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abril 28, 2020
5ª Semana de Seleção de obras de arte na Simone Cadinelli
Na quinta e última semana de sua “Seleção de obras de arte”, a galeria carioca Simone Cadinelli exibe nas mídias sociais e site trabalhos dos artistas Claudio Tobinaga, Jimson Vilela e Yoko Nishio
Na quinta e última semana da “Seleção de obras de arte” nas páginas digitais da galeria Simone Cadinelli Arte Contemporânea, o público verá trabalhos dos artistas Jimson Vilela, Yoko Nishio e Claudio Tobinaga.
As obras desta semana de 27 de abril a 1º de maio são: “Sem título” (“Distorção”), 2019, de Jimson Vilela; “Vista Pitoresca de Bertillon 2” (2019), de Yoko Nishio e “Viva Melhor” (2018), de Claudio Tobinaga.
“O sentido de deslocamento do que entendemos como realidade pode ser observado nas três obras selecionadas”, comenta Érika Nascimento, gestora artística da galeria. Em “Distorção” o papel do livro em branco na biblioteca, “Viva Melhor” com uma paisagem “bugada”, e “Vista Pitoresca de Bertillon”, onde o objeto capacete torna-se protagonista, ao invés do indivíduo.
São partes fundamentais da poética de Jimson Vilela a palavra, a linguagem e a gramática. Da mesma forma, os suportes que utiliza – o livro e o papel – integram sua pesquisa. “Distorção” – impressão com pigmento mineral sobre papel Photo Rag Baryta 315 – é uma relação direta com as folhas de papéis em branco de um livro, inseridas em seu ambiente usual de leitura.
A série de aquarelas “Vista Pitoresca de Bertillon”, de 40 x 30 cm, de Yoko Nishio, reverte o procedimento criado em 1879 por Alphonse Bertillon (1853-1914) – o Sistema de Identificação Criminal, que padronizou a imagem e ficha fotográfica policial – em que é o capacete o personagem ameaçador.
Na pintura em óleo sobre tela, de 140 x 100 cm, Claudio Tobinaga faz uma das raras paisagens em sua produção, em que usa elementos do cotidiano carioca. Em “Viva Melhor” (2018), estão presentes as listras, uma constante em seus trabalhos, que representam o “glitch” (erro) da imagem, uma paisagem em processamento, “bugada, como as falhas das imagens das barras de rolagem das redes sociais, em estado de quase desaparecimento”.
As obras selecionadas para a programação iniciada em 30 de março são de quinze artistas representados e convidados pela galeria: Claudio Tobinaga, Fernanda Sattamini, Gabriela Noujaim, Isabela Sá Roriz, Jeane Terra, Jimson Vilela, Kammal João, Leandra Espírito Santo, Patrizia D’Angello, Roberta Carvalho, Sani Guerra, Stella Margarita, Urbano Iglesias, Ursula Tautz e Yoko Nishio.
Para acessar a programação basta ir nas páginas da galeria no Instagram e no Facebook. Todas as obras postadas desde 30 de março podem ser vistas também no link www.simonecadinelli.com/selecao-obras, onde basta se cadastrar para receber a newsletter semanal, gratuita, com as informações dos artistas e seus trabalhos.
ACESSO À PRODUÇÃO DOS ARTISTAS
Estas ações mantêm a galeria ativa para os amantes da arte, face ao seu fechamento temporário em virtude das medidas para se conter o COVID-19. “A galeria pretende possibilitar que os colecionadores, assim como os demais admiradores da arte contemporânea, tenham acesso maior às produções de nossos artistas e ao nosso vasto catálogo. É uma maneira de contornarmos este período grave, e oferecer uma janela, uma aproximação para se conhecer trabalhos em diferentes conceitos e linguagens. A seleção foi pensada para mostrar obras que dialogassem com as sutilezas e tensões das relações humanas e sociais, a paisagem e a memória”, destaca Érika Nascimento.
SOBRE OS ARTISTAS DA SEMANA DE 27 DE ABRIL A 1º DE MAIO DE 2020
Jimson Vilela (1987, Rio de Janeiro) vive e trabalha em São Paulo. É doutorando em Poéticas Visuais (ECA/USP, 2020), Mestre em Poéticas Visuais (ECA/USP, 2015) e Bacharel em Artes Visuais (IART/UERJ, 2010).Ganhador de vários prêmios, Jimson Vilela tem obras em importantes coleções públicas, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o MAM Rio, e o MAC de Niterói. Publicou os livros “Adaptável ao espaço que as palavras ocupam” e “Narrativa”, que podem ser baixados gratuitamente no site www.simonecadinelli.com/
Yoko Nishio (1973, Rio de Janeiro, onde vive e trabalha) é artista visual, professora-adjunta da Escola de Belas Artes da UFRJ e pesquisadora. Doutora e mestre em Artes Visuais pela EBA/UFRJ. Começou a se dedicar ao tema da violência, que teve como objeto a análise de desenhos e inscrições nas paredes de prisões e delegacias. É pesquisadora do NuVisu (Núcleo de Estudos Visuais em Periferias Urbanas), com o estudo Pintura e Materialidade: imagens da violência e do controle.
Claudio Tobinaga (1982, Rio de Janeiro, onde vive e trabalha) desenvolve projetos em múltiplos meios, tendo a pintura como principal suporte de sua produção. Produz imagens em que um universo distópico emerge de fotografias coletadas das redes sociais e de imaginários periféricos, principalmente da Zona Norte do Rio de Janeiro. Formado na Escola de Música Villa-Lobos (UFRJ), frequentou diversos cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage.
Conversa com o artista Alex Donis e Julia Bryan-Wilson, curadora-adjunta do MASP
Nesta terça-feira, 28 de abril, às 20h (horário de Brasília), Julia Bryan-Wilson, curadora-adjunta de arte moderna e contemporânea do MASP, participará de uma conversa online com o artista Alex Donis. O bate-papo, em inglês, será transmitido pelo YouTube do Centro de Pesquisa em Artes da Universidade da Califórnia (Berkeley).
Eles irão discutir a obra feita por Donis, a pedido do MASP, para a exposição "Histórias da dança". Em seus trabalhos, que frequentemente sofrem censura, o artista explora e redefine limites estabelecidos entre religião, política, raça e sexualidade. A mostra coletiva, prevista para este ano, tem curadoria de Julia Bryan-Wilson, Adriano Pedrosa, diretor artístico do MASP, e Olivia Ardui, curadora-assistente.
Abact estreia podcast com participação de artistas e galerias de arte nacionais
Intitulado ‘Arte Contemporânea: da casca ao caroço’, o podcast traz no 1º episódio discussão sobre importância da arte em tempos de isolamento social
Nesta quarta-feira, dia 29 de abril, a ABACT – Associação Brasileira de Arte Contemporânea - estreia seu próprio podcast, o ‘Arte Contemporânea: da casca ao caroço’, que trará conteúdos exclusivos com entrevistados que vão desde artistas até representantes de galerias de arte associadas.
A cada quinze dias será lançado um novo episódio e entre os temas que serão abordados há discussões relacionando a arte ao atual momento que o mundo se encontra, de necessidade de isolamento social, já que este universo tem tido um papel fundamental neste processo de reclusão do indivíduo.
De acordo com a ABACT o nome do podcast tem total relação com o que a associação espera de seu público ao ouvi-lo, que é: não enxergar a beleza da arte superficialmente apenas (casca), mas também se aprofundar e conseguir entender tudo o que envolve a construção de uma obra e/ou exposição (caroço). “A ideia é que o público tire 10 minutos do seu dia para refletir como a arte contemporânea pode ser fundamental no dia a dia, para inspirar, entreter e até relaxar. E com isso as pessoas acabam por perceber quão importante é o trabalho dos artistas e todos os envolvidos para que grandes obras de arte cheguem até elas” - explica Luciana Brito, presidente da ABACT. Além disso, o nome também tenta transparecer uma característica importante do podcast: a de trazer temas relevantes de forma descontraída e leve, já que faz referência a uma confusão comum e engraçada com o nome da Associação – ABACT/Abacate.
O podcast ‘Arte Contemporânea: da casca ao caroço’ pode ser acessado pelos aplicativos de reprodução Spotify, Apple Podcasts e Google Podcasts ou diretamente pelo aplicativo agregador Anchor (clique aqui).
1º episódio discute papel das produções artísticas em meio a uma pandemia
A ABACT traz no episódio de estreia de seu podcast a artista Mariana Palma e a diretora da galeria Casa Triângulo, Camila Siqueira, para falar sobre como a indústria de arte contemporânea tem se reinventado no ambiente digital de forma a se manter ativa mesmo com a paralização de feiras e fechamento de portas de galerias e museus.
Além disso, o episódio traz uma discussão sobre a importância das produções artísticas em momentos áridos, como o que estamos vivendo com a pandemia da covid-19, que acabam sendo uma ajuda às pessoas em casa, que estão mais propícias por conta do isolamento a ter desânimo, falta de interesse e criatividade para enfrentar o dia a dia.
Episódios de maio
13/05 – Iniciativas das galerias para continuarem próximas do público
27/05 – Revisitando a exposição “Febre Amarela” de Vivian Caccuri
Sobre a ABACT
Entidade sem fins lucrativos criada em 2007, a ABACT - Associação Brasileira de Arte Contemporânea reúne atualmente 45 galerias de arte do mercado primário, localizadas em seis estados brasileiros e no Distrito Federal e que representam mais de mil artistas.
Reconhecendo o papel fundamental da arte contemporânea na construção e exportação de uma imagem moderna do pensamento brasileiro, a ABACT tem como missão ampliar o intercâmbio cultural, promover ações para profissionalização e desburocratização do mercado e fomentar o diálogo e educação em torno do setor de arte contemporânea no Brasil, valorizando as diferentes etapas de produção e seus responsáveis.
Entre os projetos administrados pela Associação estão Art Weekend São Paulo e o projeto Latitude – platform for Brazilian art galleries abroad.
abril 27, 2020
Ping-Pong série de conversas online na Galeria Nara Roesler
Assista abaixo as conversas já publicadas no canal do Youtube da Galeria Nara Roesler e a seguir as próximas conversas programadas:
Ping-pong # 9 | Julio Le Parc e Estrellita Brodsky
(em espanhol - já publicada abaixo)
29 de abril, quarta-feira, 18h
Ping-pong #10 | Laura Vinci e Guilherme Wisnik
(em português)
2 de maio, sábado, 14h30
Ping Pong #1 | Vik Muniz e Luis Pérez-Oramas (English subtitles)
Ping Pong #2 | Cao Guimarães e Luis Pérez-Oramas (English subtitles)
Ping Pong #3 | Luisa Duarte e Marcos Chaves
Ping Pong #5 | Lucia Koch e Bruno Dunley
Ping Pong #6 | Agnaldo Farias e Daniel Senise
Ping Pong #7 | André Severo e Luis Pérez-Oramas
Ping Pong #8 | Alexandre Arrechea and Lowery Stokes Sims
Ping Pong #9 | Estrellita Brodsky and Julio Le Parc
Casa Roberto Marinho celebra dois anos com atividades digitais
Instituto cria uma série de atividades digitais para celebrar dois anos de portas abertas no Cosme Velho
No próximo dia 28 de abril de 2020, a Casa Roberto Marinho, dirigida pelo arquiteto, antropólogo e curador Lauro Cavalcanti, completará dois anos de atuação na paisagem cultural do Rio de Janeiro. Em virtude da pandemia do novo coronavírus e das consequentes medidas de isolamento social, o instituto segue fechado ao público por tempo indeterminado. Para celebrar a data, a equipe da Casa criou uma série de ações digitais, que incluem depoimentos gravados em vídeo com artistas, curadores e personalidades que fazem parte da escrita da instituição. Beatriz Milhazes, Beth Jobim, Iole de Freitas, Luiz Áquila, Maria Bonomi e Paulo Climachauska são apenas alguns entre os muitos que participam da programação especial em homenagem à data.
No dia 28, terça-feira, serão publicadas nas redes da Casa Roberto Marinho conversas entre o diretor Lauro Cavalcanti e convidados. A primeira será com a artista carioca Beatriz Milhazes. Em seguida, Cavalcanti dialoga com o curador e editor Leonel Kaz, que prepara exposição em parceria com a Casa. Para encerrar, um bate-papo com Macia Mello e Paulo Venancio Filho, que assinam a curadoria da coletiva “Duplo Olhar”, atualmente montada no segundo andar do instituto, reunindo pintura e fotografia modernas brasileiras.
O casarão rosa neocolonial de 1939, que teve por referência o Solar de Megaípe (construção pernambucana do século XVII), foi inaugurado em 2018 com a exposição “Modernos 10, Destaques da Coleção”, que apresentou ao público 124 obras da Coleção Roberto Marinho. De lá pra cá, o instituto situado no Cosme Velho, zona sul do Rio, recebeu 104 mil visitantes e firmou-se como um importante centro de referência em modernismo brasileiro, dos anos 1930 e 1940, e em abstração informal, dos anos 1950.
Os jardins orginalmente projetados por Burle Marx, em franja da Floresta da Tijuca, inspiraram a mostra aberta em dezembro do ano passado, que segue montada no térreo do instituto, reunindo múltiplos de 11 artistas contemporâneos, como Angelo Venosa, Carlito Carvalhosa e Regina Silveira.
Com mais de 1.200m² de área expositiva, a Casa Roberto Marinho já realizou oito exposições, algumas em parceria com outras instituições, como foi o caso de “Djanira: a memória de seu povo”, coproduzida com o MASP, em 2019. A coletiva “Oito décadas de abstração informal”, montada em parceria com o MAM de São Paulo, foi premiada pela Associação Paulista de Críticos de Arte na categoria de melhor exposição nacional de 2018.
Visando o fortalecimento dos vínculos durante o período de quarentena, a Casa Roberto Marinho segue levando arte ao público através de suas redes. Vídeos das palestras do ciclo 'Olhares Modernos', realizado pelo instituto em junho de 2018, sobre as obras de Guignard, Pancetti e Ismael Nery vêm sendo compartilhados no instagram. Neles, os críticos e curadores Frederico Morais, Paulo Sergio Duarte e Paulo Venancio Filho contam curiosidades sobre as obras e as trajetórias dos três expoentes do modernismo.
Entre os conteúdos digitais propostos pela casa, durante a quarentena, estão também a veiculação de uma série (realizada pelo Canal Philos) de entrevistas com artistas que já expuseram na Casa, como Anna Bella Geiger, Carlos Vergara e José Bechara. Agradam aos seguidores as postagens com destaques da Coleção Roberto Marinho, apresentadas com informações e curiosidades sobre obras e artistas, como é o caso do óleo sobre tela "O Touro (paisagem com touro)", 1925, de Tarsila do Amaral.
A equipe de Educação do instituto também permanece atuante e criou uma série de proposições para as famílias. A partir de materiais singelos, disponíveis em casa, as atividades apresentadas (sempre às sextas-feiras) estimulam a percepção do público infantil, intensificam os vínculos entre as famílias e reforçam a necessidade do isolamento social.
Assim que possível, a Casa Roberto Marinho espera reabrir as portas e retomar suas diversas atividades, seguindo as orientações dos órgãos de saúde e priorizando a máxima segurança do público e de seus funcionários.
A programação especial do dia 28 de abril será transmitida via Instagram e os conteúdos digitais serão posteriormente disponibilizados no site do instituto.
Série criada por Eric Nepomuceno durante isolamento social narra leituras e histórias
Após pouco mais de um mês do início do período de isolamento social e quarentena devido à pandemia do Covid-19, a Nepomuceno Filmes irá estrear, a partir do dia 27 de abril de 2020, um combo de conteúdo inédito na internet, composto por duas séries e um curta-metragem produzidos de forma totalmente independente ao longo do mês de abril. Filmados através de um aparelho de telefone celular e editados em um laptop, as séries “Leituras na Quarentena”, “Dias e Noites de Amor e de Guerra” e o curta-metragem “Cinco anos de solidão” foram feitos na serra de Petrópolis, onde Eric Nepomuceno está confinado com a mulher e o filho.
Leituras na Quarentena é uma série de 40 programas de aproximadamente dois minutos cada, com sugestões de livros, autoras e autores, para ajudar a enfrentar a solidão e o isolamento. Apresentada pelo escritor Eric Nepomuceno, que entre uma e outra dica de leitura revela histórias de amigos como Gabriel García Márquez, Cristovão Tezza, Juan Rulfo, Fernando Morais, e memórias pessoais relacionadas a livros como “O Apanhador no Campo de Centeio”, de J.D. Salinger, “Antes do Baile Verde”, de Lygia Fagundes Telles, “O Quarto de Giovanni”, de James Baldwin, e personagens como Mafalda e Tom Sawyer.
“Ficar sozinho é uma coisa, sentir solidão é outra. Eu, por exemplo, adoro ficar sozinho. Sempre que posso, escolho essa situação. Mas não ter essa escolha é, para mim, assustador: muito diferente de me isolar, é ser isolado. Ficar isolado, sem poder ver amigas e amigos de décadas e que estão logo ali, ao alcance da mão. Pensando nisso, pensei em maneiras de combater o vazio do isolamento. E cheguei à conclusão de que ler é o melhor remédio. Ao longo de anos e anos eu disse e redigo que nenhum, nem um único livro, mudou a história do mundo. Nem mesmo a obra de ficção mais lida e traduzida na história da humanidade, a Bíblia, mudou o mundo. O que os livros podem mudar e muitíssimas vezes mudam é a nossa maneira de ver a vida e o mundo. E nos levar a tentar, então, mudar a realidade que nos rodeia ou buscar a realidade que nos foi escondida”, diz Eric Nepomuceno.
Dias e Noites de Amor e de Guerra é um conjunto de 16 programas de aproximadamente três minutos cada, com leituras da obra de Eduardo Galeano, no ano em que o escritor uruguaio completaria 80 anos, realizadas pelo seu amigo e tradutor, Eric Nepomuceno.
Cinco Anos de Solidão retrata um casal em isolamento em uma cidade no interior do Rio de Janeiro, rodeado de árvores e livros, lidando com memórias e ausências, durante a quarentena de abril. O curta-metragem é uma carta de amor e resistência em um tempo trágico, composto por incertezas e esperanças.
As séries “Leituras na Quarentena”, “Dias e Noites de Amor e de Guerra” e o curta-metragem “Cinco anos de solidão” seguem a mesma linguagem apresentada pela produtora carioca em consagradas séries como “Sangue Latino” (Canal Brasil) e longas-metragens como “Lugar de Fala”, exibido recentemente na mostra Première Brasil do Festival do Rio.
Locais de Exibição
Redes sociais da Nepomuceno Filmes no Instagram e Facebook, e canal de Eric Nepomuceno no Youtube.
Cronograma
Leituras na Quarentena – de segunda a sexta, a partir de 27 de abril de 2020
Cinco Anos de Solidão – estreia dia 30 de abril de 2020.
Dias e Noites de Amor e de Guerra – aábados e domingos, a partir de 1 de maio de 2020.
Ler é o melhor remédio por Eric Nepomuceno
Ficar sozinho é uma coisa, sentir solidão é outra.
Eu, por exemplo, adoro ficar sozinho. Sempre que posso, escolho essa situação.
Mas não ter essa escolha é, para mim, assustador: muito diferente de me isolar, é ser isolado. Ficar isolado, sem poder ver amigas e amigos de décadas e que estão logo ali, ao alcance da mão.
Pensando nisso, pensei em maneiras de combater o vazio do isolamento. E cheguei à conclusão de que ler é o melhor remédio.
Ao longo de anos e anos eu disse e redigo que nenhum, nem um único livro, mudou a história do mundo. Nem mesmo a obra de ficção mais lida e traduzida na história da humanidade, a Bíblia, mudou o mundo.
O que os livros podem mudar e muitíssimas vezes mudam é a nossa maneira de ver a vida e o mundo. E nos levar a tentar, então, mudar a realidade que nos rodeia ou buscar a realidade que nos foi escondida.
O que eu nunca disse, porque embora estivesse convencido acreditava ser muito óbvio, é que os livros podem, e conseguem na imensa maioria das vezes, suavizar a nossa solidão.
Ao conviver com personagens que nos atraem ou rejeitamos, ao tentar descobrir não apenas o que eles pensam mas qual rumo tomarão, eles se transformam em companhia.
Por esses dias de pandemia descontrolada e de país desgovernado, sem norte nem rumo, tenho lido.
E além de ler, tenho me lembrado de livros que li (e alguns reli, e outros se tornaram releituras rotineiras ao longo dos tempos).
Assim, conto que andam me fazendo companhia o velho Santiago, de O velho e o mar, e Lia, Lorena e Ana Clara, de As meninas, e convivo com a tensa e amedrontadora atração entre David e Giovanni de O quarto de Giovanni, ou padeço a tensão que paira soberba sobre o desespero do casal de O Banho, e observo de longe a solidão do halterofilista de A força humana, e torno a mergulhar, depois de décadas, nas águas do Mississipi e constato, sereno e feliz, que nada mudou nem nelas, nem na minha memória.
São companhias variadas, que varrem a minhas lembranças pelo avesso. E é graças a essas companhias que a solidão da quarentena se torna menos densa, mais suave.
Como disse dia desses Joaquín Sabina, um dos maiores compositores da música popular espanhola contemporânea, ler é o melhor remédio contra o medo – esse medo imenso que se espalha nestes tempos de tensão e breu.
