Brasília. Também disse que seria importante, a indicação de jovens, artistas, produtores, pessoas da área acadêmica, enfim, militantes da área, para que se pudesse ter uma representação ampla. Voltando a falar, Maria Beatriz de Medeiros disse que cada estado deveria se organizar para ter esses dois nomes conforme orientação do MinC. Acrescentou também da importância de um financiamento para que seja possível a existência de um fórum que reúna as diversas representações regionais. Daniela Bousso relatou que, em reunião realizada anteriormente em São Paulo com a coordenação do MinC das Câmaras Setoriais, foi definida a formatação de um seminário aberto que escolheria os representantes da área de Artes Visuais de maneira democrática. Daniela Bousso salientou que não é o que está sendo proposto nesse momento pelo próprio MinC, que fechou o seminário somente a representantes. Maria Beatriz de Medeiros informou que o MinC define como sendo Artes Visuais as categorias: Artes plásticas (pintura, escultura, gravura), e também, Arte e Tecnologia, Fotografia e Artes Gráficas. Nesse momento, levantou-se o debate sobre a questão de como inserir a Arte e Tecnologia como categoria. Daniela Bousso perguntou se seria interessante manter a Arte e Tecnologia como uma categoria. Maria Beatriz de Medeiros respondeu que sim. Christine Mello sugeriu a nomenclatura de "Arte e Novas Tecnologias". Após um amplo debate envolvendo outros nomes para essa categoria, tais como "Arte em Novas Mídias", "Arte em Mídias Digitais", "Arte Digital", chegou-se a conclusão na fala de Rejane Cantoni que o importante não era o nome, mas que essa categoria focasse nos conteúdos e no histórico da área. Renata Motta lembrou que o grupo já havia discorrido sobre esses conteúdos anteriormente e que constavam da ata dessa reunião anterior e que seria possível resgatar essas definições desse texto para serem incluídos na presente ata (ver anexo, em negrito). Rejane Cantoni levantou a necessidade de se fazer um levantamento de realizações da área, incluindo número de exposições, público participante, número de artistas envolvidos etc, mostrando a relevância da área. Yara Guasque comentou do receio de que esse histórico pudesse acabar legitimando somente a produção do eixo Rio-São Paulo, deixando de fora desse circuito as outras regiões também atuantes nessa área. Gilbertto Prado disse que não era possível negar a atuação de artistas como Julio Plaza no circuito paulista. Yara rebate novamente com a preocupação das áreas fora desse eixo se verem isoladas. Daniela Bousso recorda a mobilização de 2004, que tendo arrecadado mais de 600 assinaturas em todo o país, legitimou o grupo tecnopoliticas.art.br e conformou esse debate em rede para além de uma segmentação geográfica. E que, independentemente dos vínculos institucionais/regionais de cada indivíduo, havia essa entidade representativa comum a todos que era o tecnopoliticas.art.br. Maria Beatriz de Medeiros voltou a insistir na importância de que fossem indicados e eleitos os representantes nacionais e o do estado de São Paulo. Foram inicialmente indicados os nomes de Lucas Bambozzi, Daniela Bousso, Christine Mello e Renata Motta para representação do estado de São Paulo, que declinaram do convite. Na seqüência, foram indicados os nomes de Rejane Cantoni e Priscila Arantes para a representação do estado de São Paulo - respectivamente como titular e suplente - e Maria Beatriz de Medeiros (Distrito Federal) e Patrícia Kunst Canetti (Rio de Janeiro) para a representação nacional - respectivamente como titular e suplente. Todos os indicados foram eleitos unanimemente. Patrícia Canetti por telefone relatou que a reunião de Artes Visuais, que ocorria no mesmo momento no Rio de Janeiro, definiu a existência de um grupo de apoio para os trabalhos que serão realizados até a data do seminário. A partir dessa colocação, se apresentaram para formar o grupo de apoio os seguintes participantes: Renata Motta, Raquel Kogan, Rachel Rosalen, Rachel Zuanon, Daniela Bousso, Marcus Bastos e outros que vierem a se interessar durante o processo. Nada mais havendo a tratar, encerrou-se a presente ata que vai assinada por mim, Priscila Arantes, e pelos demais participantes da reunião.

