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junho 21, 2006
Anulada a III Conferência Municipal de Cultura de Goiânia
Anulada a III Conferência Municipal de Cultura de Goiânia
Número do Processo: 200502368564
Data da Sentença :08/06/2006
Tipo da Sentença : DE MERITO CONTESTADA
Texto:
Posto isso, pela Motivação supradita e comungando do parecer ministerial, concedo a segurança pleiteada, invalidando os efeitos da conferencia realizada nos dias 11 e 12 de outubro de 2005 e anulando o edital n. 05/2005. e o veredicto. Custas na forma da lei. sem honorários.
Goiânia, 08 de junho de 2006. dr. Fabiano a de Aragão Fernandes
Juiz de Direito.
junho 5, 2006
Extinção do RioArte em xeque na Câmara, por Alessandra Duarte
Extinção do RioArte em xeque na Câmara
Matéria de Alessandra Duarte, originalmente publicada no Jornal O Globo, no dia 5 de junho de 2006
A extinção do RioArte pelo prefeito Cesar Maia, em fevereiro deste ano, está sendo questionada na Justiça por dois processos da Câmara de Vereadores. Nos processos, o vereador Eliomar Coelho e o PSOL afirmam que o decreto 26.210 que fez o RioArte passar de autarquia para subsecretaria foi baseado numa lei, a 237/81, que o próprio prefeito havia considerado inválida, num ofício de 13 de janeiro deste ano. Até o próximo dia 15, a Federação dos Servidores Públicos Municipais no Estado do Rio deve concluir uma lista de funcionários que, com a mudança, teriam perdido benefícios e salários.
Um dos processos, um mandado de segurança de Eliomar Coelho (PSOL), está atualmente na 10 Câmara Cível do Rio, e espera pelo parecer do relator, o juiz Cherubin Schwartz. O outro é uma representação por inconstitucionalidade, feita pelo PSOL, e que está na Procuradoria-Geral de Justiça.
Na época da extinção do RioArte, o prefeito havia afirmado que não haveria mudanças nos cargos. Mas, em 1 de maio, a então presidente do RioArte, Rita de Cássia Samarques, que seria a nova subsecretária, foi exonerada.
Há cerca de um mês, assumiu, como subsecretária municipal das Culturas, Maria Alice Saboya, que antes estava na Secretaria Especial Rio 2007, ligada à organização dos Jogos Pan-Americanos. Uma das suspeitas levantadas pelo vereador Eliomar Coelho é de que, com a extinção do RioArte, os R$ 24 milhões remanejados da autarquia para a administração direta (dentro de um total de R$ 500 milhões, já que, juntamente com a RioArte, houve a extinção de outras autarquias) estejam sendo aplicados em outros setores.
Pode ter ido dinheiro para o Pan. Não temos como checar isso, porque o sistema de acompanhamento da execução do orçamento do município, o Fincon, nunca funcionou. Os vereadores entram com sua senha, mas o sistema cai. Por isso, na última quarta-feira a Câmara aprovou a criação de uma CPI para apurar por que o Fincon nunca funciona diz Eliomar.
Outro ponto, citado pela Federação dos Servidores, é uma cláusula do decreto que extinguiu a RioArte, e que criaria brechas para perda de direitos de servidores: "Os empregos transferidos constituirão quadro em extinção na Administração Direta e serão extintos à medida que vagarem, desde que (...) não sejam indispensáveis à Administração (...)".
Segundo o presidente da Federação, Fernando Cascavel, haveria casos de funcionários com perda de direitos como auxílio-transporte e que teriam até sido cortados da folha de pagamento. Além de elaborar uma lista de perdas, a Federação pediu audiência com o procurador-geral de Justiça, Marfan Vieira.
Cesar Maia diz que os R$ 24 milhões do RioArte estão sendo aplicados nos projetos de antes, e nega que houve cortes de direitos e salários. Sobre o fato de o decreto de extinção do RioArte se basear numa lei considerada inválida por ele, o prefeito diz apenas que foi "uma opinião de um procurador corrigida depois pelo procurador-geral".