Sobre a produtora
Fundada em 2013 por Tereza Alvarez e Felipe Nepomuceno.
Entre seus trabalhos estão os DVDs “Atento aos Sinais Vivo” (2014) e “Bloco na Rua” (2019), de Ney Matogrosso.
Outros trabalhos são os curtas-metragens: “A incrível volta ao mundo do tricolor suburbano” (2013), “Caetana” (2014) e “Estrondo” (2019), exibidos nos festivais É Tudo Verdade, Festival do Rio, Curta Cinema e Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano (Cuba), entre outros.
Realizou as séries: “Sangue Latino”, “Contradança”, “A Arte do Encontro”, “Janelas Abertas” e “26 Poemas Hoje”, exibidas no Canal Brasil.
Em 2018, estreou o longa-metragem “Eduardo Galeano Vagamundo”, exibido em mais de 20 festivais internacionais.
Em 2019, lançou na Mostra Geração do Festival do Rio seu segundo longa-metragem, “Lugar de Fala”, filmado integralmente com um aparelho de telephone celular.
abril 21, 2020
COVID-19 Representantes do Setor Cultural do DF se manifestam diante da crise provocada pelo Novo Coronavírus
Carta dos ex-conselheiros e ex-conselheiras de cultura do Distrito Federal
“Licença aqui para expressar mais um pouco de pessimismo sobre o futuro do nosso setor, mesmo torcendo muito para estar errado. Se nas próximas semanas acontecer de fato um aumento gigantesco nos casos e mortes de Covid-19 no Brasil, como está previsto, teremos logo ali na frente uma mudança significativa de comportamento na sociedade. Isso vai comprometer as atividades que dependem de aglomerações não só pelo prazo dos decretos oficiais, mas por muito mais meses, ou quem sabe anos. Quando os eventos que estamos acostumados a trabalhar/frequentar voltarem a ser permitidos, ainda serão fracos e intermitentes. Nem público, nem profissionais, nem patrocinadores, sejam privados ou estatais, voltarão com força e confiança. Infelizmente, depois dessa, nosso tipo de atividade vai se tornar insustentável por muito tempo. Hoje o que as pessoas estão fazendo para driblar a crise já não deve ser encarado como algo temporário, mas como teste para os novos modelos de entretenimento, cultura e arte que precisamos desenvolver pro futuro.”
DJ Pezão
Nós, ex-conselheiros e ex-conselheiras do Conselho de Cultura do Distrito Federal que desde a criação do colegiado em 1989, representamos a sociedade civil e/ou governo em diferentes momentos contribuindo significativamente com a elaboração, análise e o monitoramento de ações, políticas, programas e projetos culturais. Temos acompanhado com muita preocupação o cenário atual, em que as medidas necessárias de isolamento social para o combate ao CONVID-19 têm impactado de maneira drástica a cadeia produtiva da cultura como um todo, principalmente, no ponto de vista econômico e financeiro.
É necessário adotar medidas enérgicas e estratégicas para reduzir esses impactos e suas consequências a curto, médio e até mesmo longo prazo, já que estamos cercados de incertezas quanto ao período adequado para a duração do isolamento social. O que sabemos é que as atividades culturais convencionais, em grande maioria, estão ligadas à aglomeração de pessoas e que serão as últimas a serem autorizadas e normalizadas em sua plenitude.
Acrescentamos que a cultura vem sofrendo já há algum tempo, nas esferas nacional e local, tanto com a extinção do Ministério da Cultura, quanto com o cancelamento de editais e descontinuidade de políticas públicas de cultura, como por exemplo, as de fomento e incentivo. Com isso, tornou-se impossível que empreendedores, artistas e agentes culturais tivessem fundos de reserva mínimos para suportar essa nova crise generalizada.
Já temos diversos colegas de todos os setores artísticos e culturais, de todas as linguagens artísticas, além de produtores, agentes culturais, gestores de equipamentos culturais particulares e/ou independentes, além de técnicos de suporte a todas as áreas, em completa situação de pandemia financeira. E isso prejudica, consideravelmente, não só a cadeia produtiva cultural, mas também o comércio, o turismo, a economia local e a sociedade como um todo, já que a cultura está no cerne da cidadania e não é possível pensar em melhorar as cidades se o Estado deprecia este setor, o que, infelizmente, vem acontecendo há alguns anos.
Centenas de artistas e agentes culturais, em todas as áreas de atuação, estão sofrendo as consequências da necessária quarentena, com atrasos em pagamentos de serviços básicos, como moradia, alimentação e higiene, ao ponto de muitos estarem passando fome por não terem condições financeiras de se sustentar. Pois sabe-se que, se o artista não produz, ele não tem uma fonte de renda para sobreviver. O momento torna essencial e obrigatório ao Estado, independentemente do nível governamental, dar as condições necessárias aos que precisam para a sua manutenção, até que essa situação de pandemia se encerre e possamos voltar a produzir e a consumir espetáculos, filmes, shows, musicais, teatrais, de circo, de dança, de poesia, em suas mais variadas criações que sustentam e cunham a identidade de uma sociedade desde o tempo mais primórdio.
Por isso, esse coletivo de pessoas que sempre se dedicou à produção da arte e da cultura, além de terem contribuído com a formulação, análise e julgamento da aplicação do FAC, da LIC e da LOC, apresentam aos gestores das Secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal Secretaria Nacional de Cultura e demais gestores públicos do DF, Câmaras legislativas do DF e Federal e Senado, as demandas de apoio imediato para a superação do inesperado e do difícil momento. Construímos, conjuntamente, as seguintes propostas de incidência sobre os problemas apresentados pela comunidade cultural:
FAC pago com celeridade e urgência! Está no Art. 67 da Lei Orgânica da Cultura (Lei Complementar nº 934, de 7 de dezembro de 2017) que podem ser utilizados até 5% dos recursos do FAC para manutenção, informatização, contratação de consultoria, contratação de pareceres, contratação de serviços auxiliares, remuneração de colegiados e profissionais responsáveis pela análise de propostas, acompanhamento, fiscalização e análise final de prestação de contas, aquisição de ferramentas de gestão, aquisição de equipamentos e outros bens e serviços dedicados ao funcionamento eficiente do FAC e do Programa de Incentivo Fiscal. Ou seja, tal percentual pode ser utilizado para administração do próprio Fundo, o que está em execução desde 2009. Sugerimos assim, a contratação imediata de pareceristas externos para análise da parte documental e a criação de uma força tarefa coordenada pelos servidores do FAC e da LIC, com acolhimento de servidores de outros setores que não estão em atendimento, para dar celeridade a adoção das medidas necessárias para pagamento imediato, por exemplo: do Edital de Áreas Culturais de 2018, do FAC Ocupação 2019 e do FAC Gravação, Registro e distribuição em Música 2018. Se tais editais forem pagos imediatamente, em muito podem ajudar a nossa classe com os recursos em conta.
Também sugerimos o aumento do recurso do edital emergencial Conecta Cultura, muito bem proposto pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, para empregar urgentemente todo o recurso existente no fundo, sendo 50% em abril e 50% em agosto. Bem como, a criação de mais editais para alcançar os demais culturais, como: Manutenção de Grupo, Regionalizado, Conexão Gravação de Áudio. Com isso, o Conecta Cultura será ampliado consideravelmente, em relação ao atual montante que atende somente cerca de 2% da classe artística do DF.
“Quem tem o pão garantido perde a noção de que CADA DIA É UM DIA INTEIRO sem ter opção”
Ana Flávia, atriz e palhaça
Em relação aos editais emergenciais: Segundo a urgência da calamidade pública dada pelo Decreto Legislativo nº 6 de 20 de março de 2020 e pelo Decreto Distrital nº 40.520 de 14 de março de 2020, ambos amparam as aquisições de compras e serviços com dispensa de licitação, além de não precisar seguir os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), nem as metas fiscais previstas nas leis orçamentárias deste ano. A modalidade prêmio da Lei nº 8.666/93, por exemplo, pode ser acionada imediatamente, pois trata-se de modalidade especial de licitação. A Lei de Licitações e Contratos Administrativos, em seu art. 22, § 4º, traz o conceito de concurso, verbis: “Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias”.
Outra proposta que encaminhamos é agilizar o pagamento dos processos do edital de Ocupação dos contemplados que estão em situação regular e em fase de pagamento. Pois, não há, além do pagamento, outro procedimento administrativo para estes contemplados. Com isso, iniciaria a circulação de dinheiro no mercado. Lembrando que tal montante servirá para pagar, ao menos, a pré-produção como os designers gráficos para fazer as identidades visuais, os jornalistas para preparar os releases para a imprensa, pagar os técnicos e o que mais for possível, adiantando as produções em atividade que podem ser feitas na quarentena decretada. Existem, atualmente, três projetos de lei para ações destinadas ao setor cultural em tempos de coronavírus (dois na Câmara dos Deputados e um no Senado Federal) que possuem conteúdos próximos de inclusão dos profissionais das artes e da cultura para o acesso à renda de R$600,00.
Divulgação do Cadastro de artistas e culturais da SECEC para pagamento aos cadastrados. Tal ação política depende do encaminhamento do Governador do DF à fonte pagadora. Além disso, essa crise mostra que não temos mapeados todos os trabalhadores do setor que não são computados pelo Cadastro de Ente e Agente Cultural do DF (CEAC). Tal medida é uma inovação que sana este ponto na estruturação da cadeia produtiva.
Ativação das Emendas Parlamentares que estão destinadas a Eventos do 1° e 2° semestre e transformá-las em editais de prêmios aos artistas e para os técnicos e artistas, que não possuem CEAC - técnico de som, montadores de cenografia e expografia, iluminadoras e costureiras de ateliê de moda ou de escola de samba, por exemplo. As execuções das Emendas na Secretaria de Ação Social em forma de auxílio emergencial ao cidadão, pois neste momento o dinheiro é mais importante para a sobrevivência que o produto.
Para os espaços culturais que não são abarcados pela SECEC (18 no DF, segundo último levantamento e mapeamento da Funarte) que agregam valor à respectiva Região Administrativa, transformando em um território vivo, bem como para as instituições de ensino e de produções artísticas particulares com CNPJ, sugerimos: Lançamento emergencial do Edital de Manutenção de Grupos e Espaços Culturais e a retomada do conexão para gravação. Negociação com a Secretaria de Fazenda para isenção de IPTU para os espaços de cultura (como é feito para as igrejas); Negociação com CEB e CAESB para redução do valor da taxa e suspensão temporária da cobrança de tarifas de água e de esgoto; Decreto de redução temporária do valor de aluguel durante a calamidade pública para a continuação futura de entidades de ensino e produção artística, tanto as particulares e as independentes.
Por fim, a abertura de vários editais (sugerimos alguns que já foram aprovados pelos órgãos de controle) somando o que rege a LOC em seu Art. 64, inciso II. Indicamos que até 30 de abril, é lançado o primeiro bloco de editais, contendo todo o saldo do exercício anterior adicionado da metade da previsão orçamentária do exercício em curso, incluindo-se o disposto no art. 66, II eIII – até 31 de agosto, é lançado o segundo bloco de editais, com todo o saldo restante do exercício em curso, incluindo-se o disposto no art. 66, II. Seria o montante de trinta milhões de reais até o final de abril, e mais trinta milhões reais até final de agosto. Tais editais incluiriam todas as áreas culturais, que acolheriam o vulto mínimo de oito mil trabalhadores da cadeia cultural, sendo cinco mil já cadastrados no CEAC e outros três mil que fazem parte do setor e que até hoje não são computados oficialmente pela SECEC, mas que são importantíssimos na construção da identidade da arte e da cultura do DF.
Editais nacionais e do Distrito Federal que podem ser simultaneamente reeditados para atender a Classe - Sem CEAC e pela 8.666 ( caso dos Técnicos e artistas não credenciados):
http://www.funarte.gov.br/wp-content/uploads/2013/07/Edital-Mais-Cultura-Microprojetos-Pantanal1.pdf
https://drive.google.com/file/d/0B_PAmmNTaiArNWZVQ0xLMlRDTzA/view
http://www.fap.df.gov.br/2017-3/
Editais da Secretaria de Cultura:
http://www.cultura.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2017/11/Edital-Cultura_e_Cidadania_FAC-2018.pdf
Saindo da escala do Distrito Federal, estamos convictos que a saída estará na articulação dos poderes públicos em âmbito distrital e federal para a prevenção de um colapso maior no setor. Desta forma, apoiamos as propostas já articuladas em escala nacional tramitando nos PL 1075/2020, PL 1089/2020, PL 1541/2020:
a) Liberação dos valores retidos e antecipação dos valores comprometidos do Fundo Nacional de Cultura e do Fundo Setorial do Audiovisual, que estão vinculados a projetos já aprovados e que não podem, por lei, ter qualquer outra destinação. Isso injetará cerca de R$ 1,5 bilhão de reais no setor como um todo, sem onerar o caixa central do governo federal e do distrito federal;
b) Concessão de um salário mínimo, em virtude do afastamento de suas atribuições pelo período que perdurarem as medidas de contenção ao vírus, aos microempreendedores individuais (MEI) que atuam na área cultural e criativa;
c) Concessão de auxílio financeiro aos artistas, técnicos e produtores culturais informais, com o auxílio do Poder Público do Distrito federal para inclusão dos trabalhadores que não tenham cadastros na assistência social.
As propostas aqui elaboradas estão de acordo e apoiam as iniciativas várias que ocorrem em escala nacional, estadual, distrital e municipal no país, tais como no DF: Carta dos Espaços Culturais do DF,Carta Aberta dos profissionais da Musica ao Governo Federal, Carta da Câmara de Economia Criativa da Fecomércio/DF, OFÍCIO Nº 82/2020-GAB DEP. Chico Vigilante, Carta da ABRAPE – Associação Brasileira de Promotores de Eventos, Carta da Frente Unificada de Cultura do DF, Carta da APTR Associação dos Produtores de Teatro e ainda apoiamos a articulação em escala nacional para artistas, produtores culturais e músicos (autônomos e Microempreendedores Individuais - MEI) com vistas ao recebimento de salário de afastamento de suas atribuições, via Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - aproximadamente 19 mil assinaturas; articulação nacional em prol da isenção por 2 (dois) meses de contas para músicos, produtores de eventos e equipe, e autônomos - aproximadamente 69,5 mil assinaturas; Manifestação da Comissão de Direitos Culturais da OAB/CE – CDCult; Carta Proposta para a Política Cultural no Amazonas em tempos de COVID-19; Medidas de Contenção do Impacto Econômico e Jurídico da Pandemia Covid-19 Sobre O Setor Cultural, emitida pelo Fórum Brasileiro pelos Direitos Culturais – FBDC; e Comunicado do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura.
Isso posto assinamos esta carta ex Conselheiras e ex conselheiros de 1995 a 2018.
Alberto Peres Neto, sociedade civil, segmento Música de 2016 a 2019;
Anderson Formiga , sociedade civil do segmento Circo e Cultura Popular 2017-2018;
André Muniz Leão, sociedade civil, segmento Audiovisual, de 2014 a 2018;
Carlos Alberto Xavier, representando o governo, de 2015 a 2018;
Carlos Silva, sociedade civil segmento artes visuais 2017 a 2018;
Claudia Rachid representante governamental de 2014;
Clerí Fichberg, representante do Governo e sociedade civil, Circo e Cultura Popular, 2011 a 2017;
Clerton Oliveira Evaristo, representando da Educação de 2011 a 2014;
Daniela Diniz representante governamental de 2016 a 2018;
Débora Aquino, sociedade civil segmento Teatro, de 2015 a 2018;
Fátima de Deus sociedade civil de 1995 a 1998 representando o governo de 2011 a 2013;
Izabela Brochado, representante da UNB de 2011 a 2012;
Jaqueline Fernandes de Souza Silva, representante do Governo 2018;
Johanne Madsen sociedade civil área da dança, de 1995 a 2000 e representante governamental de de 2015 a 2018;
Kuka Escosteguy, sociedade civil do segmento Teatro 2011 a 2014;
Luiz Felipe Vitelli sociedade civil segmento Literatura de 2016 a 2018;
Marcio Moraes , sociedade civil segmento audiovisual 2009 a 2012;
Marcos Sílvio Pinheiro, representando da Educação de 2015 a 2017;
Maria Antonieta Vilela Mendes, sociedade civil do segmento dança 2018;
Pedro César Batista, sociedade civil segmento Literatura, de 2014 a 2016;
Plinio Mósca, sociedade civil do segmento Teatro de 1999 a 2002;
Reginaldo de Almeida Moreira, sociedade civil do segmento dança 2015 a 2016;
Romario Schettino representando do governo de 2012 a 2015;
Verena Castro, sociedade civil, segmento Dança de 2013 a 2015, e 2016 a 2018;
Victor Ziegelmeyer, sociedade civil, segmento Música de 2012 a 2016;
Yara De Cunto sociedade civil segmento dança de 1999 a 2002.
Atropelados pela pandemia, museus rastejam na internet por Giselle Beiguelman, Folha de S. Paulo
Atropelados pela pandemia, museus rastejam na internet
Artigo de Giselle Beiguelman originalmente publicado no jornal Folha de S. Paulo em 17 de abril de 2020.
Instituições, por favor, saiam das redes sociais, contratem designers, comissionem artistas
O coronavírus ressuscitou a internet dos anos 1990. Entre videochamadas, lives e visitas virtuais, descobrimos o que já sabíamos —viver no universo paralelo é muito chato. O homem é um animal político. Seu lugar é a pólis, a cidade, a rua, não atrás da tela.
E descobrimos outra coisa —museus, galerias de arte e instituições culturais estão na idade da pedra da internet. Atropelados pela pandemia e sem conteúdo artístico e cultural criado para a web, aderiram aos únicos campos da vida online que conhecem, as redes sociais, ecommerce e saídas de emergência apontadas para o Google Arts & Culture.
Veja os museus e centros culturais fechados por causa do coronavírus em SP
Bom momento para revisitar ou descobrir quem não ficou na era do byte lascado, começando pelas poucas coleções de net art, como o Whitney Art Port, que comissiona obras desde 2001; o Netescópio, do Museu Estremenho e Ibero-americano de Arte Contemporânea, e a Net Art Anthology do Rhizome.org.
Entre os brasileiros, enquanto o único museu nacional com uma trajetória consistente no campo da artemídia, o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, não disponibiliza na internet sua coleção “web specific” e de videoarte (trabalho em processo), uma alternativa é o site Web Arte no Brasil, mantido há 15 anos por Fabio Fon.
No plano do audiovisual, o MoMA, em Nova York, acaba de inaugurar seus tours virtuais com uma mostra do seu acervo de filmes, em sintonia com o contexto pandêmico, “Private Lives Public Spaces”.
Outra possibilidade é visitar a seção do acervo do Videobrasil, com materiais de referência sobre artistas que passaram pelos mais de 30 anos do festival paulistano.
Saindo da esfera das coleções históricas, o prêmio Hash, parceria do Museu de Arte e Mídia da Alemanha, o ZKM, com a Akademie Schloss Solitude, e fruto de residências artísticas online, é uma boa referência.
Por aqui, as atividades do Aarea, que comissiona obras de net art a artistas que não têm produções anteriores relacionadas ao meio online, funciona como um oásis. É bom lembrar, no entanto, que o site do Aarea não disponibiliza o acervo e se torna a obra do artista que está em cartaz. Seria interessante rever, nestes tempos de “coronavida”, um flashback do que já passou por ali.
Sob impacto da pandemia nas artes, o Instituto Moreira Salles prepara um projeto com obras comissionadas para o ambiente online, que respondam ao contexto da crise desencadeada pela Covid-19.
Mesmo que seja alentadora a resposta do IMS, é importante sublinhar que a aridez das instituições culturais não se resume ao vazio de conteúdo artístico. Isso fica patente quando se observa de que forma laboratórios de centros de excelência, nada digitalmente nativos, exploram a internet como dimensão ampliada de seu patrimônio.
A Biblioteca Pública de Nova York desenvolveu, há quatro anos, uma interface de visualização de dados, criada pelo artista Brian Foo, para dar acesso aos mais de 180 mil itens em domínio público sob sua guarda. É possível navegar por século (desde o 13), gênero, coleção e também por cores (uma visão muito particular do acervo). Foo fez recentemente uma plataforma semelhante para o Museu de História Natural que abrange 13 mil fotografias digitalizadas, filtros temáticos e cronológicos.
Já o Museu do Prado, em Madri, disponibiliza uma linha do tempo em camadas que possibilita contextualizar as obras em relação ao momento histórico, à arquitetura, à ciência, e também a artes cênicas, filosofia, literatura, música e pintura.
No Brasil, a ação mais sintonizada com esses processos é a integração do Museu do Ipiranga ao Glam, ou Galleries, Libraries, Archives, and Museums, da Wikipedia, que visa a expansão do seu acervo em meio digital, contemplando imagens e verbetes críticos e de caracterização das obras que detém.
Nenhuma dessas estratégias brota de um dia para o outro. A compreensão da internet para além de um repositório de links e o reconhecimento de sua produção artística são fatores determinantes. Mas investimento em pesquisa e criação são decisivos. Dito de outra forma —instituições, por favor, despendurem-se das redes sociais, contratem designers, comissionem artistas e paguem um programador.