Priscila Arantes


Anexo 1

Mobilização de Arte Tecnologia
ATA DE REUNIÃO

Aos quatorze dias do mês de março do ano de dois mil e quatro, tendo por local a alameda Casa Branca, número 604, no bairro dos Jardins, cidade de São Paulo, reuniram-se professores, teóricos, artistas, críticos de arte e curadores em repúdio à portaria do Ministério da Cultura que excluiu a área de Arte e Tecnologia da portaria número 01 de 19 de fevereiro de 2004. Referida portaria regulamenta a habilitação das instituições que irão indicar representantes na Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) e, na prática, definir o acesso às leis de incentivo fiscais federais à cultura. Estavam presentes na mobilização: Angélica de Moraes, Camila Duprat, Christine Mello, Daniela Bousso, Lúcia Santaella, Marcus Bastos, Maria Teresa Santoro, Patrícia Canetti, Priscila Arantes, Raquel Kogan, Raquel Zuannon, Rejane Cantoni, Renata Motta, Tânia Fraga, Wilma Motta e Winfried Noeth. Dando início à reunião, Angélica de Moraes leu a portaria do Ministério da Cultura. A seguir, Daniela Bousso propôs ao grupo presente a criação de uma entidade de arte e tecnologia para representar as necessidades da área junto ao Ministério da Cultura. A idéia foi aceita por unanimidade mas frisou-se que esta é apenas uma solução a médio prazo. Patrícia Canetti lembrou que seria temporalmente inviável a criação de uma nova entidade agora. No momento, há urgência de representatividade do setor no CNIC e, conforme estabelece a portaria 01 de 19/02/2004, as instituições interessadas em solicitar assento no CNIC devem estar em atividade desde 2001. Wilma Motta afirmou que o Instituto Sérgio Motta poderia colaborar, mas que o mais importante seria criar um fórum e ter uma representatividade coletiva junto ao Ministério da Cultura. Angélica de Moraes argumentou que seria importante criar um fórum que fosse uma instituição mais abrangente e que pudesse, junto com o Instituto Sérgio Motta, ser a entidade representativa junto ao MinC. Priscila Arantes pergunta se o Cimid (Centro de Mídias Digitais, da PUC-SP) não poderia ser esta entidade. Tânia Fraga levantou a hipótese, logo aceita por todos, de que essa representatividade do setor fosse feita através da Associação Nacional dos Pesquisadores em Artes Plásticas (ANPAP). A favor dessa solução está a presença da direção da entidade em Brasília, o que facilitará os contatos. Daniela Bousso indica o nome de Tânia Fraga para, a partir da ANPAP, representar o grupo de arte/tecnologia junto ao MinC. Afirma que Tânia Fraga, além de reunir a confiança de todos os membros ali presentes, era um nome com experiência na área de arte/tecnologia e, portanto, capacitada para defender os direitos da classe junto ao MinC. Tânia Fraga propõe ao grupo criar um GT ( grupo de trabalho) de arte/tecnologia na ANPAP, o que foi aceito. Christine Mello lembra o nome de Solange Farkas para integrar o grupo. Daniela Bousso lembra que foi noticiada a ida de Hermano Vianna para um cargo no Ministério da Cultura e que ele, por conhecer as questões relacionadas à área de arte/tecnologia e já ter sido júri do prêmio Sérgio Motta, seria um bom interlocutor para o assunto em pauta. Daniela Bousso sugere que Hermano Vianna receba o documento do grupo, via ANPAP, na pessoa de Tânia Fraga. A proposta foi aceita. Raquel Kogan expôs que a intenção do Ministério da Cultura, de reunir várias entidades para formar a comissão julgadora da Lei Rouanet era boa, mas que havia, em contrapartida, uma falta de conhecimento da área de arte/tecnologia, o que estava nítido na redação da portaria. Patrícia Canetti pergunta quais os passos que o grupo deveria tomar para fazer a modificação na portaria e incluir a arte/tecnologia. A partir deste momento deu-se início às sugestões de modificação no texto da portaria. Conforme ficou estabelecido, deve-se acrescentar à portaria dois itens: o ítem VII e o ítem VIII. O ítem VII deverá se chamar de artes interativas (hipermídia, games, net arte, web arte, arte telemática, comunidades virtuais e ativismo artístico, ambientes imersivos, ambientes interativos, projetos de realidade aumentada e congêneres). O ítem VIII deverá se chamar arte e ciência (nanoarte, bioarte, arte transgênica, simulação computacional, vida artificial, visualização de efeitos físicos e químicos, robótica e congêneres). No ítem II, relativo ao cinema, deveria se acrescentar cinema digital e internet. No ítem VI, relativo a literatura, deveria se acrescentar ciberliteratura. Lembrou-se da importância do documento, na forma de abaixo-assinado, ser divulgado no site do Canal Contemporâneo para obter maior número de adesões. Lembrou-se da importância de se obter a adesão de entidades representativas tais como Paço da Artes, Prêmio Sérgio Motta, universidades (PUC, UNB, UAM, UFRJ, Universidade de Caxias do Sul, Unicamp, UERJ, Senac e outras) Videobrasil, FILE, Itaú Cultural, PaleoTV, entre outras. Ao final da reunião, foram eleitos três nomes para encaminhar o documento, junto com Tânia Fraga, ao Ministério da Cultura: Lúcia Santaella, Patrícia Canetti e Wilma Motta. Levantou-se a questão das despesas com passagens de avião. Sugeriu-se que associados à ANPAP residentes em Brasília (Suzette Venturelli, Maria Beatriz Medeiros) pudessem encaminhar o documento ao MinC e que os nomes eleitos, de grande representatividade em seus segmentos de atuação, encabeçariam as assinaturas do referido abaixo-assinado. Nada mais havendo a tratar, encerrou-se a presente ata que vai assinada por mim, Priscila Arantes, e pelos demais participantes da reunião.

Posted by Patricia Canetti at 12:23 AM