Giselle Beiguelman é artista e professora da USP, pesquisa estéticas da memória no século 21
Overdose de lives e museus virtuais causam cansaço e vertigem por Nathalia Lavigne, Folha de S. Paulo
Overdose de lives e museus virtuais causam cansaço e vertigem
Matéria de Nathalia Lavigne originalmente publicada no jornal Folha de S. Paulo em 17 de abril de 2020.
O que falta é justamente a possibilidade de vagar distraídos, descobrindo obras ao acaso
Nunca imaginei que acompanhar a programação de arte durante a quarentena tivesse um efeito tão angustiante quanto as notícias sobre o avanço do coronavírus. Logo na primeira semana, o título de um artigo do site Hyperallergic —“2.500 museus que agora você pode visitar virtualmente”— parecia trazer a solução para quem estivesse “sentindo fome de arte”, como dizia o texto. Nem se chegarmos ao décimo mês de confinamento alguém teria interesse em acessar tudo aquilo.
Além da metáfora infeliz, a chamada revela o lado mais alienante desse meio, que parece não se dar conta de como pesquisar acervos de museus está longe de ser uma prioridade para a maioria das pessoas durante uma pandemia global.
Sim, porque a principal vantagem do Google Arts & Culture ainda é permitir fazer pesquisas nas 2.500 instituições com coleções reunidas pela plataforma. Ver detalhes de uma pintura impossíveis de se enxergar a olho nu, ou obras em realidade aumentada, sem dúvida são ótimas ferramentas, mas em geral voltadas para um público familiarizado que sabe bem o que procura.
Quem entra pela primeira vez em um museu pelo Google Street View possivelmente vai se entediar e sair zonzo nos primeiros minutos. Isso porque essa ou outras plataformas que simulam a experiência no espaço físico não levam em conta como a construção da visualidade nos museus é indissociável da relação com o corpo e outros sentidos além da visão. E, quando já passamos os dias de uma tela para outra, o olhar saturado não contribui para uma experiência contemplativa —principalmente de trabalhos pensados para serem vistos ao vivo.
Podemos não nos dar conta, mas visitar um museu envolve uma série de coreografias corporais que influenciam na maneira como descobrimos as obras. Em muitos casos, são padrões de como o espectador deve se comportar, construídos e incorporados desde os primeiros museus públicos.
Um amplo estudo sobre o assunto é feito por Helen Rees Leahy, da Universidade de Manchester, em “Museum Bodies”, ou corpos de museu.
Sua abordagem sobre a experiência no museu vai desde instruções publicadas em periódicos no século 18 sobre como se portar de forma confiante e o que vestir a análises contemporâneas.
O que chama mais atenção no estudo são os relatos sobre patologias associadas ao museu. Sintomas como tontura, cansaço ou até náusea, provocados por sensações como confusão mental ou opressão, apareciam em descrições de visitantes desses espaços até a primeira metade do século passado.
De certa forma, não é tão diferente da vertigem causada pelas visitas virtuais do Google Arts & Culture, em que a falta de contexto e a dificuldade de atrair nossa atenção provocam um efeito igualmente desestabilizador.
Embora pareçam oferecer a chance de escolher entre tantas opções, o que falta é justamente a possibilidade de vagar distraído como caminhamos pelos corredores dos museus, descobrindo obras ao acaso.
Passei a sentir uma enorme nostalgia de visitar os museus ao vivo. Mesmo que o histórico disciplinarizante desses lugares tenha deixado marcas até hoje, romper com esse imaginário tem sido uma preocupação grande das instituições nas últimas décadas.
Acompanhar as fotos de visitantes por meio de hashtags é uma boa maneira de entender seu comportamento hoje e relacionar com o histórico dessas práticas corporais.
Há desde encenações de poses contemplativas com ar de seriedade a pessoas que rompem com essa tradição, fotografando-se com roupas iguais às obras ou simulando a situação retratada. A série, por sinal, reapareceu durante o confinamento, com recriações caseiras de pinturas clássicas reunidas na hashtag #BetweenArtandQuarentine. Pode parecer bobagem, mas indica um rompimento com o imaginário opressor do museu.
A programação online durante a quarentena tenta suprir a ausência do espaço físico com uma overdose de lives. Talvez os museus virtuais de hoje se assemelhem aos primórdios dessas instituições, quando a construção disciplinarizante da visualidade resultava em uma experiência misturada a sensações de cansaço e vertigem —tudo que é bom evitar neste momento.
Nathalia Lavigne é pesquisadora na USP, estuda arte no Instagram e museus pós-redes sociais
Open letter to museums and galleries in support of education and other essential workers, Art & Education
Open letter to museums and galleries in support of education and other essential workers
We the undersigned write with grave concern about a growing trend of layoffs targeting education staff at major global museums in the name of COVID-19. Museums including MoMA, LA MOCA, Mass MoCA, Serralves Foundation and others, have recently reported redundancies, many of them affecting freelance and part-time educators and, in the case of the MoMA, offering no horizon of re-employment. Far from redundant, such workers—employed to give tours, design and develop programmes for schools and communities of all ages—are at the heart of museum and gallery work.
As those most in touch with communities outside of the museum, educators push criticality and innovation. Their work is regularly used to attract donors and supporters to many institutions. That they are first in the line of fire for layoffs, is disconcerting, to say the least.
This is especially true as gallery education posts are more often to be those in which racialised, working-class people and women are employed to work with communities who are not members of the cultural elite. At a moment when museums and galleries claim an interest in their diversification, why do they de-fund the very people and communities made most vulnerable by the current crisis?
We find this treatment of educators to be a great tragedy in a moment when their skill-sets—meaning-making, public engagement, community care and support—are more essential than ever. This could be a moment in which to utilise these skills to offer more to communities than virtual museum tours. Instead of retrenching museums into conservative modes of exclusionary content dissemination, a more forward-thinking stance would be to intensify the educational dimension of their offer in this moment of fear, loss and community re-organisation, and to prioritise relationships with their most excluded groups.
Sadly, the reported layoffs follow years of precarity for museum and gallery educators and other cultural workers, who are rendered dispensable in times of economic or social uncertainty. While our letter is focused on the situation of educators, we stand with cleaners, porters, visitor service staff and other low paid and precarious workers in museums and galleries and call on their employers to reverse these layoffs and to offer fairly paid, secure and protected contracts for all cultural workers.
We implore museums and galleries to take this opportunity to re-imagine—with their workers and their communities—the role of culture in the time of COVID-19 and its aftermath. And we ask those museums who are already doing so to step forward and speak out on behalf of education and other essential workers targeted by these cuts.
Signed by:
1. Dr Janna Graham, BA Curating, University of London, Goldsmiths, UK
2. Dr Carmen Moersch, Mainz Academy of Arts, Johannes Gutenberg University, Germany
3. Dr Cayo Honorato, Department of Visual Arts, University of Brasilia, Brazil
4. Professor Irit Rogoff, Curatorial/Knowledge, Goldsmiths, London University, UK
5. Prof Doreen Mende, HEAD Genève and Harun Farocki Institut Berlin, Germany
6. Dr Ines Moreira, NOVA Lisbon and U.Porto, Portugal
7. Ainslie Roddick, ATLAS Arts, Skye, Scotland
8. Mahan Moalemi, writer and researcher
9. Dr Vipash Purichanont, Department of Art History, Silpakorn University, Thailand
10. Dr Sophie Hope, MA Arts Policy and Management, Birkbeck, University of London, UK
11. Ashley Whitfield, Founder, Johannesburg Family Gathering, Johannesburg, South Africa
12. Dr Raimi Gbadamosi, Artist, Academic. DeMontfort University, Leicester, UK.
13. Anne Julie Arnfred, Curator and PhD fellow, Roskilde University, Roskilde, Denmark
14. Eloy V. Palazón, PhD Candidate, Universidad Complutense de Madrid, Spain
15. Andrea Francke, artist and associate lecturer, University of the Arts London, UK
16. Dr Carolina Rito, Centre for Arts, Memory and Communities, Coventry University, UK
17. Dr Bridget Crone, Senior Lecturer in Visual Cultures, Goldsmiths, University of London
18. Sara Greavu, curator and Queer Arts Development Leader, Outburst Arts, Belfast
19. Dr Sarah Pierce, artist and Lecturer in Visual Cultures, National College of Art and Design Dublin
20. Leire Vergara, Dutch Art Institute, Artez University of the Arts, Arnhem/ Bulegoa z/b, Bilbao
21. Astrid Korporaal, Research Curator, Frames of Representation festival at the Institute of Contemporary Arts, London, UK
22. Dr María Bella, independent researcher and curator, Corcubión, Spain
23. Jenny Richards, PhD candidate, Konstfack, University of the Arts, Stockholm, Sweden
24. Miguel Amado, Director, Sirius Arts Centre, Cobh, County Cork, Ireland
25. Huiying Chen, Curator, Taipei Fine Arts Museum, Taiwan
26. Ariadna Serrahima, Publisher and PhD candidate, Goldsmiths University, London, UK
27. Ben Messih, Education Curator at the South London Gallery, UK
28. Grant Watson, Tutor, Royal College of Art, London, UK
29. Mariam Atieh, Associate Lecturer, University of Arts London, London College of Fashion, UK
30. Fereshte Moosavi, Independent Curator, PhD Curatorial/Knowledge Goldsmiths University of London, UK
31. Vaida Stepanovaite, Independent curator, MRes Curatorial/Knowledge, Goldsmiths, University of London, UK
32. Ane Rodríguez Armendariz, Cultural Manager, MA Contempemporary Art Theory, Goldsmiths University, London, UK
33. Gema Darbo, Curator, MRes Advanced Practices, Goldsmiths University, London, UK
34. Alex Thorp, Education Curator, Serpentine Galleries, London, UK
35. Dr Felicity Allen, artist, former Head of Interpretation & Education, Tate Britain; founding director, Engage, UK
36. Zoë Marden, artist & assistant researcher, Advanced Practices, Goldsmiths University, London, UK
37. Patricia Roig, MRes Curatorial/Knowledge, Goldsmiths University, London, UK
38. Theodor Ringborg, Artistic Director, Bonniers Konsthall, Stockholm, Sweden
39. Ayesha Keshani, museum worker and PhD candidate Visual Cultures, Goldsmiths University, London, UK
40. Eva Rowson, Managing Director, Bergen Kjøtt, Bergen, Norway .
41. Jemma Egan, Assistant Education Curator, Serpentine Galleries, London, UK
42. Deniz Kirkali, Independent Curator, PhD Curatorial/Knowledge, Goldsmiths University, London, UK
43. Olivia Plender, Royal Institute of Art, Stockholm, Sweden
44. Eduarda Neves, Curator and Director ESAP, Portugal
45. Srajana Kaikini, PhD, Assistant Professor of Philosophy, Krea University, independent curator. India.
46. Clara Rocha, Independent Curator and PhD Candidate Visual Cultures, Goldsmiths University, London, UK
47. Lawrence Lek, Artist and PhD Candidate, Royal College of Art, London, UK
48. Dennis Dizon, Independent Digital Curator, MRes Curatorial / Knowledge, Goldsmiths, London, UK
49. Alex Sainsbury, Director, Raven Row, London, UK
50. Samia Henni, Cornell University, USA
51. Vasiliki Antonopoulou, Artist, Royal College of Art, London, UK
52. Maria Morata, Independent Curator and Researcher, Berlin, Germany
53. Laura Hensser, Managing Director, Gasworks, London, UK
54. Michael Maranda, assistant curator, Art Gallery of York University
55. Pascal Schwaighofer, Artist and PhD student Comparative Literature Cornell University, USA
56. Ofri Cnaani, Artist, Associate lecturer, BA Curating, University of London, Goldsmiths, UK
57. Pablo Martínez, Head of Programming, MACBA Museu d’Art Contemporani de Barcelona, Spain
58. Francesca Maria Lazzarini, Curator and PhD Candidate Curatorial/Knowledge, Goldsmiths University, London, UK
59. Joni Zhu, Research Assistant, Visual Cultures, Goldsmiths, London, UK
60. Joselyne Contreras, PhD candidate in Curatorial Knowledge, Goldsmiths, London, UK
61. Sophie Jung, artist and freelance educator, external tutor at Institut Kunst, Basel, Switzerland
62. Dr Joshua Simon, Pennsylvania Academy of Fine Arts, Philadelphia and Maayan Magazine, Tel Aviv-Jaffa
63. Lucia Pietroiusti, Curator, Serpentine Galleries, London UK
64. Murat Adash, Artist and PhD Candidate in Art at Goldsmiths, University of London
65. Dr Ronny Hardliz, artist and researcher, Lucerne University of Applied Sciences and Arts, Switzerland
66. Avi Varma, PhD candidate at the Centre for Research Architecture, Goldsmiths, University of London, UK
67. Dr. Anshuman Dasgupta, Kala Bhavan, Visva Bharati University, Santiniketan, India
68. Emily Pethick, Director, Rijksakademie van beeldende kunsten, Amsterdam, Netherlands
69. Maya Watanabe, artist and PhD Candidate in Visual Cultures, Goldsmiths University, London, UK
70. Alasdair Milne, MRes student, Visual Cultures, Goldsmiths, University of London, UK
71. Sara Martín Terceño, freelance educator, Madrid, Spain
72. Silvia Zayas Serra, artist, freelance educator, Spain
73. Ainhoa Hernandez Escudero, artist, cultural worker, Madrid, Spain
74. Patricia Raijenstein, free freelance educator, Spain
75. Dr. Theo Reeves-Evison. Leverhulme Early Career Fellow, Birmingham School of Art, UK
76. Cibelle Cavalli Bastos, MA, Royal College of Art, London, UK
77. Prof. Dr. Anja Kraus, Department of Humanities and Social Sciences Education, Stockholm University, Sweden
78. Ana Mae Barbosa, Full Professor (retired) from Universidade de São Paulo, Brasil
79. Léontine Meijer-van Mensch Director Ethnological Collections, State of Saxony, Germany
80. Thomas Locher, Dean Academy of Fine Arts Leipzig, Germany
81. Catarina Martins, Faculty of Fine Arts, University of Porto, Portugal
82. Prof. Ulf Aminde weissensee academy of art Berlin
83. Danja Erni, KontextSchule, UdK Berlin, Germany
84. Prof. Dr. Andrea Sabisch, University of Hamburg, Germany
85. Friederike Schönhuth, director RED PONY - agency for art and art education, Frankfurt, Germany
86. Silke Ballath, sideviews. e.V. and German Children and Youth Foundation, Germany
87. Elke aus dem Moore, Director, Akademie Schloss Solitude, Stuttgart, Germany
88. Dr. Lüder Tietz, MA Program Museum and Exhibition, University of Oldenburg, Germany
89. Dr. Nanna Lüth, University of the Arts Berlin, Germany
90. Prof.Dr. Silke Wenk, Carl von Ossietzky University of Oldenburg, Germany
91. Natalie Bayer, director, FHXB Friedrichshain-Kreuzberg Museum, Berlin, Germany
92. Tom Holert, Harun Farocki Institute, Berlin, Germany
93. Christine Gerbich, Centre for Anthropological Research on Museums and Heritage, Humboldt-University Berlin, Germany
94. Samuel Guimarães, Art Educator and Professor at School of Music and Performing Arts, Portugal
95. Helene Illeris, Professor of Art Education, University of Agder, Norway
96. Marta Coelho Valente, PhD student in Arts Education, Research Institute of Art, Design and Society, University of Porto, Portugal
97. Raquel Ribeiro dos Santos, Head of Participation, Families and Schools, Culturgest - Fundação Caixa Geral de Depósitos, Portugal
98. Lara Soares, Art educator at Burilar - Creative Processes in Public's Mediation, Portugal
99. Madalena Wallenstein, Cultural Programmer and Coordinator at CCB/ Fábrica das Artes - Childhoods, Portugal
100. Prof. Dr. Karen Ellwanger, Carl von Ossietzky Universität Oldenburg, MA Museum and Exhibition
Full list of signatories here.
Fonte: Art & Education
Maratona 45 anos Luisa Strina: Conversas para a quarentena
No canal no YouTube da Galeria Luisa Strina, estamos publicando a íntegra das entrevistas com artistas, curadores, jornalistas, colecionadores, galeristas e consultores de arte realizadas durante o Art Weekend 2019 como parte das comemorações dos 45 anos da galeria. Esperamos que você aproveite esse rico material para conhecer mais da história da galeria e dos vários protagonistas da cena artística que dão vida e sentido ao nosso espaço. A publicação da maratona é também uma forma de agradecer a todos que compõem ao mundo da arte, a quem desejamos muita saúde e serenidade nesse momento tão delicado.
Anna Maria Maiolino discute as imagens primordiais e arquetípicas de sua obra e comenta a experiência de ter recém-realizado duas grandes retrospectivas de seu trabalho: uma no PAC – Padiglione d’Arte Contemporanea, na Itália, e outra na Whitechapel Gallery, no Reino Unido.
Jac Leirner comenta a projeção internacional de sua obra, conta que aprendeu muito sobre arte contemporânea na Galeria Luisa Strina, em seu tempo de estudante, e que compartilha com Luisa até hoje interesses conceituais e formais, analisando o perfil de artistas e trabalhos que encontra na galeria.
Eduardo Barella comenta como iniciou, com sua esposa Camilla, a coleção de arte política que se organiza em torno dos temas da fronteira e do pertencimento; conta a história inusitada da aproximação entre o casal e a galeria; e finaliza a entrevista com um depoimento empolgado sobre o projeto do Novo Pacaembu.
Miguel Chaia relembra obras e artistas que acompanhou desde 1974 na galeria e compartilha o que aprendeu na convivência com Luisa e com a maneira como ela concebe o programa de exposições. O cientista social e colecionador destaca o ritmo de divulgação da arte contemporânea e a exigente sequência de qualidade como marcas registradas da Galeria Luisa Strina.
Camila Yunes Guarita compartilha suas experiências como art advisor, que defende ter o papel de desmistificar o universo da arte, e conta sobre seu projeto KURA, plataforma de difusão e de formação. A consultora também apresenta o seu novo projeto, Caixa de Pandora: intervenções de artistas contemporâneos no contexto da coleção Ivani e Jorge Yunes, que reúne um acervo de arte desde o século IV até os anos 1970.
Sócio-fundador da Galeria Vermelho, Eduardo Brandão relembra os tempos em que fazia as fotografias das obras de seus amigos artistas que eram representados pela Galeria Luisa Strina, como Leonilson e Edgard de Souza, e propõe uma reflexão profunda sobre o papel de uma galeria e sua responsabilidade ao definir o que é ou não pertinente expor e chancelar.
Laura Lima comenta vários trabalhos de sua trajetória; revela um momento epifânico de quando e onde ela formalizou a ideia de sua “filosofia ornamental”, linha de pensamento que alinhava grande parte de sua pesquisa mais recente. No final da entrevista, a artista conta ainda como foi começar a trabalhar com Luisa Strina e resume os projetos que já realizou na galeria.
Cleusa Garfinkel conta quais estratégias adota para fomentar e fortalecer as instituições brasileiras; relembra uma das primeiras vezes em que foi à galeria e descreve como foi a constituição de sua coleção particular. A colecionadora e mecenas das artes dá ótimos conselhos sobre os critérios para escolher obras para adquirir e comenta o prêmio que recebeu da Fundación ARCO no início de 2019.
Lorenzo Mammì conta a história de seu primeiro contato marcante com a arte brasileira: a exposição Cinza, de Cildo Meireles, na Galeria Luisa Strina, em 1986, ano em que chegou ao Brasil. O professor de filosofia e curador comenta a sua atuação à frente do Centro Universitário Maria Antonia, no início dos anos 2000, e, mais recentemente, a direção geral do Instituto Moreira Salles da Avenida Paulista.
Parem a competição já por Daniel Jablonski e Flora Leite, seLecT
Parem a competição já
Artigo de Daniel Jablonski e Flora Leite originalmente publicado na revista seLecT em 17 de abril de 2020.
Podemos aproveitar a interrupção de atividades para formular questões como: é necessário produzir tanto? Expor tanto? Expor-se tanto?
Assim como todos no meio da arte, vimos nossos melhores planos para 2020 evaporar de um dia para o outro. Eram exposições, feiras, aulas, palestras, publicações, lançamentos, tudo cuidadosamente planejado para acontecer ao longo dos próximos meses. Até o confinamento forçado arrastar consigo cronogramas, oportunidades, prioridades, enfim, tudo o que era, até ontem, essencial. Até mesmo a urgência na palavra deadline parece ter sido tragada de um plano simbólico para o de uma literalidade crua e rasteira.
Como muitos, temos procurado refletir sobre o papel da arte numa conjuntura extraordinária como esta. Por um lado, é certo que este período de isolamento prolongado trará uma evidência, mesmo aos mais cínicos detratores da classe artística: o que nós fazemos importa. Por outro lado, é de se supor que os inúmeros livros, discos, filmes e séries que serão lidos, escutados e vistos este ano estejam entre aqueles que já existiam antes da pandemia. Mas o que acontece com a arte agora?
De nossos confinamentos temos também acompanhado com grande entusiasmo o surgimento de diversas iniciativas feitas para manter acesa a chama da produção. Artistas documentando seus ateliês no Instagram, espaços independentes exibindo cursos e seminários em lives, museus disponibilizando seus acervos online, galerias também disponibilizando portfólios e realizando vendas via redes sociais — ferramentas que estavam disponíveis antes, é claro, e eram utilizadas com frequência para a circulação de imagens de trabalhos, imagens de artistas, imagens de vernissages. Agora se avolumam em quantidade e velocidade. Curadores já começaram também a se interessar por “arte feita na quarentena”, e instituições de pequeno e grande porte foram rápidas em anunciar incentivos extraordinários a projetos relevantes produzidos “agora”.
Tais esforços são realmente louváveis e mostram a vitalidade de um meio artístico que está buscando reinventar-se, apesar de uma de suas principais ferramentas históricas — a exposição — ter sido temporariamente inviabilizada. No entanto, cabe perguntar o quanto desse esforço é orgânico e corresponde, de fato, a demandas reais dos produtores e do seu público em quarentena. E o quanto, por oposição, é a tentativa de transpor para a segurança de um espaço virtual um sistema especulativo e excessivo, e que acredita estar ao abrigo de qualquer tipo de crise.
É justamente em tempos como este que os pontos cegos dos sistemas “normais” se deixam ver com maior nitidez. Assim como a quem servem e como servem. Enquanto algumas dessas iniciativas online visam a criação de redes de apoio financeiro aos artistas — que foram dos primeiros a sentir os efeitos econômicos da crise —, outras reproduzem os mesmos modelos e práticas que precarizavam os produtores antes da pandemia. Entre estas estão o trabalho muitas vezes não remunerado, o estímulo à competição pelas escassas possibilidades de financiamento e vendas e o uso irrestrito de suas imagens como capital simbólico (e, por que não, financeiro).
Como se sabe, a ideia de oferecer “visibilidade” em troca da exposição de trabalhos de arte (ou de suas imagens) nada tem de novo. Exceto, talvez, seu suporte agora totalmente virtual, desmaterializado. Ora, na tentativa de obter alguma legitimação em um meio que exige credenciais institucionais, artistas sempre trabalharam de graça, financiando sua produção com fontes alternativas de renda. Isso na esperança de que tal visibilidade gere novas oportunidades de trabalho, e assim sucessivamente, até que, finalmente, seja possível pagar as contas. Mas isso é ilusório, pois o circuito da arte, tal como existiu até agora, dependeu precisamente dessa desvinculação entre retorno simbólico e retorno financeiro como contrapartida ao trabalho artístico. O dinheiro circulava, mas nunca chegava de fato ao produtor.
Hoje, como ontem, pede-se ao artista que produza as imagens de um mundo por vir, deixando de lado a questão de saber como ele está vivendo o seu presente. Por trás dessa demanda está um ideário já antigo, vindo do Romantismo, que faz do artista um outsider e do próprio trabalho artístico algo excepcional. Os verdadeiros artistas seriam, assim, aqueles que trabalham de forma autônoma, pelo puro prazer (ou necessidade) de se expressar. Por mais anacrônica que seja, essa separação entre a realização pessoal e a remuneração financeira é mantida hoje de forma estratégica. E tem como efeito prático situar o produtor na vanguarda de um capitalismo eminentemente simbólico, cujo maior ativo é a “criatividade”. Ou seja, o poder de inventar soluções, mesmo diante das grandes adversidades produzidas pelo próprio sistema. Não à toa, as motivações que antes eram atribuídas quase exclusivamente aos artistas se tornaram componentes centrais dos discursos empresarial e publicitário.
A presente crise só torna mais evidente a perversidade dessa situação: o artista opera como fornecedor de “autenticidade” para uma engrenagem articulada por agentes intermediários, agregando com suas obras “valor de prestígio” às instituições-marcas que as exibem. E continua a fazer exatamente isso quando esse valor produzido, exposto e claro, vendido, é a sua própria personalidade: artista jovem, artista maldito, artista engajado, artista periférico, artista queer. E, agora, artista confinado, cujo ritmo de produção, sem os “entraves” do mundo exterior, pode ser até mesmo beneficiado pela quarentena.
As chamadas que circulam na internet nestes dias dão a entender que a criação desse “imaginário da crise” é urgente. Não é. Que temos poucos dias para produzir uma obra relevante, pungente e reveladora. Não temos. Artistas não têm a obrigação (ou os meios) de dar conta dessa demanda por “sentido” de uma sociedade à deriva, que perdeu a capacidade de se projetar no futuro. Se há uma “classe” que está em medida de dar uma resposta efetiva à crise, esta é a dos cientistas, médicos, enfermeiros, lixeiros, atendentes, caixas de supermercado e, sim, políticos; todos que estão (ou deveriam estar) nas linhas de frente da luta contra a pandemia.
O que nós fazemos importa, é claro. Mas como todos os trabalhadores de serviços “não essenciais”, o melhor que fazemos agora é ficar em casa. Não precisamos deixar de ser artistas; trabalhar pode ser uma forma de nos mantermos sãos e ativos em meios a esse “entreato” de duração indefinida. No entanto, podemos também aproveitar a interrupção forçada das atividades para refletir sobre a nossa suposta “normalidade”. E formular questões simples sobre práticas naturalizadas no passado, como: era mesmo necessário produzir tanto? Expor tanto? Expor-se tanto? Mas também para nos projetarmos no futuro, nessa já tão antecipada “retomada”: ao final da quarentena, o quanto essas dinâmicas de visibilidade terão corroborado uma capitalização da tragédia que vivemos? E, neste caso, a quem terão beneficiado? E a quem não terão?
E “agora”, o que é que precisamos de verdade? De mais views? De likes? De thumbs up? Por favor, apenas parem. Artistas, parem de estetizar a quarentena e a si mesmos. Não será tal demanda, menos um desejo de expressão dos artistas, e mais a necessidade do meio de seguir circulando seu capital nas redes sociais? Por que não, pelo contrário, parar de produzir por um tempo? Abraçar essa mentalidade competitiva que recompensa a produtividade como única moeda de troca na crise só nos fará mal. Já estamos sozinhos, não é hora de competir por um lugar ao sol. Importa, pelo contrário, criar redes de proteção e de auxílio. De trocas de serviços e trabalhos. De escuta.
Curadores, parem de selecionar obras sobre a quarentena. Não fará tal demanda aumentar a pressão sobre os artistas, que, temendo a invisibilidade profissional, terão de criar obras que se adaptem sem fricção ao “novo” modo de circulação e exposição, exclusivamente virtual? Por que não, pelo contrário, fazer exposições virtuais com trabalhos já existentes? Estes não faltam. Seguir alimentando essa lógica de produtividade e autoexposição, como se a crise fosse apenas uma “ocasião para criar”, serve para aprofundar um processo já antigo de alienação do artista, mas agora com graves consequências psicológicas.
Instituições, parem de premiar artistas que trabalhem na quarentena. Não estimulará tal demanda a criação de obras de qualidade duvidosa, geradas unicamente pelo medo de se verem privados dos parcos recursos destinados a esses “editais emergenciais”? Por que não, pelo contrário, comprar obras ou doar diretamente seu dinheiro aos artistas? Sem esquecer, é claro, de garantir nesse período a remuneração dos demais profissionais da arte que trabalham nas exposições, a exemplo dos produtores, educadores e montadores. Prêmios agora não fazem mais do que espetacularizar o espírito winner-takes-all do circuito da arte, que faz com que pouquíssimos ganhem muito e a maioria esmagadora ganhe bem pouco ou menos que nada.
E jornalistas, parem de escrever matérias sobre obras-primas produzidas em quarentenas. Não contribuirá tal demanda para o aprofundamento da mística do artista como indivíduo excêntrico, excepcional e autônomo — impermeável às condições sociais? Por que não, pelo contrário, escrever sobre como artistas no Brasil sempre produziram em condições adversas, mesmo antes da pandemia? Shakespeare, de fato, criou obras-primas durante a peste bubônica no século 17, mas ele tinha poderosos mecenas que lhe permitiram viver confortavelmente, enquanto os teatros londrinos estavam fechados. Não é o nosso caso.
Daniel Jablonski (Rio de Janeiro, 1985) é artista visual, professor e pesquisador independente. Sua produção multifacetada, conjugando teoria e prática, investiga o lugar do indivíduo na formação de novas mitologias e discursos do cotidiano. Atualmente vive e trabalha em São Paulo e leciona e coordena o curso de ‘História da Arte Moderna e Contemporânea’ no Museu de Arte de São Paulo.
Flora Leite (São Paulo, 1988) é artista e pesquisadora. Seu trabalho, materializado em suportes diversos – da realização de exposições a programas públicos – propõe uma reflexão crítica a respeito do contexto nos quais arte contemporânea acontece, atravessada pela historicidade de suas linguagens, materiais e iconografias empregadas. Atualmente, faz mestrado em Poéticas Visuais na ECA-USP.
El museo del futuro se despide de las exposiciones de masas por Peio H. Riaño, El País
LA CRISIS DEL CORONAVIRUS El museo del futuro se despide de las exposiciones de masas
Matéria de Peio H. Riaño originalmente publicada no jornal El País em 13 de abril de 2020.
La crisis sanitaria transformará la vida de las instituciones de arte, que tendrán que aprender a vivir con una drástica caída de ingresos por la venta de entradas
Nadie sabe cómo será la reapertura de los museos cuando pase la crisis sanitaria de la Covid-19, pero todos coinciden en que nada será como antes. En el futuro vaticinado por los responsables de estas instituciones no hay “taquillazos”. No habrá lugar para salas abarrotadas como la de El Bosco, en el Prado, Dalí, en el Reina Sofía, o Leonardo, en el Louvre. “En el mundo post-Covid los museos dejarán de ser objetivo del turismo masivo y los indicadores de éxito serán menos cuantitativos y más cualitativos”, apunta Ana Botella Diez del Corral, Responsable de Programas Publicos, en la Wellcome Trust del Reino Unido, que propone cerrar los museos al menos tres meses y reactivar de manera gradual.
La vuelta no va a ser fácil. Los hábitos de higiene han alterado las pautas sociales y disparado el miedo. “Es una crisis de salud, pero también una crisis existencial que va a provocar cambios fundamentales en nuestro estilo de vida. No tiene sentido seguir con las mismas prácticas museológicas (en las exposiciones, los programas públicos o la educación). Debemos replantearlo todo. No dejo de preguntarme cómo reabrir y contribuir de manera relevante a las necesidades sociales”, añade Botella.
Las alteraciones socioeconómicas van a transformar las condiciones materiales que han sustentado un modelo internacional colapsado. Será difícil volver a atraer público al museo: “Llevará un tiempo convencerlo de que acepte encerrarse durante dos horas en un espacio junto a gran número de gente”, sostiene María López-Fanjul, conservadora de los Museos Nacionales de Berlín. Para el día de la reapertura pide endurecer las exigencias sanitarias ante el contacto entre el público y el personal, y un aforo limitado (por higiene y por tranquilidad). “Seguramente estemos viviendo el fin de la tiranía de los récords de números de visitantes, a favor de una experiencia museística centrada en el bienestar del público”, cuenta la especialista.
Museos sin turistas
Es un cambio real, que obliga a reconsiderar las prioridades hacia el desarrollo de la comunicación virtual y de lo local. María López-Fanjul espera que se refuerce la idea de que la cultura no es ocio y los museos “lugares de esperanza, cuyas obras de arte cuentan infinitas historias de superación y supervivencia”. Miguel Zugaza, director del Museo de Bellas Artes de Bilbao, adelanta que habrá que esforzarse en “explicar una vez más por qué el arte es tan relevante y necesario para la sociedad, como terapia o tan solo para tratar de entender el mundo y sus crisis. Este debe ser el centro de la reflexión”, incide. Zugaza cree que “los museos turísticos se resentirán sin duda a corto plazo, pero seguramente les ayudará a reencontrarse con su alma más pura, alejada de los intereses mercantiles y materiales”.
La dirección del Museo del Prado explica que el 60% de sus visitantes son turistas internacionales y reconocen que es un colectivo que se va a reducir “dramáticamente”. Además, la situación española de incertidumbre y parón económico “va a suponer un tremendo problema de gestión, porque la venta de entradas es la primera fuente de ingresos del museo”. El gasto social cerrará el grifo y volverán a gestionar la escasez. Solo el Museo del Prado aplicó un plan de salvaguarda contra el Covid-19, un día antes del cierre: control de aforos ante los cuadros más populares y rebaja a 500 el número de entradas gratuitas, un recorte cercano a los 3.000 visitantes. Fue peor, porque el museo se vació, en una imagen inusual que podría repetirse en la reapertura. La merma de taquilla saldrá muy cara a los museos: el Prado recaudó 19,4 millones de euros, en 2018. Es el 75,5% del total de ingresos propios (25,6 millones de euros). Es decir, en tres meses de parón perdería más de 5 millones de euros solo en taquilla.
Debacle económica
La presidenta y directora ejecutiva de la American Alliance of Museums, Laura L. Lott, ha puesto cifra a la debacle económica: los museos de EE UU pierden al día 33 millones de dólares (30,6 millones de euros). La semana pasada, el MoMA de Nueva York, uno de los museos más ricos del mundo, notificó a sus educadores un mensaje demoledor: “Pasarán meses, si no años, antes de que podamos volver a los niveles de presupuesto y operaciones para requerir los servicios de los educadores”. La dirección ha despedido a todos.
“Quizá la ‘normalidad anormal’ que llegue será una oportunidad para ahondar en la sostenibilidad de los museos, para la mejor preservación de los bienes y mejor calidad de la experiencia de los ciudadanos”, cuenta a este periódico Pilar Fatás, directora del Museo Nacional de Altamira. “La sostenibilidad es un término contrario al consumismo cultural masificado de los últimos años”, añade Fatás. Cree que tardaremos en recuperar los hábitos, pero nada será como lo entendíamos antes de esta crisis. Los irremediables cambios sociales van a provocar “nuevos modelos de visitas”. “En el Museo de Altamira, por ejemplo, la necesidad de conservación de la cueva trasciende el hecho de visitarla”, añade. La directora de Altamira avanza que la nueva situación económica mermará “ostensiblemente” los presupuestos de las instituciones públicas. En el Ministerio de Cultura no han cuantificado las pérdidas a las que se enfrenta el sector y recuerdan que corresponderá a las autoridades sanitarias certificar la reapertura de la actividad y entonces será cuando estudien un plan de acción.
Nuevas exposiciones
El gerente del Museo Nacional Thyssen, Evelio Acevedo, prefiere no concretar cómo compensarán la pérdida de los ingresos en taquilla, pero cree que la organización de las exposiciones tradicionales implicará “algunas dificultades adicionales a la hora de conseguir préstamos y movilizar obras, pero no se puede esperar un cambio radical en el modelo expositivo”. Frente a esta opinión, Manuel Borja-Villel, director del Reina Sofía, cree que “habrá que reflexionar sobre nuevos modelos museísticos”. “Quizás haya que plantear las muestras de otro modo, pensar más en la investigación”, subraya. El intercambio de obra internacional, con España e Italia como capitales del patrimonio europeo y los países con más infecciones del continente, alterará la política de las exposiciones temporales.
“Habrá un cambio en la experiencia estética, ya que el tipo de relación con el público será distinta. También cambiarán nuestras prácticas artísticas, formas de producción y relación”, cuenta Borja-Villel. Cree que esta situación derivará, “al menos temporalmente”, en la desaparición del museo como objetivo turístico: “Pasará mucho tiempo hasta que el visitante vuelva a tener confianza y poco a poco comience a viajar o a moverse como hacía hace unas semanas”, añade.
Pepe Serra, director del Museo Nacional de Arte de Cataluña (MNAC), está convencido de que la pandemia acelerará la crisis de “la carrera absurda por las audiencias, con grandes exposiciones de muy alto coste y corta duración, pensadas para atraer al público de forma puntual”. Un modelo “claramente cuestionable”. “Se puede plantear un museo con otro tempo. Un lugar que es ante todo servicio público y debe servir a todas y todos. Esta crisis es una lección sobre la fragilidad de un modelo de capitalismo”, indica Serra, que señala cómo la potencia y la fortaleza ciudadana ha salido reforzada.
REAPERTURA SANA
El Museo Reina Sofía ha planteado medidas higiénico-sanitarias preventivas para garantizar la seguridad de los visitantes y de los trabajadores para la reapertura. Incluyen el control del aforo por cada sala y un metro entre los visitantes en la fila de las taquillas. Esto alterará el uso de espacios abarrotados como el Palacio de Cristal, en el Retiro. También señalan que se entregarán equipos de protección individual a los trabajadores del Museo Reina Sofía y se desinfectarán las instalaciones. Habrá líquido desinfectante en todos los aseos y se estudiará la posibilidad de reforzar el servicio de enfermería.
abril 16, 2020
Projeto Quarentine: 45 artistas plásticos se reúnem em projeto de arte em tempos de quarentena
O projeto Quarantine é uma iniciativa das artistas Lais Myrrha e Marilá Dardot, da curadora Cristiana Tejo e da fundadora da plataforma 55SP Julia Morelli e surge da atenta reflexão sobre os grandes desafios que o mundo enfrenta devido à pandemia de Covid-19 e mais especificamente do seu impacto no campo das artes visuais no Brasil. A crise atual tem gerado uma suspensão no funcionamento dos museus, centros culturais, galerias, feiras de arte, residências artísticas, ateliês e trazido demissões, cancelamentos de mostras e de vendas. Ao mesmo tempo, o Corona vírus tem reforçado a importância da cooperação entre todes e da redistribuição mínima de condições materiais como as únicas possibilidades de sua superação. Sem a ação coletiva não há solução.
Esta situação sem precedentes na história recente mundial tem convidado-nos a repensar estilos de vida, alianças, formas de contribuição e maneiras de atuação profissional. Diante deste contexto de incertezas e de interrupção do cotidiano, o grupo propõe um experimento coletivo de re-imaginação de modelo econômico para as artes. Trata-se de uma espécie de cooperativa de artistas do Brasil, em que todos os trabalhos têm o mesmo preço e o que for vendido tem seu valor repartido igualmente entre xs colaboradorxs. Uma cota extra foi criada para ser doada para o fundo emergencial de apoio às pessoas trans afetadas pelo Covid-19 e assistidas pela Casa Chama, uma organização civil de ações socioculturais com foco em artistas Transvestigêneres: @casachama_org
Colaboram artistas de todas as regiões do país, momentos de trajetória, gêneros e raças que foram convidadxs a proporem trabalhos de acordo com as condições de quarentena (em casa, com os materiais e instrumentos disponíveis). As obras – desenhos, gravuras digitais, arte sonora, vídeos, fotos, textos, instruções etc – foram pensadas de modo que possam ser enviadas digitalmente e serem realizados (baixados, impressos e/ou executados) pelx compradorx também em condições de quarentena. Os trabalhos só serão visualizados pelas pessoas que os comprem.
Há a intenção de fazer uma exposição online com as proposições desenvolvidas no projeto ao fim do período de distanciamento social e da luta contra a pandemia no Brasil.
Os trabalhos podem ser adquiridos na Plataforma 55SP durante o período da quarentena no Brasil. O valor é de R$ 5 mil.
O projeto estará online a partir de segunda-feira, 13 de abril de 2020, e poderá ser acessado no endereço: www.55sp.art/quarantine
Participam do projeto:
Ana Dias Batista
Ana Lira
Arissana Pataxó
Armando Queiroz
Bruno Faria
Caetano Costa
Clarice Cunha
Cinthia Marcelle e Diran Castro
Clara Ianni
Daniel Lie
Debora Bolsoni
Denilson Baniwa
Fabiana Faleiros
Fabio Morais
Fabio Tremonte
Fernando Cardoso
Guto Lacaz
Jaime Lauriano
Janaina Wagner
João Loureiro
Laercio Redondo
Lais Myrrha
Lenora de Barros
Lia Chaia
Lucas Bambozzi
Manauara Clandestina
Marcellvs L.
Marcia Xavier
Marco Paulo Rolla
Mariana de Matos
Marilá Dardot
Marta Neves
Maurício Ianês
Nicolás Robbio
Patrícia Francisco
Paulo Bruscky
Rafael RG
Ricardo Basbaum
Romy Pocztaruk
Rosângela Rennó
Sara Não Tem Nome
Sara Ramo
Traplev
Yana Tamayo
Yuri Firmeza
Coordenação: Lais Myrrha, Marilá Dardot, Cristiana Tejo e Julia Morelli
ARTE SEMPRE: Marie-Caroline Hominal no Instagram da Casa Nova Arte
Nos próximos 15 dias, durante este período em que todxs estão #emcasa, vamos usar o Instagram da Casa Nova como um espaço expositivo para uma série de vídeo performances da artista Suiça Marie-Caroline Hominal. #fiqueemcasa #mariecarolinehominal @mch333555777999
A prática de Marie-Caroline Hominal inclui coreografia, performance, vídeo, desenho, música. Ela estudou dança no Janet Held Studio em Montreux, na Schweizerische Balletberufschule em Zurique e na Rambert School of Ballet and Contemporary Dance em Londres. Se aprimorou em dança na Schweizerische Ballettberufschule (ZHDK TanzAkademie) em Zurique e na Rambert School of Ballet and Contemporary Dance, em Londres, onde ingressou na National Youth Dance Company.
In the next 15 days, during this period when everyone is #athome, we will use our Instagram as an exhibition space for a series of video performances by Swiss artist Marie-Caroline Hominal. #stayhome #mariecarolinehominal @mch333555777999
Marie-Caroline Hominal 's practice includes choreography, performance, video, drawing, music. She did her Dance education at Janet Held Studio in Montreux, the Schweizerische Balletberufschule in Zurich and at the Rambert School of Ballet and Contemporary Dance in London.Marie-Caroline received her dance education at the Schweizerische Ballettberufschule (ZHDK TanzAkademie) in Zurich and at the Rambert School of Ballet and Contemporary Dance in London, where she joined the National Youth Dance Company. Photo: Lukas Beyeler
CANAL NO TUBO Casa Triângulo apresenta vídeos de Tony Camargo
Tony Camargo, VP28, da série Videomódulos, 2018
Tony Camargo, VP29, da série Videomódulos, 2018
Assista aos vídeos até 23 de abril de 2020
Através de espécies de aparelhos que justapõem elementos determinantes de pintura, cinema, fotografia, dança e design, os Videomódulos de Tony Camargo sugerem a utopia da transposição de lugar da pintura, mediante novas proposições técnicas, sem abandonar o caráter e a presença física tradicional de um quadro. Para Paulo Herkenhoff, "uma ação simultaneamente afirmativa e sabotadora da pintura como algo que para fazer sentido crítico no mundo contemporâneo, precisa se repensar não como objeto precioso, mas como fenômeno disponível para os novos modos de trabalhar o sensível".
O encontro de Tony Camargo [Paula Freitas, Brasil, 1979] com a arte é um encontro de atmosferas intangíveis com o peso dos objetos. Poderíamos dizer que seu trabalho é o de um artista conceitual, enquanto cientista do conceito, que descobre a cada realização outras dependências da matéria. Interessa para Tony Camargo o efeito de todas as coisas diante de nossos olhos quando suas funções originariamente atribuídas estão suspensas. Dentre exposições recentes destacam-se: Num Logo Lugar, Casa Triângulo, São Paulo, Brasil [2019]; Seleta Crômica e Objetos, exposição comemorativa de 20 anos de carreira, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil; Nightfall, Galeria Mendes Wood DM, Bruxelas, Bélgica [2018]; Modos de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 anos, Oca - Parque Ibirapuera, São Paulo, Brasil; Contraponto, Coleção Sérgio Carvalho, Brasília, Brasil; QueerMuseu - Cartografias da diferença na arte brasileira, Santander Cultural, Porta Alegre, Brasil; 6º Prêmio Marcantonio Vilaça, Artistas Finalistas, Museu Brasileiro de Escultura, São Paulo, Brasil [2017]. Suas obras fazem parte de coleções públicas como Itaú Cultural, São Paulo, Brasil; Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil; Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil, entre outras.
Clique aqui para mais informações sobre o artista.
7 Mid-Career Artists on How They Are Facing the Enormous Challenges of the Coronavirus Pandemic by Naomi Rea, Artnet News
‘Everyone Is in a State of Panic Right Now’: 7 Mid-Career Artists on How They Are Facing the Enormous Challenges of the Coronavirus Pandemic
Matéria de Naomi Rea originalmente publicada no site Artnet News em 15 de abril de 2020.
Kader Attia, Kathe Burkhart, and others on how they have rearranged their lives in recent weeks
Nationwide lockdowns, closures of non-essential businesses, disruptions to supply chains: the impact of the coronavirus can be felt everywhere.
The art world is no different.
Cancelled exhibitions mean lost income for artists, while studio shutdowns leave assistants wondering when they will get their next paycheck. The obstacles seem endless.
To get a sense of the landscape, we asked seven artists how the crisis has affected them and what they expect its long-term consequences to be.
Janaina Tschäpe
At the beginning of March, when a lot of galleries, collectors, and friends were in New York for the Armory Show, we were still going to openings, dinners, and visiting the fairs. Late Sunday, I remember my daughter saying there were something like 150 cases in New York State by that time. The next day, I drove her to and from school because I didn’t want her to take the subway. By Wednesday morning, we came to the decision that my studio assistants should start to work from home and I made the decision to go to Brazil with my daughter before her school closed.
I am lucky to have a farmhouse in the mountains. We are pretty much self-sustainable here, and my daughter can attend school online and I have a studio where I can work.
It was a little traumatic, actually, when we first got to the farm. I didn’t realize how much anxiety I would cause the locals due to the fact that I was coming from New York. An audio recording started circulating on social media spreading fake news that my daughter and I were sick and were the first cases of the virus in the countryside. It was quite painful because as you can imagine, I started getting phone calls from everyone and even had an ambulance show up to the farm. I couldn’t install my internet or get gas or basic supplies because people were too scared to come near us. I finally sent around a video stating that we weren’t sick and just quarantining in our house.
Everyone is in a state of panic right now, with the closing of borders, people succumbing to racist sentiments, and fear driving people towards horrible actions. It is so worrisome that both Brazil and the US are stuck with ignorant leaders who continue to guide us in the wrong direction, concerned only about the economy and not about people. This situation is revealing a lot of our mistakes, and that we are putting a little too much money and attention in the wrong places.
I have now started a project to produce 2,000 masks for the community here. The nearby town is completely unprepared to deal with the virus, there is no infrastructure and no support. We’re trying to get someone from health services to go around the community and provide information to elderly people who are at greater risk of complications. We have already bought the fabric for the masks and recruited the help of local women to sew them. Hopefully, our efforts will make the town a little more prepared if the virus does spread to the countryside.
Kader Attia
In mid-February, I was in Lebanon for a workshop, and there, people were already talking about the virus and wearing masks in the street. That’s when I discovered that there was actually a coronavirus epidemic. When I came back to Europe at the end of February, I was very surprised to see that people were not taking this seriously.
In addition to my artistic practice, I run a space for debates and exchanges in Paris named La Colonie. On March 15, the French government ordered all cafés and restaurants to close. We have been happy to do our part to flatten the curve and help reduce the virus’s spread, but this also hits us very hard. The space is totally self-funded, so being closed is a financial disaster for us, and we don’t know if we will be able to come back from that.
Like everybody now, I am quarantining. I am using this time to read and try to reflect on and make sense of what is happening. There were inequalities and injustices before this pandemic, and with the economic crisis that will follow, they will only get wider and deeper. We need to invent new ways to deal with our environment, but also to anticipate the social and economical disaster that has already started. I am thinking about the acceleration of forms of racism that already existed before the pandemic, like the rise of fascism all over Europe and North and South America. There is a high risk that many countries could be seduced by the nationalist sentiment that this virus and the narrative surrounding it exacerbates.
There is a lurking neo-nationalism that is emphasized by this virus. Despite the French government’s efforts, both extremist left-wing and right-wing nationalist parties can criticize the French healthcare system for becoming neo-liberal, because hospitals are being treated more and more like companies and asked to generate profit. They could push the idea that the healthcare system needs to be nationalized, like other essential activities.
The problem with these kind of ideas is that, even if there is some truth to them, they are very dangerous because they can be the ground for helping nationalist ideologies to come to power. And we all know that nationalist ideologies are fueled by racism, exclusion of the other, isolationism, authoritarian policies, and so on. We need to be careful with this. I speak about France because it is the country I know best, but other countries can be tempted by this too.
Liu Xiaodong
At the end of January, I went to Eagle Pass, Texas, to paint, and since the opening of my show at Dallas Contemporary was scheduled for April 14, I came to New York to wait for the opening. As of today, I haven’t been able to return to my home in China. My shows—”Borders” at Dallas Contemporary and “Uummannaq” at the Faurschou Foundation in New York—have both been cancelled. Having shows cancelled is not a big deal, we all had to quit what we were doing and wait. Fortunately, these shows will be rescheduled for after the pandemic, hopefully in autumn.
Now, I’m in my New York apartment where I spend time cooking and doing watercolors of the streets. In the long-term, learning to slow down my life’s pace will be a good thing—to reduce what is unnecessary, to live a simpler life.
Kathe Burkhart
My generation has already been through the AIDS and Hepatitis C epidemics. Here we go again—except that now the whole world has to live the way we did, with so much fear and loss.
I work between Amsterdam and New York, and was due to fly back to New York this week. Now I’m stuck in place for an indeterminate time. The international borders are closed. I worry about my friends in the States, especially in New York. Someone dear to me has been sick.
I had a solo show that was scheduled to open at Fredericks & Freiser on April 30. It has been postponed to the fall. If there is a fall. This means loss of sales and income, loss of visibility, disappointment, life and work on hold.
We are on an “intelligent lockdown” here, so I am social distancing and staying at home mostly, since I have some autoimmune issues and have to be very careful. I go to my studio, which is a 10-minute walk away, but less frequently. I’m still working, and reading and writing, when I’m able to concentrate.
The long-term impact of the crisis remains to be seen. My transatlantic lifestyle may become impossible if it’s not safe to fly. I really don’t want to risk it until there’s a vaccine or a medicine that works, but I may have to. I may have to lose a country. It’s bad here, but it’s worse there. For those of us who can survive, the aftermath could radically restructure New York. In recent years, the city has become unsustainable for artists to work in. So maybe there’s a potential for radical positive change. But a best-case scenario could be a long way off.
Patricia Cronin
A major national museum cancelled a large commission [of mine]. I don’t think most salaried curators understand artists are actually small businesses with substantial financial responsibilities. I think artists are the most optimistic people. We rent commercial real estate, pay commercial real estate taxes, pay for insurance, electricity, and heat before we buy one brush, tube of paint, or block of clay. And then most of us work alone day after day, year after year, decade after decade, on something we believe is important, serious, hoping someday someone will trade us money for some of that work. If that isn’t optimism, I don’t know what is.
I’m obligated to pay the studio rent, [but] even if I was eligible for the [US government’s] Small Business Administration money, it would have been tiny, and would go straight to the landlord and cover less than 3 months. Artists are pretty much on their own. Art supply stores and foundries are closed now, so I’ll use materials I already have. It might not be the best business model, but it’s a meaningful way to spend a life.
Sophie Whettnall
The crisis hit me when I realized I had to stay confined at home and face the reality of having two wild kids 24 hours a day. So I went directly to my studio and brought back home a kind of survival kit to be able to work from here. Right now, I am getting back to work with a simple notebook, or just paper, scissors, and a pencil. When I start a new work, I find these are the best tools for me to put down my thoughts. Luckily, I am just coming out of two very intense years of exhibitions and books. The beginning of this year was dedicated to an intense studio practice, so I am continuing to do that, but on a smaller scale.
Until now, none of my projects have been cancelled but everything has been postponed. I have a lot of public projects for Belgium and France, and let’s hope they will [still happen].
My days are sober and quite well-organized. I do homework in the morning with kids, and in the afternoon and evening, I work for myself. I must say, I deeply enjoy this very simple life: no rush, no stress, no hurry. But there is of course a big “but.” What are we going to become after this big pause? How will the world recover from this crisis? What will the world be like?
All this is constantly in my head and I am sure it will transfer into my work. We have always managed to overcome wars, crises, and drama. Let’s hope we will make something constructive out of it for the planet. Of course, art has an important role in this, as it has always had.
Ann Craven
My main concern right away is my studio assistants and how to make things work with quarantine. So I am trying to get grants and loans that are being offered to small businesses and trying to keep it going for them. They need to work and pay rent and live life, we all do, so I’m trying my hardest.
Some group shows [that I’m in] have been cancelled, but I’m working on shows for the end of this year that are staying put. I am working on a US Embassy Project of Sri Lanka birds that is helping to keep my creative spirit in gear. The birds in Sri Lanka are unreal, gorgeous, and thriving, and nature always wins, you know. So for me to be painting these magnificent birds right now is really an incredibly uplifting experience.
I am in close touch with a local Sri Lankan bird photographer who takes photos of the local birds in his spare time. There is a huge lockdown in that country, so this gives the photographer an excuse to get out and shoot more photos when he is allowed.
Naomi Rea
Associate Editor, London
abril 15, 2020
ARTE SEMPRE: Grupo Corpo Free Streaming #4 - Suíte Branca e Dança Sinfônica
Continuando a sequência de vídeos para assistir gratuitamente, Suíte Branca e Dança Sinfônica já estão disponíveis no Vimeo.
12 a 19 de abril de 2020
Como assistir:
1. Acesse vimeo.com/grupocorpo
2. Faça login em sua conta.
3. Selecione um dos vídeos contemplados na promoção.
4. Clique em Alugar (NÃO preencha dados de cartão de crédito).
5. No campo “aplicar código promocional” digite: grupocorpo45anos
Grupo Corpo - Suíte Branca (2015)
Apresentação gravada no Palácio das Artes - Belo Horizonte/ agosto 2015
Suíte Branca marca a primeira colaboração da coreógrafa Cassi Abranches com o Grupo Corpo. Cassi foi bailarina do Corpo por 12 anos e utiliza esta bagagem como base para a criação de sua própria linguagem.
Coreografia: Cassi Abranches
Música: Samuel Rosa
Cenografia: Paulo Pederneiras
Figurino: Freusa Zechmeister
Iluminação: Paulo Pederneiras e Gabriel Pederneiras
Grupo Corpo - Dança Sinfônica (2015)
Apresentação gravada no Palácio das Artes - Belo Horizonte/ agosto 2015
Dança Sinfônica celebra os 40 anos do Grupo Corpo - a coreografia é a expressão desta história, com referências ao universo coreográfico e às pessoas que participaram desta trajetória.
Coreografia: Rodrigo Pederneiras
Música: Marco Antônio Guimarães
Cenografia: Paulo Pederneiras
Figurino: Freusa Zechmeister
Iluminação: Paulo Pederneiras e Gabriel Pederneiras
Letter From Madrid: The Director of the Reina Sofia on What It Will Take for Museums to Rise Again—and What They Can Do in the Meantime, Artnet News
Letter From Madrid: The Director of the Reina Sofia on What It Will Take for Museums to Rise Again—and What They Can Do in the Meantime
Opinião de Manuel Borja-Villel originalmente publicada no site ArtnetNews em 6 de abril de 2020.
The director of Madrid's Reina Sofia Museum calls for a Marshall Plan-style effort to rebuild culture in the wake of the crisis.
It is hard to believe, but it was less than five weeks ago that Madrid’s art museums were thronged with visitors and its international art fair, ARCO, was in full swing. Now, the city’s art institutions are shuttered indefinitely and the fair’s venue has been transformed into a temporary field hospital. The director of Madrid’s Reina Sofía Museum has been working to keep his institution operating remotely in the hopes that it can serve as a beacon to those looking for inspiration. He reports that although some of his staff members are sick, none have died, and that they have kept their jobs thanks in part to Spain’s governmental assistance program. Borja-Villel has led Spain’s national museum of Modern and contemporary art since 2008 and also serves as a leading member of the Institute of Radical Imagination. As experts predict the coronavirus death toll has peaked in hard-hit Spain, the curator and art historian reflects on what the pandemic might mean for society and cultural life in the future.
Nobody could imagine this a month ago. Many of us were complaining about the state of the world in general, about how the health care system had been weakened, about the need to care more for nature, but no one could have imagined the emergency would develop so quickly, and that things would go this badly. There will be a “before” and an “after” this crisis. It will be a paradigm shift, just as everything changed after World War II.
The economic effects are going to be almost like a postwar situation when it is clear that what has happened is that the system failed. Things should not be like they were before. We will need something like a Marshall Plan for society and, of course, for culture—not to rebuild things as they were, but rather to imagine new worlds in which caring for other people and other species should be central.
In the art world, there are many things that need to be reconsidered. Eventually, museums will reopen, but will people be afraid of being close to one another? Will we be able to continue developing large exhibitions that are anti-ecological? Maybe blockbuster exhibitions are over. Maybe we should think more about process and research.
When the Reina Sofía reopens—certainly to begin with—we will have to limit the number of people in the Guernica room. But in addition to managing visitor flow safely, we also need to be careful that we do not turn into a society in which people are not empathetic, in which they are afraid even to touch each other. We cannot let public spaces disappear. There is an element of joy, of learning, and of democracy in being together with other people.
Right now, we are working with l’internationale, a confederation of European museums, to curate a visual manifestation of the balcony singing that has become so popular and uplifting in Italy. We have invited 14 artists initially to participate, but everybody will be included. We are asking them to create an intervention in their window, or on their balcony. They have complete artistic freedom, of course, but we are asking them to reflect on what it means to be on lockdown, and to imagine a better future. It is important to remember that human beings cannot be separated from nature, the importance of joy, and the importance of care.
Fortunately, we have always been big believers in archives, so we have a huge resource that until now we have not been able to fully activate. We also have a radio program, we have videos, we have documents on our website. We are now working to make more of this material available for free. We always imagined that, eventually, we would make it free, so we have already paid for the rights.
At the same time, we are developing new programs online. One is a poignant lecture by the art historian José Emilio Burucúa, which he was supposed to deliver at the museum. He traveled through Paris but was caught there when the lockdown began. When he went back to Argentina, he had to go into quarantine, so we did the lecture through Zoom. It was very emotional. The title was, “Like a Bird, Hope Flies.”
One World: Together At Home, Global Citizen and World Health Organization
A Global Citizen tem o orgulho de apresentar One World: Together At Home, uma transmissão especial transmitida e televisionada globalmente no sábado 18 de abril, curada em colaboração com Lady Gaga e apresentando seus artistas e comediantes favoritos - tudo em apoio à Organização Mundial de Saúde (OMS) e ao profissionais de saúde nas linhas de frente da crise COVID-19.
ONDE ASSISTIR
O One World: Together At Home será transmitido ao vivo no sábado, 18 de abril de 2020, às 21h (horário de Brasília), e você pode assistir diretamente na página de Facebook do Global Citizen.
O show contará com histórias de profissionais de saúde da linha de frente da COVID, compromissos de filantropos, governos e corporações e aparições dos seguintes artistas:Alicia Keys, Amy Poehler, Andrea Bocelli, Awkwafina, Billie Eilish, Billie Joe Armstrong of Green Day, Burna Boy, Camila Cabello, Celine Dion, Chris Martin, David & Victoria Beckham, Eddie Vedder, Ellen DeGeneres, Elton John, FINNEAS, Idris and Sabrina Elba, J Balvin, Jennifer Lopez, John Legend, Kacey Musgraves, Keith Urban, Kerry Washington, Lang Lang, Lizzo, LL COOL J, Lupita Nyong’o, Maluma, Matthew McConaughey, Oprah Winfrey, Paul McCartney, Pharrell Williams, Priyanka Chopra Jonas, Sam Smith, Shah Rukh Khan, Shawn Mendes, Stevie Wonder, Taylor Swift, e Usher. O especial será apresentado por Jimmy Fallon, Jimmy Kimmel e Stephen Colbert.
O especial também será exibido nas redes TV Globo, Globoplay e Multishow. Além disso, será transmitido nas seguintes plataformas digitais: Alibaba, Amazon Prime Video, Apple, Facebook, Instagram, Joox, LiveXLive, Roku, Tencent, Tencent Grupo de entretenimento musical, TIDAL, TuneIn, Twitch, Twitter, Yahoo e YouTube. Saiba mais em globalcitizen.org/togetherathome. O pré-programa inicia às 15h nas plataformas digitais.
abril 12, 2020
ARTE SEMPRE: Rodrigo Bueno no acervo da Marilia Razuk
A Galeria Marilia Razuk apresenta uma seleção de seu acervo em seu Instagram (@galeriamariliarazuk)
O Ateliê #MataAdentro onde vive e trabalha Rodrigo Bueno, é um convite aberto ao encontro. Rapidamente torna-se um mocambo, um verdadeiro polo de reflexão e experimentação de artes integradas. Um laboratório de criatividade onde elementos como a música, a palavra, a comida, o corpo e a espiritualidade, orquestram junto às pinturas e esculturas, potentes espaços dinâmicos, pontes entre a natureza e os conceitos que fundamentam sinestesia entre o humano e seu entorno. Um lugar de encontros periféricos, entre jovens e figuras ancestrais de todas as artes.
Das paredes da casa brotam composições mistas de resíduos da cidade. A cadeira, antes abandonada, é plantada e ganha vida literalmente. “Se um objeto tem uma função, mas depois ele adquire uma nova função, eu estou dando um novo ciclo de vida, ou uma ‘re-função’ ”, explica Rodrigo. E nesse movimento, tudo ao redor, nos faz pensar quem já fomos um dia, onde estamos e para onde vamos.
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#RodrigoBueno // Ateliê @mataadentro , is where the artist Rodrigo Bueno lives and works, and it is an open invitation to meetings. The space quickly became a mocambo, a real reflection and experimentation center for integrated arts. A creativity laboratory where elements such as music, words, food, body and spirituality, together with paintings and sculptures, powerful dynamic spaces, bridges between nature and the concepts that underpin synesthesia between the human and his surroundings. A place of peripheral meetings, between young people and ancestral figures from all arts.
The walls of the house sprout mixed compositions of waste from the city. The chair, previously abandoned, is planted and literally comes to life. “If an object has a function, but then it acquires a new function, I am giving it a new life cycle, or a ‘re-function’”, explains Rodrigo. And in this movement, everything around us makes us wonder who we once were, where we are and where we are going.
#GaleriaMariliaRazuk
#contemporaryart
#ancestral
#artiststudio
#afrobrasil
#arteecomida
#atelierdeartista
#studiovisit
#stayhome
#fiqueemcasa
CANAL NO TUBO Marilia Razuk apresenta Ana Dias Batista e Rodrigo Bueno
Ana Dias Batista, A rotina do polvo, 2018
Apresentação de nado sincronizado na piscina da Residência Yunes, com coreografia baseada nos movimentos de um polvo, criada por uma treinadora de nado e executada por quatro atletas na abertura da exposição "Águia de duas cabeças".
Registro em vídeo, 5min42seg
Coreografia e treino: Andrea Curi
Atletas: Grupo Corpo D'Água
"Águia de duas cabeças", Coleção Ivani e Jorge Yunes, São Paulo, Projeto Caixa de Pandora
Rodrigo Bueno, Vida Nova, 2013
Processo de corrosão do livro"A Gallery of Great Paintings". Umidade, traças e cupins devoraram um livro de pinturas de 1958.
Trilha Sonora Villa Lobos Festa no Sertão, Edição Sergio Pinzón.
RODRIGO BUENO • CURA IN NATURA (Cidade Matarazzo 2014) from BRUTAL • AGENCY on Vimeo.
Terra prometida - Rodrigo Bueno from Pangeia de Dois on Vimeo.
Rodrigo Bueno mostra o seu ateliê alquímico, onde elementos da natureza, materiais recuperados e rituais se transformam em obras. "Meu trabalho honra o passado, a ancestralidade, a resiliência da natureza. Forças que me inspiram", conta à Bravo! o artista paulistano.
Rede Ubias lança chamada para receber ensaios sobre o mundo pós-Covid-19
A rede Ubias (Institutos de Estudos Avançados Baseados em Universidades, na sigla em inglês) está com chamada aberta para receber ensaios sobre o tema “Como o mundo irá/deverá mudar? A crise do corona como um desafio interdisciplinar” (“How will/should the world change? The corona crisis as an interdisciplinary challenge”). Poderão participar pesquisadores de todas as áreas e países.
Os artigos serão publicados no site da Ubias, na página em inglês do IEA e no blog “Interdisciplinarity”, administrado pelo ZiF – Center for Interdisciplinary Research, da Universidade de Bielefeld. Os textos devem ter, no máximo, 10 mil caracteres, incluindo espaços, serem escritos em inglês e enviados até o final de maio para os emails zif@uni-bielefeld.de ou ubiasnetwork@gmail.com. Se o conjunto do material recebido for considerado de alta qualidade, é possível que gere posteriormente uma publicação da Ubias.
Sobre o tema
Segundo a coordenação da Ubias, a situação provocada pelo novo coronavírus desafia não apenas o controle de doenças e a capacidade de administrar crises: deve ter impactos de longo prazo e alcance nos Estados, sociedades e cooperação internacional.
“Há crescentes indicadores de que o mundo será diferente depois desta crise e que a globalização será questionada em muitas áreas. De acordo com essas observações, a crise do corona deve marcar um momento de virada. Em tempos de grandes incertezas, a ciência é solicitada a olhar para o futuro e oferecer um discurso racional sobre como reagir à situação”, avalia a carta da chamada.
A rede de IEAs
A Ubias é composta atualmente por 41 membros, que representam 44 institutos de estudos avançados, todos ligados a universidades. Guilherme Ary Plonski, vice-diretor do IEA, é o coordenador para o biênio 2018-2020. A rede tem como objetivo a troca de experiências e a realização de pesquisas conjuntas. Para essa chamada, a Ubias atua em parceria com o ZiF.
Fonte: Instituto de Estudos Avançados da USP
Passeio virtual na mostra de Sandra Cinto no Itaú Cultural
Faça um passeio virtual pela exposição dedicada à obra da artista Sandra Cinto
Em Sandra Cinto: das Ideias na Cabeça aos Olhos no Céu, o curador Paulo Herkenhoff e o Itaú Cultural (IC) apresentam uma panorâmica de 30 anos de produção da artista. Com o fechamento temporário do IC e a impossibilidade de visita às exposições em cartaz, a organização disponibiliza um passeio pelos três pisos da mostra, que perpassa pelo processo criativo de Sandra, em desenhos, pinturas, objetos, fotografias, projetos, documentos e vídeos.
O visitante pode escolher para qual eixo da exposição pretende olhar enquanto a artista comenta o processo de construção e a seleção da curadoria. Entre outros temas, Sandra fala também sobre a importância da educação em sua obra e descreve o espaço como um ambiente amoroso.
Veja também:
>> “A obra deve dialogar com a arquitetura e com o entorno”, diz Sandra Cinto
>> Itaú Cultural lança plano de aula inspirado na obra da artista Sandra Cinto
>> Versão legendada do vídeo
>> Catálogo da exposição
CINEMA Anna Maria Maiolino + Cildo Meireles no Canal Curta!
Anna Maria Maiolino é personagem de episódio inédito de ‘Matizes do Brasil’
O processo de criação da artista plástica Anna Maria Maiolino é tema de episódio inédito da série “Matizes do Brasil”, dirigida por Bianca Lenti. Nascida na Itália, em 1942, Maiolino se muda ainda jovem para o Rio de Janeiro, onde desenvolve suas habilidades, estuda e conhece outros grandes nomes das artes brasileiras, como Helio Oiticica e Lygia Clark. Com o passar dos anos, ela se firma como artista e, hoje, assina obras que compõem coleções particulares e de museus como Reina Sofia, em Madri, MoMA, em Nova York, e Galleria Nazionale, em Roma.
Dividida em 14 episódios, “Matizes do Brasil” é uma produção da Giros Filmes, inédita e exclusiva, viabilizada pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) para o Canal Curta!. A série mostra trabalhos emblemáticos de artistas como Ernesto Neto, Cildo Meireles, Djanira, Helio Oiticica, Lygia Pape e Tunga. Especialistas, como curadores e críticos de arte, fazem comentários sobre as obras. O episódio estreia na Terça das Artes, 14 de abril, às 23h30.
Próximas Exibições:
Qua, 15 abr às 03:30h
Qui, 16 abr às 11:30h
Sáb, 18 abr às 19:10h
Ouvir o Rio: uma escultura sonora de Cildo Meireles, de Marcela Lordy, 2013
Cildo mostra como a relação do homem com a água amplia nossas percepções, criando uma espécie de escultura sonora. O artista naturalmente chama atenção para temas ecológicos e a importância de preservar este elemento fundamental para a vida. O documentário com 79 minutos de duração está programado para terça-feira, 14 de abril, às 21h.
Próximas Exibições:
Qua, 15 abr às 01:00h
Qui, 16 abr às 09:00h
Dom, 19 abr às 11:25h
Resultados da pesquisa
Resultado da Web com links de sites
Canal Curta!
Algar TV: Canal 391
Oi TV: Canal 76; Canal 75 (Satélite SES-6)
Claro TV: Canal 56; Canal 556 (HD)
Nossa TV: Canal 20
Pertence a: Synapse
NET: Canal 56; Canal 80 (Brusque, Dourados, Rondonópolis, Sete Lagoas e Varginha); Canal 556 (HD)
Roma Cabo: Canal 113
abril 9, 2020
CANAL NO TUBO Casa Triângulo apresenta vídeo de Yuri Firmeza
Yuri Firmeza, Apenas um gesto ainda nos separa do caos, 2017 - vídeo, 9'31"
Comissionado pela Biennale Jogja XIV, Indonésia, Apenas um gesto ainda nos separa do caos reflete sobre a dimensão política e poética dos vulcões. De um lado, a ameaça; de outro, sua conotação simbólica. Uma relação proustiana com o tempo, em que Madeleine se transforma na fumaça de um Gudang Garam ou na melodia de uma antiga lambada.
A produção foi exibida em diversos festivais pelo mundo, entre eles a Bienal de la Imagem en Movimento, Buenos Aires, Argentina - Prêmio Norberto Griffa; Festival de Curtas de São Paulo, São Paulo, Brasil; Oberhausen International Short Film Festival, Oberhausen, Alemanha [2018]; FUSO - Anual de Vídeo Arte Internacional de Lisboa, Lisboa, Portugal - Prêmio Aquisição pela Fundação EDP/MAAT [2019].
Yuri Firmeza (São Paulo, 1982) através de seus vídeos, performances e fotografias pressiona os limites entre a ficção, o possível e o real. De maneira crítica e irônica, o artista ocupa espaços inabitáveis, cria imagens insólitas, forja relações precárias e assim questiona as relações de poder no circuito de arte e na sociedade contemporânea. Dentre exposições recentes destacam-se: À Nordeste, curadoria de Bitu Cassundé, Clarissa Diniz e Marcelo Campos, Sesc 24 de Maio, São Paulo, Brasil; Art Naif: Nenhum Museu a Menos, curadoria de Ulisses Carrilho, Cavalariças e Palacete da EAV Parque Lage, Rio de Janeiro, Brasil [2019]; Arte-Veículo, curadoria de Ana Maria Maia, Sesc Pompéia, Santos, Brasil; O Triângulo Atlântico, 11ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre, Brasil [2018]; Queermuseu - Cartografias da Arte Brasileira, curadoria de Gaudêncio Fidelis, Santander Cultural, Porto Alegre, Brasil [2017].
Clique aqui para mais informações sobre o artista.
Denise Mattar e Gustavo Possamai conversam no Instagram da Fundação Iberê
No sábado, 11 de abril de 2020, às 11h, a Fundação Iberê faz live no Instagram com Denise Mattar, curadora da próxima exposição “O Fio de Ariadne”, prevista para inaugurar após a quarentena. O bate-papo será conduzido por Gustavo Possamai, responsável pelo acervo da Fundação e co-curador da mostra.
“O Fio de Ariadne” reunirá cerca de 30 cerâmicas, sete tapeçarias de grandes dimensões e cartões pintados por Iberê, e gravuras. A exposição será complementada por uma cronologia ilustrada, reunindo fotos e depoimentos de algumas das mulheres que marcaram presença na vida de Iberê. Entre elas, a esposa Maria Coussirat Camargo, a artista Djanira, as ceramistas Luiza Prado e Marianita Linck, as artistas Regina Silveira e Maria Tomaselli, a tapeceira Maria Angela Magalhães, a gravadora Anna Letycia, a escritora Clarice Lispector, as gravadoras Anico Herskovits e Marta Loguércio, a galerista Tina Zappoli, a produtora cultural Evelyn Ioschpe, a cantora Adriana Calcanhotto e a atriz Fernanda Montenegro.
Exposição inédita - Durante as décadas de 1960 e 1970, além de sua intensa produção em pintura, desenho e gravura, Iberê Camargo realizou trabalhos em cerâmica e tapeçaria. Eles respondiam a uma demanda do circuito de arte, herdada da utopia modernista, que preconizava o conceito de síntese das artes; uma colaboração estreita entre arte, arquitetura e artesanato.
Com assessoria técnica das ceramistas Luiza Prado e Marianita Linck, Iberê realizou, nos anos 1960, um conjunto de pinturas em porcelana, com resultados surpreendentes. Na década seguinte selecionou um conjunto de cartões, que foram transformados por Maria Angela Magalhães em impactantes tapeçarias.
Há algum tempo a Fundação Iberê Camargo vinha estudando essa faceta da produção do artista e a oportunidade de apresentá-la surgiu paralelamente à realização, pela primeira vez nas dependências da instituição, da Bienal do Mercosul. A conjuntura feminina que permeou a produção dessas apeçarias e cerâmicas revelou grande afinidade com o conceito geral da 12ª Bienal. Convidada pelo centro cultural a desenvolver esse projeto, a curadora Denise Mattar, juntamente com Gustavo Possamai, expandiu essa percepção inicial, revelando o fio de Ariadne: a urdidura feminina que apoiou o trabalho de Iberê Camargo ao longo de sua história.
Prevista para inaugurar paralelamente à Bienal do Mercosul, em 18 de abril, a abertura da exposição foi adiada por tempo indeterminado, em colaboração às medidas de controle da propagação do novo Coronavírus (Covid-19).
Sobre Denise Mattar
Foi curadora do Museu da Casa Brasileira de São Paulo (1985 a 1987), do Museu de Arte Moderna de São Paulo (1987 a 1989) e do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1990 a 1997). Como curadora independente realizou mostras retrospectivas de artistas, como Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho (Prêmio APCA), Ismael Nery (Prêmios APCA e ABCA), Pancetti, Anita Malfatti, Samson Flexor (Prêmio APCA), Maria Tomaselli, Norberto Nicola, Alfredo Volpi, Guignard, entre outras. Em 2019, recebeu novamente o Prêmio APCA pela retrospectiva de Yutaka Toyota, apresentada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Brasileira da FAAP, São Paulo e Museu Nacional.
Sobre Gustavo Possamai
É responsável pelo Acervo da Fundação Iberê Camargo, pela parceria com o Google Arts & Culture e pelo Projeto Digitalização e Disponibilização dos Acervos que, em 2015, apresentou ao público o maior volume de documentos e de obras de Iberê já reunidos em todos os tempos. Graduado em Artes Visuais pela UFRGS (2009) e em Comunicação Social pela PUCRS (2003), foi pesquisador no Projeto de Catalogação da obra completa de Iberê Camargo; co-curador das exposições “Iberê Camargo: Visões da Redenção”(Fundação Iberê, 2019), “Iberê Camargo: NO DRAMA” (Fundação Iberê, 2017; Centro Cultural Marcantonio Vilaça, 2019) e “Iberê Camargo: Sombras no Sol” (Fundação Iberê, 2017), entre outras.
Programa de vídeo II e III na Jaqueline Martins
Programa de Vídeo, concebido em parceria entre a curadora Mirtes Marins de Oliveira e nossa equipe, tem como objetivo apresentar diferentes obras (ou seus fragmentos) em relação dialógica, sublinhando semelhanças que estimulem reflexões sobre a vida contemporânea.
PROGRAMA DE VÍDEO II
Para a segunda edição apresentamos Rafael França (1957-1991), com a obra Prelúdio de uma Morte Anunciada (1991) articulada à trechos de Pequenas Epifanias (2006) de Caio Fernando Abreu (1948-1996).
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O início dos anos 1980, no Brasil, foi um período promissor já que ao final dos 1970 se vislumbrava a obsolescência da ditadura iniciada em 1964. As pressões da sociedade civil contra a censura e a violência projetaram esse encerramento. A circulação de pessoas e informações também permitiram que, ao menos em relação aos modos de vida, a juventude dos grandes centros urbanos pudesse atuar naquele presente com sentimento de esperança em relação ao futuro. Certamente essa nova configuração passava pelo corpo, pela liberação sexual, pelas experiências com drogas e, em arte, pela experimentação e acesso às novas tecnologias de comunicação e produção de imagens.
Rafael França e Caio Fernando Abreu foram, cada um em sua linguagem, pioneiros tanto em transformar a arte em adequação ao seu tempo (pela temática, técnica, transgressão, entre outras dimensões) quanto em retratar a vida do jovem adulto em contexto da utopia democrática brasileira. Ambos vivenciaram a tragédia daquela geração no enfrentamento do HIV e suas consequências em termos comportamentais. Em Prelúdio de uma Morte Anunciada, França mostra o amor em interação dos corpos e rememoração dos amigos mortos pela doença ao som de La Traviata, de Verdi, emblema do amor marginalizado e trágico. Abreu, nos excertos de Primeira carta para além do muro e Última carta para além do muro busca compreender seu estranhamento da condição de doente, e apostar todas as suas fichas, assim como Rafael França, no poder da arte.
Rafael França — Prelúdio de uma Morte Anunciada (1991) from Galeria Jaqueline Martins on Vimeo.
Caio Fernando Abreu, Pequenas Epifanias 2006
“Alguma coisa aconteceu comigo. Alguma coisa tão estranha que ainda não aprendi o jeito de falar claramente sobre ela. Quando souber finalmente o que foi, essa coisa estranha, saberei também esse jeito. Então serei claro, prometo. Para você, para mim mesmo. Como sempre tentei ser. Mas por enquanto, e por favor, tente entender o que tento dizer.
(…)
Por enquanto, ainda estou um pouco dentro daquela coisa estranha que me aconteceu. É tão impreciso chamá-la assim, a Coisa Estranha. Mas o que teria sido? Uma turvação, uma vertigem. Uma voragem, gosto dessa palavra que gira como um labirinto vivo, arrastando pensamentos e ações nos seus círculos cada vez mais velozes, concêntricos, elípticos. Foi algo assim que aconteceu na minha mente, sem que eu tivesse controle algum sobre o final magnético dos círculos içando o início de outros para que tudo recomeçasse.
(…)
A única coisa que posso fazer é escrever — essa é a certeza que te envio, se conseguir passar esta carta para além dos muros. Escuta bem, vou repetir no teu ouvido, muitas vezes: a única coisa que posso fazer é escrever, a única coisa que posso fazer é escrever."
Primeira carta para além do muro, 1994
"Sei também que, para os outros esse vírus de science fiction só dá me gente maldita. Para esse, lembra Cazuza: "Vamos pedir piedade, Senhor, piedade para essa gente careta e covarde". Mas para você, revelo humilde: o que importa é a Senhora Dona Vida, coberta de ouro e prata e sangue e musgo do tempo e creme Chantilly às vezes e confetes de algum carnaval, descobrindo pouco apouco seu rosto horrendo e deslumbrante. Precisamos suportar. E beijá-la na boca. De alguma forma absurda, nunca estive tão bem. Armado com as armas de Jorge."
Última carta para além do muro, 1994
PROGRAMA DE VÍDEO III
Para a terceira edição apresentamos Regina Vater (1943), com a obra Saudades do Brasil (1984) articulada à Cartão Postal (1928) de Tarsila do Amaral (1886-1973).
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Saudades do Brasil de Regina Vater pode ser interpretado em múltiplas camadas já que Vater, desde o início, trabalha em pauta transmidiática, característica que a torna uma das mais instigantes autoras de sua geração e da arte contemporânea brasileira.
À primeira vista, em sua dimensão sonora, Saudades do Brasil é um diálogo unilateral no qual Regina conversa por telefone com a artista Suzan Frecon, discorrendo sobre a cultura carioca e brasileira, a música, os cinemas de Dziga Vertov e de Glauber Rocha e suas características, sobre o ambiente brasileiro e norte-americano, sobre algumas de suas obras. Mas se, ironicamente, a voz de Frecon não comparece nessa conversa – apenas a de Regina - o diálogo se estabelece de maneira múltipla com uma evocativa trilha sonora, pautando o ritmo intenso das imagens em movimento das paisagens do Brasil e dos Estados Unidos.
Ao final dessas densas camadas que tratam das relações entre Brasil – e também da artista – e o mundo, encontramos uma homenagem pessoal, de cunho familiar. Mesmo assim, Saudades do Brasil é um anti-cartão postal.
Regina Vater — Saudades do Brasil (1984) from Galeria Jaqueline Martins on Vimeo.
Video Program, conceived by our team in collaboration with curator Mirtes Marins de Oliveira, aims to present different works (or their fragments) in a dialogical relationship, highlighting similarities that might serve to reflect on contemporary life.
VIDEO PROGRAM II
For the second edition we present Rafael França (1957-1991), with the work 'Prelude to an Announced Death' (1991) articulated to excerpts from 'Little Epiphanies' (2006) by Caio Fernando Abreu (1948-1996).
The early 1980s were a promising time in Brazil, for since the late 1970s one could envision the obsolescence of the dictatorship era that had begun in 1964. Social pressure against censorship and violence made sure that that was the case. The flow of people and information also made it possible, at least when it came to lifestyles, for youth at major urban centers to act upon the present with a sense of hope for the future. Certainly, this new configuration involved the body, sexual liberation, the dabbling in drugs and, in art, experimentation and access to new communication and image production technologies.
Rafael França (1957-1991) and Caio Fernando Abreu (1948-1996) were pioneers, each in their own language, both in transforming art into adaptation to their times (with their subject matters, techniques, transgression and other aspects) and in portraying the lives of young adults within the context of Brazil’s democratic utopia. They both experienced their generation’s tragedy in dealing with HIV, and its consequences in behavioral terms. In "Prelude to an Announced Death", França portrays love in the interaction between bodies and the remembering of friends whose lives were claimed by the disease, to the sound of Verdi’s La Traviata, an emblem of tragic, outlier love. Abreu, in excerpts from "First letter over the wall" and "Last letter over the wall" strives to comprehend his discomfort with the condition of being ill, and he bets it all, as does Rafael França, on the power of art.
“Something happened to me. Something so strange I’m yet to learn how to speak clearly about it. When I finally know what it was, this strange thing, I’ll also know how. I’ll be clear then, I promise. To you, to myself. As I’ve always tried to be. But for the time being, and please, try to understand what I’m trying to say.
(…)
For now, I’m still somewhat in the grip of that strange thing that happened to me. It’s so imprecise to call it that, the Strange Thing. But what could it have been? A murkiness, a vertigo. A maelstrom, I like this word that spins around like a living labyrinth, dragging thoughts and actions into its circles, ever faster, more concentric, elliptical. That was how something happened within my mind, without my having any control over the magnetic endpoint of the circles, hoisting up the beginning of other circles so it all could start anew.
(…)
All I can do is write – that is the certainty I send you, in case you manage to get this letter over the walls. Listen closely, I’ll repeat this in your ear again and again: all I can do is write, all I can do is write.
First letter over the wall, 1994
“I’m also aware that everyone else thinks this science fiction virus will only get those goddamned people. As for them, Cazuza said it: "Let’s ask for mercy, Lord, mercy on those square-minded, cowardly people.” But to you, I humbly disclose this: all that matters is Mrs. Life, covered in gold and silver and blood and the moss of time and the occasional whipped cream, and confetti from some carnival, discovering, little by little, its horrendous, fascinating face. We must withstand it. And to kiss your lips. In some absurd way, I’ve never been so well. Wielding the weapons of Saint Jorge."
Last letter over the wall, 1994
Caio Fernando Abreu, 'Little Epiphanies' (2006)
VIDEO PROGRAM III
For the third edition we present Regina Vater (1943), with the work 'Saudades do Brasil' (1984) articulated to 'Cartão Postal' (1928) by Tarsila do Amaral (1886-1973).
Regina Vater’s 'Saudades do Brasil' (1984) allows for multiple layers of interpretation, since Vater has always had a transmedia agenda, which makes her one of the most exciting authors of her generation and of all Brazilian contemporary art.
From an aural standpoint, 'Saudades do Brasil' at first seems like a one-sided dialogue. On the phone with artist Suzan Frecon, Vater goes on about the culture of Rio and Brazil; music; the cinema of Dziga Vertov and Glauber Rocha and their characteristics; the atmosphere of Brazil and the United States; and some of her own work. And yet, while Frecon’s voice is ironically missing from this conversation – only Regina’s is featured –, the dialogue established is a multifaceted one, as an evocative soundtrack sets the tone for fast-paced images of Brazilian and United States landscapes. These dense layers addressing Brazil’s – and the artist’s – relationship with the world culminate in a personal tribute of the family kind. And yet Saudades do Brasil is an anti-postcard.
Estamos orgulhosos em apoiar a Casa Chama, associação destinada aos cuidados para pessoas Trans afetadas pelo COVID-19. Para apoiar, por favor clique aqui.
We are proud to support Casa Chama, an association dedicated to the care of Trans people affected by COVID-19. Please click here if you want to support.
Programa de vídeo de Mirtes Marins de Oliveira e Galeria Jaqueline Martins
Com o intuito de continuarmos conectados com respeito e solidariedade neste período de recolhimento, estamos trabalhando para expandir nossas plataformas digitais e compartilhar com vocês conteúdos complementares sobre nossos artistas, os projetos em que estamos envolvidos e a programação da galeria para os próximos meses.
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Neste primeiro momento, apresentamos a primeira edição do Programa de Vídeo, concebido em parceria entre a curadora Mirtes Marins de Oliveira e nossa equipe. Com o objetivo de proporcionar novas camadas de leitura e interpretação à obras selecionadas do nosso acervo, o projeto aproxima obras dos nossos artistas em diálogo à obras de outros autores.
Nossa equipe continua trabalhando remotamente e está disponível para maiores informações por email e telefone.
Galeria Jaqueline Martins.
PROGRAMA DE VÍDEO
Programa de Vídeo tem como objetivo apresentar diferentes obras (ou seus fragmentos) em relação dialógica, sublinhando semelhanças que estimulem reflexões sobre a vida contemporânea.
PROGRAMA DE VÍDEO I
Para essa primeira edição apresentamos Letícia Parente (1930-1991), com a obra In (1975) articulado à trechos de A Paixão Segundo G. H. (1964) de Clarice Lispector (1920-1977).
A interseção entre as duas obras está localizada na mobília mais trivial presente em qualquer residência, o guarda-roupa, incorporado metaforicamente pelas duas artistas como espaço de restrição e também de perda da individualidade que, pela reflexão sobre o que as autoras expõem nas obras, permite ponderar sobre a própria existência.
Letícia Parente — In (1975) from Galeria Jaqueline Martins on Vimeo.
Trecho de A Paixão Segundo G. H., Clarice Lispector, 1964
"Abri um pouco a porta estreita do guarda-roupa, e o escuro de dentro escapou-se (...). Tentei abri-lo um pouco mais, porém a porta ficava impedida pelo pé da cama, onde esbarrava. Dentro de uma brecha da porta, pus o quanto cabida de meu rosto. E, como o escuro de dentro espiasse, ficamos um instante nos espiando sem nos vermos. Eu nada via, só conseguia sentir o cheiro (...). Empurrando, porém a cama para mais perto da janela, consegui abrir a porta uns centímetros a mais.
Minha mão rápida foi à porta do guarda-roupa para fechá-lo e me abrir caminho... Fiquei quieta. Minha respiração era leve, superficial. Eu tinha agora uma sensação irremediável. Eu sabia que tinha de admitir o perigo em que eu estava, mesmo consciente de que era loucura acreditar num perigo inteiramente inexistente. Mas eu tinha de acreditar em mim - a vida toda eu estivera como todo mundo em perigo - mas agora, para poder sair, eu tinha a responsabilidade alucinada de ter de saber disso (...).
Fiquei imóvel, calculando desordenadamente. Estava atenta, eu estava toda atenta. Em mim um sentimento de grande espera havia crescido, e uma resignação surpreendida: é que nesta espera atenta eu reconhecia todas as minhas esperas anteriores, eu reconhecia a atenção de que também antes vivera, a atenção que nunca me abandona e que em última análise talvez seja a coisa mais colada à minha vida - quem sabe aquela atenção era a minha própria vida (...) o próprio processo de vida em mim."
As we wish to remain connected to you, with respect and solidarity, through this moment of social distancing, we are working to expand our digital platforms in order to share complementary content about our artists, the projects we are engaged and the gallery's program for the upcoming months.
As a start, we present to you the first edition of our 'Video Program', conceived by our team in collaboration with curator Mirtes Marins de Oliveira. Attempting to provide new layers of reading and interpretation of selected works by our artists, the program brings together video art in dialogue with other authors.
Our team continues to work remotely and is available for further information via email and phone.
Galeria Jaqueline Martins.
VIDEO PROGRAM
Video Program aims to present different works (or their fragments) in a dialogical relationship, highlighting similarities that might serve to reflect on contemporary life.
VIDEO PROGRAM I
For this first edition we present Letícia Parente (1930-1991), with the work 'In' (1975) articulated to excerpts from 'The Passion According to G. H.' (1964) by Clarice Lispector (1920-1977).
The intersection between the two works is located in the most trivial furniture present in any home, the wardrobe, metaphorically incorporated by both artists as a space of restriction and also of individuality loss that, by reflecting on what the authors expose through each work, allow us to ponder about existence itself.
I pried open the narrow wardrobe door, and darkness escaped from within it (...). I tried to pull the door a little wider, but it bumped onto the leg of the bed and got stuck. I fit as much of my face is I could into the door gap. And as though the darkness from within were peeping at me, we ogled one another for a while without seeing anything. I couldn’t see a thing; all I could do was smell (...). I pushed the bed a bit toward the window and managed to edge the door open a few centimeters more.
My quick hand reached for the wardrobe door to shut it close and make way for me (...)
I stood quiet. My breathing was soft and shallow. Now, I had a feeling of inevitability.
I knew I must admit the danger I was in, despite the awareness that it was crazy to believe in an entirely nonexistent danger. I had to believe myself – my whole life I had been in danger, like everyone else – but now, if I was going to get out of there, I had to deal with the maddening responsibility of being aware of it (...).
I kept still, calculating wildly. I was alert, all of me was alert. A sense of great anticipation had arisen, and of surprised inescapability: this was so because in my attentive wait I recognized all of my past waits, I recognized the attention I had experienced before, the attention that never leaves me and may ultimately be the thing that is closest to my life – perhaps this attention was my own life itself. (...).
The very process of life within me.”
Clarice Lispector, The Passion According to G. H. 1964.
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“Todas as coisas já foram ditas; mas como ninguém escuta é preciso sempre recomeçar.”
“Everything has been said before, but since nobody listens we have to keep going back and beginning all over again.”
André Gide, Le Retour de L'enfant Prodigue, 1907.
Jimson Vilela disponibiliza livros na Simone Cadinelli
O artista Jimson Vilela, em parceria com a galeria Simone Cadinelli, disponibiliza seus dois livros para download gratuito
Os dois livros do artista Jimson Vilela – “Adaptável ao espaço que as palavras ocupam” (2015) e “Narrativa” (2018) – estarão disponíveis em pdf gratuitamente no site da galeria Simone Cadinelli Arte Contemporânea a partir do próximo dia 7 de abril.
Dessa forma, o público terá acesso às duas publicações que integram importantes bibliotecas nos EUA, como a do Metropolitan Museum, de Nova York, a do Congresso Americano, em Washington DC, e a New York Public Library e The Center for Book Art, em Nova York, e as bibliotecas públicas especializadas em arte no Estado de São Paulo, onde o artista carioca de 33 anos vive.
Em tempos de isolamento social, o artista e a galeria pretendem com esta iniciativa, facilmente acessível digitalmente, ampliar o acesso ao universo da arte.
Para baixar os dois livros, que contêm imagens e textos do artista além de ensaios dos críticos Liliane Benetti (“Adaptável”) e Agnaldo Farias (“Narrativa”), basta o interessado ir ao link e cadastrar seu e-mail, para que imediatamente receba os arquivos.
Ganhador de vários prêmios, Jimson Vilela tem obras em importantes coleções públicas, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o MAM Rio, e o MAC de Niterói.
LIVROS
“Adaptável ao espaço que as palavras ocupam” percorre parte do conjunto inicial de trabalhos de Jimson Vilela, apresentando obras feitas a partir de livros, objeto constante dos trabalhos do artista. O livro aparece muitas vezes aparece como uma escala que mensura tanto o espaço expositivo quando a memória do observador. ”Narrativa” trata do conjunto recente de suas obras, feitas também a partir de livros.
Carioca nascido em 1987, Jimson Vilela se mudou para São Paulo para fazer um mestrado em poéticas visuais, na USP, concluído em 2015, e agora está em fase de conclusão de doutorado na mesma matéria e universidade.
EXPOSIÇÕES
Entre as exposições destacadas de Jimson Vilela estão “Longe dos Olhos”, sua individual na galeria Simone Cadinelli Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, 2019; “Adaptável ao espaço que as palavras ocupam”, no Centro Cultural São Paulo, 2015; “Sintomas e Efeitos Secundários da Sintonia” (Casa Modernista, São Paulo, 2013); e “Cambio” (Nuevo Museo Energía Arte Contemporáneo, Buenos Aires, 2012); e as coletivas “Retrospectiva – 25 anos Programa de Exposições CCSP” (Centro Cultural São Paulo, 2015), “Convite à viagem” (Rumos Itaú Cultural, 2012 e 2013), e 6ª e 7ª Bienal Internacional da Bolívia (SIART, 2009 e 2011).
PRÊMIOS
No Brasil, Jimson Vilela foi premiado com a Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais (2012), recebeu o Prêmio Honra ao Mérito Arte e Patrimônio do IPHAN/Centro Cultural Paço Imperial/MinC (2013), o Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça – 6ª Edição (2013), Prêmio Aquisição Centro Cultural São Paulo (2014), Prêmio ProAC Artes Visuais do Estado de São Paulo (2014 e 2017) e Prêmio Estímulo à Jovens Artistas do 22º Cultura Inglesa Festival (2018).
abril 7, 2020
Sobre os efeitos da pandemia do Covid-19 na cultura: problemas e soluções
Para nos ajudar a refletir sobre o novo cenário que se desenha para a cultura, em especial para as artes visuais, vamos publicar neste post comunicados de instituições, notícias e artigos que abordam o assunto por diferentes ângulos.
Covid-19 support: The latest advice, guidance and emergency funding measures, Arts Council UK
Peste negra provocou retrocesso na arte; Covid-19 também poderá impactar setor por Maria Berbara, O Globo - 11/09/2020
Crise do coronavírus na cultura exige medidas urgentes por Sérgio Sá Leitão, Folha de S. Paulo - 09/04/2020
Cancelada, SP-Arte informa que só devolverá um terço do investimento de galeristas por Clara Balbi, Folha de S. Paulo - 06/04/2020
MoMA Terminates All Museum Educator Contracts by Valentina Di Liscia, Hyperallergic - 03/04/2020
A Conspiração Dos Perdedores por Paul B. Preciado, ArtForum e seLecT - 26/03/2020
Coronavírus: Alemanha promete assistência financeira a artistas afetados por cancelamentos, O Globo - 15/03/2020
Se tiver dicas para publicar neste post, coloque Covid-19 na cultura no assunto do email.
A 22ª Bienal de Sydney fechada pela Covid-19 em modo digital
A 22ª Bienal de Sydney, marcada para acontecer de 14 de março a 8 de junho de 2020, foi fechada a partir de 24 de março devido à pandemia da Covid-19. O comunicado abaixo anunciou a mudança de Nirin, o título da Bienal, para uma experiência digital.
Cássia Bundock nos deu a dica de que essa bienal, que foi inteiramente feita através de uma perspectiva indígena, havia migrado para o modo digital. Confira os perfis dos artistas brasileiros participantes de Nirin: Denilson Baniwa, Jota Mombaça, Maria Thereza Alves, Paulo Nazareth e Rosana Paulino.
22nd Biennale of Sydney: Nirin moves to digital experience
For nearly 50 years, the Biennale of Sydney has presented some of the most dynamic contemporary art from around the globe in iconic venues across Sydney.
This year’s exhibition, titled Nirin and meaning ‘edge’ in Wiradjuri, is an artist- and First Nations-led biennale showcasing more than 700 artworks by 101 artists and collectives. A global platform for diverse cultures and perspectives, the Biennale unites people across the world, stimulating dialogue and inspiring change.
The COVID-19 pandemic and potential impact on the safety of our visitors, artists, staff and wider community remains our top priority. And so, in line with the latest advice from Government authorities, the Biennale of Sydney is closing its public exhibitions from Tuesday, 24 March 2020 until further notice.
We will continue to adapt and innovate in the face of this global crisis. Our doors close across Sydney, and they will open online – for everyone, everywhere across the world. We remain steadfastly committed to the artists and communities we serve by moving to a digital program.
Working with long-time Biennale partner Google - and in a first for the Biennale of Sydney - audiences around the world will be able to engage with Nirin on the Google Arts & Culture platform. Creating a virtual Biennale will bring the exhibition and programs to life through live content, virtual walk-throughs, podcasts, interactive Q&As, curated tours and artist takeovers.
At times like these, it is more important than ever that we find ways to connect, to help each other, listen, collaborate and heal – all core themes of Nirin.
The Biennale remains artist-led and will allow our artists to lead the way in responding to the urgent social, political, and environmental issues we are facing today. We are shifting to digital programs, sharing more in coming weeks.
We look forward to welcoming you back to the physical exhibition when our Government authorities deem it safe to reopen. Until then, we encourage everyone to look after one another during this challenging time, and when you go looking for connections in isolation, engage online.
Programação online para abril na Galeria Nara Roesler
A Galeria Nara Roesler trabalha para cultivar um vínculo aberto permanente com a nossa comunidade. Para tanto, propõe colocar-se enquanto espaço de presença virtual e reflexão coletiva para superar as circunstâncias que nos obrigam a permanecer distantes. E esperamos nos reecontrarmos, em breve, mais fortes, unidos e sábios.
Tomando essa intenção como norteadora de nossas ações e com objetivo de criar proximidade em tempos de distância, desenvolvemos um programa especial com curadoria dos diretores da Galeria Nara Roesler e Luis Pérez-Oramas e gostaríamos de convidá-los a participar.
Nossa proposta é oferecer um intercâmbio de informações, diálogos, depoimentos, editoriais, música, exposições virtuais, para que, juntos, encontremos respostas para questões relevantes, dentro e fora do mundo da arte, enquanto nos mantemos em resguardo.
Essas ações assumem diversos formatos: Instagram Lives e debates interativos via YouTube, posts sobre o dia-a-dia, reflexões e inquietudes dos nossos artistas, além de podcasts, playlists e pílulas em áudio com leituras de poesia, textos e depoimentos acessíveis através do nosso canal no Spotify
Por fim, neste momento onde as distâncias geográficas dissolvem-se a partir da comunicação virtual, criaremos uma série de exposições que só poderiam acontecer nesse formato, onde estabeleceremos diálogos entre a obra de nossos artistas e referências variadas da história da arte.
Essas exposições estarão alinhadas ao conteúdo da programação e acontecerão em dois espaços virtuais: na plataforma Artsy e no site da Galeria Nara Roesler.
Você poderá acompanhar nossa programação através de nosso site e redes sociais.
PROGRAMAÇÃO
no Spotify
Toda segunda-feira estaremos compartilhando pequenas pílulas de conteúdo que inclui leituras de poemas, comentários sobre as notícias do mundo da arte e ideias sobre os trabalhos dos nossos artistas. Além disso, nossos convidados criarão playlists temáticas com músicas inspiradoras, audio-art, entre outros.
> Na próxima segunda-feira, dia 6 de abril, Raul Mourão começa nossa programação no Spotify com uma playlist especial!
Mais informações em breve.
no Youtube e Instagram
O projeto Ping-Pong apresenta uma série de conversas entre nossos artistas e outros convidados que irão acontecer nas seguintes plataformas:
> quartas-feiras | no YouTube
Na próxima quarta-feira, dia 8 de abril, às 18h, a crítica e curadora Luisa Duarte e o artista Marcos Chaves falam sobre os mais recentes projetos do artista carioca.
15 de abril, quarta-feira, às 18h
com Lucia Koch e Bruno Dunley
18 de abril, sábado, às 12h
com Luis Pérez-Oramas e Sheila Hicks
> sábados | no Instagram Live
O curador Luis Pérez-Oramas convida artistas da galeria e interlocutores diversos para um diálogo. Veja quem participará das próximas lives com o curador:
04/04 | Cao Guimarães fala sobre o sentido de normalidade, sobre a ideia de deserto e seu último longa metragem Espera (2018)
11/04 | Sérgio Sister fala sobre a produção artística entre o confinamento e o plein air
Em arquivo no Instagram
Neste vídeo, o curador Pérez-Oramas defende a ideia da exposição não como reunião de fotografias ou de selfies mas um comentário curatorial sobre a dialética entre a autorrepresentação e a obliteração da imagem.
In this video, the curator Pérez-Oramas defends the idea of the exhibition not as a collection of photographs or selfies but as a curatorial commentary on the dialectic between self-representation and image obliteration.
abril 6, 2020
CANAL NO TUBO Antoni Muntadas comenta a sua obra Palabras na ArcoMadrid 2017
Antoni Muntadas comenta a sua obra Palabras... (2017), que apresentou no stand do jornal El País na feira ArcoMadrid deste ano, uma crítica à perda de sentido das palavras na infodemia - epidemia de informação - que vivemos hoje; Muntadas é o próximo artista a expor na Galeria Luisa Strina (ver perfil), mostrando trabalhos recentes e, entre eles, banners da série Palabras... escolhidos especialmente para a expo em São Paulo.
abril 3, 2020
ARTE SEMPRE: Wagner Malta Tavares no acervo da Marilia Razuk
A Galeria Marilia Razuk apresenta uma seleção de seu acervo em seu Instagram (@galeriamariliarazuk)
#WagnerMaltaTavares / #TBT #PerfumedePrincesa 300 metros de tubos de zinco formam a massa escultórica que serpenteia e executa um circuito fechado; sobe por paredes, escorrega por corrimãos, entra e sai de janelas, sobe e desce escadas e une três equipamentos do Museu da Cidade em São Paulo: A Casa da Imagem, o Beco do Pinto e o Solar da Marquesa.
Em pontos selecionados, pequenos ventiladores coloridos exalam perfumes de flores que recuperam a memória olfativa da Vila de São Paulo à época do primeiro imperador do Brasil. Em dois cômodos internos um aroma especialmente desenvolvido com mucosas dos genitais feminino e masculino, referem-se ao célebre casal de amantes da história do país.
Obra: Perfume de Princesa, instalação no Museu da Cidade de São Paulo. A instalação serpenteia por todo o espaço unindo o Solar da Marquesa de Santos, a Casa do Olhar e o Beco do Pinto por meio da sua presença física e de diferentes aromas florais e corpóreos.
_____________________
#WagnerMaltaTavares / #PerfumedePrincesa 300 meters of zinc tubes form the sculptural mass that snakes and performs a closed circuit; it goes up walls, slides through handrails, goes in and out of windows, goes up and down stairs and joins three pieces of equipment from the City Museum in São Paulo: Casa da Imagem, Beco do Pinto and Solar da Marquesa.
At selected points, small colored fans exhale perfumes of flowers that recover the olfactory memory of Vila de São Paulo at the time of Brazil's first emperor. In two internal rooms an aroma specially developed with mucous membranes of the female and male genitals, refer to the famous couple of lovers of the country's history.
Work: Princess Parfum, Installation at São Paulo City Museum. The installation meanders throughout the space gathering three historical spots, the 'Solar da Marquesa', the 'Casa do Olhar' and the 'Beco do Pinto' with its physical presence and different scents.
#WMT
#tbt
#GaleriaMariliaRazuk
#ArtInstalation
#contemporaryart
#Sculpture
#Escultura
#BrazilianArtist
#SiteSpecific
ARTE SEMPRE: Katia Maciel publica série loops de quarentena no Facebook
loops de quarentena
1
veja a temperatura
não a sua
a que está fazendo
lá fora
escolha a roupa
para combinar
não com você
mas com o dia
lá fora
vista-se com atenção
mesmo
as luvas
na porta lembre-se
esqueceu as chaves
comece tudo de novo
(a chave da marca unica foi feita no Brasil para o filme Notorius de Alfred Hitchcock)
loops de quarentena
20
jogue todas as cobertas da casa
pela janela
observe
os anjos caídos
comece de novo
(as asas do desejo. wim wenders)
loops de quarentena
23
costure um sonho no outro
a cada retalho
acrescente um ponto
comece de novo
(sonho de valsa. ana carolina)
Veja a publicação da série loops de quarentena no Facebook de Katia Maciel
Katia Maciel é artista, cineasta e poeta, pesquisadora do CNPq e professora da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 1994. Em 2001 realizou o pós-doutorado em artes interativas na Universidade de Walles na Inglaterra.
Publicou, entre outros, os livros Zun (poemas 2012) Letícia Parente (org. com André Parente, 2011), O Livro de sombras (org. com André Parente, 2010), O que se vê, o que é visto (org; com Antonio Fatorelli, 2009), Transcinemas (org. 2009), Cinema Sim (org. 2008), Brasil experimental: Guy Brett (org. 2005), Redes sensoriais (em parceria com André Parente, 2003), O pensamento de cinema no Brasil (2000) e A Arte da desaparição: Jean Baudrillard (org 1997).
Realiza filmes, vídeos, instalações e participou de exposições no Brasil, na Colômbia, no Equador, no Chile, na Argentina, no México, nos Estados Unidos, na Inglaterra, na França, na Espanha, na Alemanha, na Lituânia, na Suécia e na China. Recebeu, entre outros, os prêmios: Prêmio da Caixa Cultural Brasília (2011), Funarte de Estímulo à Criação Artística em Artes Visuais (2010), Rumos Itaú Cultural (2009), Sérgio Motta (2005), Petrobrás Mídias digitais (2003), Transmídia Itaú Cultural (2002), Artes Visuais Rioarte (2000). Seus trabalhos operam com a repetição nos códigos amorosos e seus clichés e com desnaturezas.
Biografia da artista no site, conheça também o perfil na Zipper Galeria.
Curadores da Pinacoteca conversam com o público sobre as exposições por meio de lives
A iniciativa #pinadecasa amplia seus conteúdos digitais. Agora todo sábado, às 11h, tem live no instagram sobre as exposições com curadores da Pinacoteca, museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. O conteúdo ainda fica disponível no IGTV para quem não pode assistir ao vivo.
A primeira aconteceu no último sábado (28) com o diretor-geral do museu, Jochen Volz, sobre o que esperar da exposição OSGEMEOS: segredos e teve quase 3 mil visualizações. No próximo, 4 de abril, Ana Maria Maia comenta sobre Hudinilson Jr.: Explícito, que foi recém-inaugurada no dia 14 de março na Pina Estação e poderá ser vista novamente pelo público após o retorno das atividades presenciais.
Ainda em abril, sábado (11), a curadora Fernanda Pitta fala da exposição Marcia Pastore: contracorpo. Dia 18, José Augusto Ribeiro comenta Vanguarda brasileira dos anos 1960 – Coleção Roger Wright. Fechando o mês, a curadora chefe da Pinacoteca Valéria Piccoli aborda o Modernismo.
Museu sem sair de casa
A Pinacoteca reforça os seus canais digitais para que os visitantes em casa possam aproveitar o museu. Para isso, desde o dia 18, publica em suas redes sociais diariamente uma obra da coleção do museu acompanhada de curiosidades, dados históricos e explicações dos nossos curadores. Desde que a campanha #pinadecasa foi criada, a conta da Pina no instagram (@pinacotecasp) ganhou mais de 5 mil seguidores.
Além disso, é possível fazer uma visita online pelo Tour Virtual 3D da Pinacoteca de São Paulo, criado pela empresa iteleport, que está disponível no site do museu (www.pinacoteca.org.br). Ainda pelo Google Arts and Culture (https://bit.ly/3aG3jFA), o público também pode visitar sem sair de suas residências.
Pinacoteca
O museu segue as orientações do Governo do Estado de São Paulo e divulgará sua programação atualizada assim que possível.
A exposição OSGEMEOS: Segredos, que abriria dia 28/03, foi adiada e, quando possível, uma nova data será anunciada. A exposição Hudinilson Jr.: Explícito, que teve sua abertura no dia 14 de março, no Edifício Pina Estação, bem como as outras exposições em cartaz poderão ser vistas novamente após o retorno das atividades.
A situação segue continuamente sendo monitorada e reavaliada com base em informações e recomendações do Governo do Estado de São Paulo.
Lives
Aos Sábados, às 11h
Instagram: @pinacotecasp
04/04
Ana Maria Maia
Hudinilson Jr.: Explícito
11/04
Fernanda Pitta
Marcia Pastore: Contracorpo
18/04
José Augusto Ribeiro
Arte no Brasil: Uma história na Pinacoteca de São Paulo. Vanguarda brasileira dos anos 1960 – Coleção Roger Wright
25/04
Valéria Piccoli
Modernismo
ARTE SEMPRE: Grupo Corpo Free Streaming #2 - Triz e Parabelo
Continuando a sequência de vídeos para assistir gratuitamente, Triz e Parabelo já estão disponíveis no Vimeo.
29 de março a 5 de abril de 2020
Como assistir:
1. Acesse vimeo.com/grupocorpo
2. Faça login em sua conta.
3. Selecione um dos vídeos contemplados na promoção.
4. Clique em Alugar (NÃO preencha dados de cartão de crédito).
5. No campo “aplicar código promocional” digite: grupocorpo45anos
Grupo Corpo - Triz (2013)
Apresentação gravada no Palácio das Artes - Belo Horizonte/ agosto 2013
Sobre uma trilha original do compositor pernambucano Lenine, operada apenas por instrumentos de corda, o Grupo Corpo explora a tensão inerente ao processo criativo onde, muitas vezes, tudo parece "estar por um triz".
Coreografia: Rodrigo Pederneiras
Música: Lenine
Cenografia: Paulo Pederneiras
Figurino: Freusa Zechmeister
Iluminação: Paulo Pederneiras
Grupo Corpo - Parabelo (1997)
Apresentação gravada no Palácio das Artes - Belo Horizonte/ agosto 2013
Escrever na língua nativa a palavra balé (assim, com um ele só e acento agudo) tem sido a busca consciente e obstinada de Rodrigo Pederneiras desde o antológico 21, de 1992. A inspiração sertaneja e a transpiração pra lá de contemporânea da trilha composta por Tom Zé e José Miguel Wisnik para Parabelo, de 1997, permitiram ao coreógrafo do Grupo Corpo dar vida àquela que ele mesmo define como a “a mais brasileira e regional” de suas criações.
De cantos de trabalho e devoção, da memória cadenciada do baião e de um exuberante e onipresente emaranhado de pontos e contrapontos rítmicos, emerge uma escritura coreográfica que esbanja jogo de cintura e marcação de pé, numa arrebatadora afirmação da maturidade e da força expressiva da gramática construída ao longo de anos pelo arquiteto de Missa do Orfanato e Sete ou Oito Peças para um Ballet.
abril 2, 2020
CANAL NO TUBO Cidade Submersa de Caetano Dias
1978 - Cidade Submersa from Caetano Dias on Vimeo.
No vídeo 1978 – Cidade submersa, o limite entre ficção e realidade é tão tênue que uma se deixa atravessar pela outra. O mergulho na antiga cidade de Remanso, submersa nas águas, ecoa várias das colocações anteriores: águas, memórias e um ser que se relaciona com a morte. Seja a morte de uma cidade, visível pela presença da caixa d’água, situada agora dentro da represa, ou a que todos nós temos que defrontar, como condição humana. A fascinação pela zona fronteiriça entre vida e morte, entre o erótico e o sagrado, entre construção e dissolução, é marca constante no trabalho de Caetano.
Entre um ser e outro há sempre um abismo, o outro é sempre outro, mas a tentativa de união persiste. A corda do barco, que aparece no final do vídeo de Remanso e que conecta a embarcação ao fundo, remete a esse desejo de uma relação, consciente e inconsciente.
Cláudia Pôssa
Sinopse: O vídeo 1978 – Cidade Submersa, que mostra a relação de um pescador com as lembranças da sua antiga cidade. Trata-se de um documentário sobre alguém que navega e pesca sobre as próprias memórias. O filme versa sobre saudades soterradas.
1978 – Cidade Submersa
Um filme de Caetano Dias
Duração: 16 minutos e 17 segundos
Formato: HD
Ano: 2010
Direção: Caetano Dias
Direção de produção: Marta Luna
Direção de fotografia: Wallace Nogueira
Assistência de fotografia: Tatiana de Lima
Montagem: Dunia Quiroga
Som direto: Paulo de Souza (Palito)
Trilha original: Wilson Sukorski
Pesquisa: Caetano Dias e Fabíola Aquino
Imagens dos filmes "Adeus rodelas" e "Não houve tempo sequer para as lágrimas" de Agnaldo Siri Azevedo.
Com: Rodolfo Lino de Souza, Cícero Santos Ferreira
Figurantes: Rubens dos Santos, Danilo dos Santos, Bartolomeu Sansão, Reginaldo Barbosa
Câmera: Tatiana de Lima, Wallace Nogueira, Cícero Santos Ferreira
Assistente técnico: Paulo de Souza (Palito)
Apoio: Vogal Imagem, Candonbá Filmes
Este filme é resultado da pesquisas desenvolvidas na residência do prêmio LE FRESNOY Videobrasil, França/2009.
Filmado na cidade de Remanso, Bahia, Brasil.
©1978 - Cidade Submersa
SOBRE CAETANO DIAS
As relações entre corpo e identidade, e memória e pertencimento são alguns dos principais eixos da pesquisa do artista, que trabalha com vídeo, videoinstalação, filme, fotografia, instalação e performance. Foi premiado no 16º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil (2007) com residência no Le Fresnoy, em Tourcoing, França. Dentre as exposições coletivas, destacam-se Do Valongo à Favela, Museu de Arte do Rio de Janeiro (2014); III Bienal da Bahia (2014) e 29º Panorama da Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo (2005). Vive e trabalha em Salvador.
Perfil do artista no Videobrasil, veja também a biografia na Paulo Darzé Galeria.
Coronavírus: Senado inclui artistas no benefício de R$ 600 mensais, UBC
Coronavírus: Senado inclui artistas no benefício de R$ 600 mensais
Notícia originalmente publicada no site da União Brasileira de Compositores em 1 de abril de 2020.
Câmara alta do Congresso estende ajuda a diversas outras categorias, enquanto Bolsonaro sanciona projeto original depois de dois dias de espera
O Senado aprovou nesta quarta-feira (1) a inclusão de artistas entre as categorias habilitadas a requisitar o auxílio emergencial R$ 600 mensais que será pago pelo estado brasileiro a profissionais informais em situação de vulnerabilidade devido à crise econômica provocada pela epidemia de Covid-19. O benefício, que, no caso de mães solteiras ou que são as chefes da família, pode chegar a R$ 1.200, tem previsão de duração de três meses. Autores e intérpretes de qualquer área — música, teatro, cinema, artes visuais, dança e outras —, técnicos de espetáculos e outros membros da cadeia produtiva artística serão contemplados após sanção presidencial.
Além deles, serão beneficiados também taxistas, caminhoneiros, motoristas de transporte escolar, pescadores, cooperados de associações agrícolas e várias outras profissões. O primeiro pacote de categorias já foi aprovado pelo Senado em votação na segunda-feira (30) e enviado para sanção por Jair Bolsonaro, que demorou dois dias para assinar o documento e o fez na tarde desta quarta. Inclui vendedores ambulantes, agricultores, empregados domésticos e uma série de outras categorias.
Agora, o texto irá a votação na Câmara, o que se espera que ocorrerá no máximo até sexta-feira. Se não houver alterações, voltará para o Senado e irá a sanção presidencial. Ainda não há data para que isso ocorra.
Veja os requisitos para ter direito ao benefício:
- Ser maior de 18 anos de idade;
- Não ter emprego formal;
- Não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal, com exceção do Bolsa Família;
- Renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total (tudo o que a família recebe) de até três salários mínimos (R$ 3.135,00);
- Não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70.
Trabalhador intermitente que estiver com o contrato inativo (ou seja, não está trabalhando nem recebendo salário no momento) também terá direito ao auxílio, incluindo garçons, atendentes entre outros trabalhadores que atuam sob demanda, mas estão com dificuldades de encontrar trabalho neste momento. O projeto também inclui a proposta do governo de antecipação de um salário mínimo (R$ 1.045) a quem aguarda perícia médica para o recebimento de auxílio-doença, mediante apresentação de um atestado médico.
Microempreendedores individuais (MEI) igualmente podem pleitear a ajuda. Todos os interessados obrigatoriamente devem se cadastrar na página do Cadastro Único localizada dentro do portal oficial do governo federal. Uma mesma família pode receber, no máximo, R$ 1.500 de ajuda. Por ora, o governo continua a trabalhar com a data de 16 de abril para a chegada da primeira das três parcelas do auxílio. Este prazo, contudo, não vale, a princípio, para os artistas e as novas categorias incluídas no adendo aprovado nesta quarta-feira (1). Como dissemos acima, ainda não há data para que entre em vigor a extensão do benefício às novas categorias, uma iniciativa do senador Humberto Costa (PT-PE).
"Nós temos muita preocupação com o setor cultural neste momento de pandemia. Era um setor que não estava amparado pelo Congresso nesta crise. Fizemos o projeto de lei para que fossem incluídos nessa rede de proteção social os autores, os artistas e os trabalhadores das artes e da cultura como um todo", disse o senador à UBC. "Também propusemos outras medidas, como a supensão do pagamento de tributos federais, enquanto durar a epidemia, por cinemas, casas de espetáculos, produtores e distribuidores do audiovisual, editoras musicais, entre outros. Temos a expectativa de que, na próxima semana, elas sejam analisadas no Senado."
Chamado por senadores de “pacotão social” e já conhecido pela população como coronavoucher, o benefício é o maior oferecido até agora a trabalhadores afetados pela crise do coronavírus. Criticado por ainda não ter estimulado o mundo cultural, tão dependente de apresentações e bilheteria, o governo vai na contramão de outros países, que têm criado mecanismos de estímulo à produção artística durante o confinamento imposto pela epidemia. Em breve, aqui no site da UBC, publicaremos bons exemplos vindos do exterior para auxiliar os artistas afetados economicamente.
Para especialistas, a velocidade de implementação de medidas que mitiguem os prejuízos aos trabalhadores deve ser grande – o que não vem ocorrendo no Brasil. “Se não fizer chegar rápido, as pessoas vão ficar sem alternativa. Vão ter de voltar ao trabalho. Se isso ocorrer, a pandemia vai se expandir, e o dano econômico vai ser muito maior. Proteção social tem de ser vista como mecanismo para proteger a população e minimizar a recessão”, escreveu Marcelo Medeiros, economista, sociólogo e especialista em desigualdade de renda.
Dossiê: Coronavírus e sociedade, Blog da Boitempo
O Blog da Boitempo apresenta neste dossiê urgente, uma série de reflexões feitas por alguns dos principais pensadores críticos contemporâneos, nacionais e internacionais, sobre as dimensões sociais, econômicas, filosóficas, culturais, ecológicas e políticas da atual pandemia do coronavírus.
Slavoj Žižek | Bem-vindo ao deserto do viral! Coronavírus e a reinvenção do comunismo
Mike Davis | O coronavírus e a luta de classes: o monstro bate à nossa porta
Judith Butler | O capitalismo tem seus limites
David Harvey | Política anticapitalista em tempos de coronavírus
Gilberto Maringoni | A globalização sem limites nos confinou em casa
Mauro Iasi | Quando entrar setembro
Naomi Klein | Como vencer o capitalismo do desastre?
Jorge Luiz Souto Maior | MP 927: da pandemia ao pandemônio
Noam Chomsky | Não podemos deixar a Covid-19 nos levar ao autoritarismo
Pierre Dardot e Christian Laval | A prova política da pandemia
Marília Moschkovich | O mundo está queimando, o capital também, e isso é bom – mas não para você
Sophie Lewis | A crise do coronavírus mostra que chegou a hora de abolir a família
Maurilio Lima Botelho | Epidemia econômica: Covid-19 e a crise capitalista
Acesse os links e atualizações diárias com análises, artigos, reflexões e vídeos sobre o tema.
Grada Kilomba + Rosana Paulino: catálogos online na Pinacoteca, São Paulo
Para relembrar as exposições de Grada Kilomba, Desobediências Poéticas, com curadoria de Jochen Volz e Valéria Piccoli, e de Rosana Paulino, A Costura da Memória, com curadoria de Valéria Piccoli e Pedro Nery, baixe os respectivos PDFs:
Rosana Paulino, A Costura da Memória
Grada Kilomba, Desobediências Poéticas
Metrópole em Construção: mostra on-line retrata a São Paulo moderna no Itaú Cultural
Quatro produções, entre dramas e documentários, dos anos 1928, 1965, 1986 e 2018, revelam um breve panorama da urbanização de São Paulo, tema profundamente presente no trabalho do arquiteto Rino Levi – homenageado na 49ª edição do programa Ocupação Itaú Cultural.
2 a 12 de abril de 2020, quinta-feira a domingo
Itaú Cultural Online
[após o período, os links serão desativados]
PROGRAMAÇÃO
A capital paulista teve o auge do seu processo de modernização na metade do século XX, quando importou muitos aspectos urbanos e arquitetônicos de grandes centros europeus. Toda essa movimentação gerou uma vida cultural pulsante, presente até hoje, e que caracterizou São Paulo como uma metrópole. Parte fundamental desse processo foram os cinemas projetados pelo arquiteto. Eles foram retratados no documentário Quando as Luzes das Marquises se Apagam, que traça a criação, o auge e a decadência da Cinelândia Paulistana.
O filme integra a mostra on-line Metrópole em Construção, que reúne, ao todo, três longas-metragens e um curta que retratam a modernização de São Paulo. Os filmes ficam disponíveis aqui no site de 2 a 12 de abril.
Quando as Luzes das Marquises se Apagam – a História da Cinelândia Paulistana
(Renato Brandão, 2018, 87 minutos)
Com imagens de arquivo e depoimentos de antigos espectadores, uma história das salas de cinema das avenidas São João e Ipiranga e de suas imediações, no centro de São Paulo. Conhecida como Cinelândia Paulistana, essa área viveu seu auge na década de 1950, chegando a ter mais de 15 cinemas em pleno funcionamento.
[livre para todos os públicos]
São Paulo, Sociedade Anônima
(Luís Sérgio Person, 1965, 106 minutos)
Filmado em 1965, São Paulo, Sociedade Anônima é um dos grandes clássicos do cinema brasileiro. Com direção e roteiro de Luiz Sergio Person, o filme narra a dificuldade de Carlos (Walmor Chagas) em conciliar as pressões profissionais de Arturo (Otello Zeloni), as ambições de sua mulher Luciana (Eva Wilma) e a inconstância de sua amante Ana (Darlene Glória).
[classificação indicativa: 12 anos]
São Paulo, a Sinfonia da Metrópole
(Adalberto Kemeny e Rodolfo Lustig, 1929, 62 minutos)
O filme retrata a São Paulo do final da década de 1920. Urbanismo, monumentos públicos e industrialização mostram uma cidade que se expande em ritmo acelerado. Assim como um documento histórico, o longa traz o olhar dos diretores para uma cidade que cresce vertiginosamente sem deixar os personagens que a habitam, a população. E evoca a relação deles com o trabalho, a moda, os esportes e o cotidiano.
[livre para todos os públicos]
Os Cinemas Estão Fechando
(Abrão Berman, 1986, 27 minutos)
O curta-metragem do cineasta Abrão Berman documenta a falência sofrida pelos cinemas brasileiros nas décadas de 1960 e 1970. O levantamento foi feito com base em registros em super-8 e fontes de O Estado de S. Paulo, do Jornal da Tarde e do Jornal do Brasil. O filme pertence ao acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo.
[livre para todos os públicos]
MASP promoverá lives com curadores e convidados no Instagram
O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) reforça conteúdo digital em suas redes sociais a partir deste mês, com alguns conteúdos digitais para continuar levando arte ao público enquanto estiver fechado: conversas entre curadores do museu e convidados.
A partir de 6 Adiada para 13 de abril de 2020, toda segunda e sexta-feira, às 18h
Instagram do @masp
A primeira edição, que acontece na segunda, 13/04, terá o encontro de Adriano Pedrosa e Lilia Schwarcz, diretor artístico e curadora-adjunta de histórias do museu, em torno das histórias no MASP, noção plural e polifônica que guia a programação do museu anualmente desde 2016. Esse termo, em português, abrange tanto a ficção como a não ficção, as narrativas pessoais, políticas, econômicas, culturais e mitológicas.
Além dos conteúdos habituais nas mídias digitais do museu (como os #TBTs que resgatam momentos históricos), a nova série masp [curadoria] em casa leva ao Instagram, Facebook e Twitter comentários de curadoras e curadores sobre uma imagem relacionada ao museu a partir de uma perspectiva pessoal. Pode ser uma obra, um detalhe da arquitetura, uma exposição, uma atividade, uma palestra ou um seminário, do passado recente ou remoto.
Já o MASP Áudios, aplicativo gratuito disponível para download, reúne cerca de 170 comentários feitos por curadores artistas, professores, pesquisadores e crianças sobre as obras mais icônicas do acervo. Está disponível para download na App Store e no Google Play.
O canal do YouTube traz os vídeos de seminários e palestras, entrevistas com os artistas e outros detalhes sobre algumas exposições. No Google Arts & Culture ainda é possível fazer um tour virtual e explorar a exposição permanente do MASP, o "Acervo em Transformação".