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dezembro 10, 2014
Jochen Volz será o curador da 32a Bienal de São Paulo
Jochen Volz será o curador da próxima edição da Bienal de São Paulo
Nota enviada pela assessoria de imprensa da Fundação Bienal de São Paulo
Em reunião realizada dia 9 de dezembro, o Conselho da Fundação Bienal de São Paulo reconduziu Luis Terepins à presidência da diretoria da instituição. Na ocasião, a diretoria apresentou Jochen Volz como curador da 32ª edição da mostra, marcada para 2016.
O historiador de arte alemão, nascido em 1971 na cidade de Braunschweig, atua como curador chefe da programação da Serpentine Galleries, em Londres, e também como curador de Inhotim, Minas Gerais, tendo sido diretor artístico da mesma instituição entre 2005 e 2012. Profundo conhecedor da cena artística internacional e nacional, Volz foi co-curador da 53ª Bienal de Veneza (2009), ao lado do diretor artístico Daniel Birnbaum. Em 2006, a convite de Lisette Lagnado, participou da curadoria da 27ª Bienal de São Paulo, onde realizou projeto especial em homenagem a Marcel Broodthaers.
Em Inhotim, trabalhou na concepção artística e na produção de novos pavilhões e instalações, entre eles, os dos artistas Adriana Varejão, Dominique Gonzalez-Foerster, Doris Salcedo, Doug Aitken, Helio Oiticica, Lygia Pape, Matthew Barney, Rirkrit Tiravanija e Tunga. O curador tem contribuído ainda com muitas exposições pelo mundo, entre as quais a de Olafur Eliasson em São Paulo, como parte do 17º Festival Sesc Vídeobrasil (2011), The Spiral and the Square, no Bonniers Konsthall, Estocolmo (2011), Aichi Triennial, Nagoya, Japão (2010), Cinthia Marcelle, na Bienal de Lyon, França (2007). Entre 2001 e 2004 foi curador da Portikus, em Frankfurt, Alemanha.
Desde 2012, a convite da diretora Julia Peyton-Jones e do co-diretor Hans Ulrich Obrist, Volz dirige a curadoria de programas da prestigiada instituição londrina, Serpentine Galleries, na qual colabora para o desenvolvimento de atividades públicas nas áreas de arte, arquitetura, design, educação e programação cultural: dança, filme, literatura, música, performance, ciência e tecnologia.
Segundo Luis Terepins, o processo de escolha do curador é uma preocupação permanente da instituição. A indicação foi sendo definida no segundo semestre de 2014, após uma série de diálogos da diretoria da Fundação Bienal com diretores de outras instituições, intelectuais e personalidades do circuito artístico nacional e internacional: "A ampla experiência em bienais e nas mais variadas plataformas da arte contemporânea somada à sua elogiada postura ética e profissional fazem com que a escolha de Volz seja perfeita para os anseios atuais da fundação e os desafios envolvidos na produção do seu maior evento".
Em fevereiro de 2015 será realizada a primeira coletiva de imprensa da 32ª Bienal. Na ocasião, Volz deverá apresentar o conceito geral da exposição e seu plano de trabalho para os meses subsequentes.
31ª Bienal: encerramento e números
A 31ª Bienal de São Paulo – Como [...] coisas que não existem chegou ao fim neste último domingo (07/12) com público aproximado de 472 mil visitantes. Com curadoria conjunta de Charles Esche, Galit Eilat, Nuria Enguita Mayo, Pablo Lafuente, Oren Sagiv (curadores), Benjamin Seroussi e Luiza Proença (curadores associados), a exposição reuniu 81 projetos e mais de 100 participantes, totalizando cerca de 250 trabalhos.
Audaciosa, a mostra firmou-se como uma exposição em consonância com os desafios artísticos e sociais da atualidade, configurando-se como uma jornada por temas centrais da vida contemporânea: identidade, ecologia, sexualidade e conflito.
Ao longo dos três meses de funcionamento da exposição, o educativo permanente da Fundação Bienal realizou mais de 4.300 ações na programação da exposição, incluindo-se aí visitas, palestras, encontros, ateliês, seminários, performances e saraus. Ao longo do ano, também foram promovidos 325 Encontros de Formação em arte contemporânea para professores e educadores sociais que mobilizaram mais de 27.700 inscritos, gerando mais de 7.400 horas em ações ofertadas para o público.
Realizado em três módulos – em janeiro, maio e novembro – o workshop “Ferramentas para organização cultural” foi concebido pela equipe curatorial da 31ª Bienal e oferecido a 16 jovens curadores e agentes culturais selecionados entre mais de 300 inscritos. A grande procura e o sucesso da iniciativa despertaram o desejo, por parte da Fundação da Bienal, de transformar o workshop curatorial em um programa permanente, a ser desenvolvido e oferecido a cada nova edição da mostra.
Itinerâncias
Dando continuidade ao programa de itinerâncias realizado desde a 29ª Bienal, a 31ª edição – “Como [...] coisas que não existem” terá recortes exibidos em seis cidades brasileiras entre fevereiro e agosto de 2015. As exposições serão realizadas em conjunto com instituições parceiras em cada cidade: Faap (Ribeirão Preto e São José dos Campos), Sesc-SP (São José do Rio Preto e Campinas) e Museu de Arte Murilo Mendes (Juiz de Fora).
No segundo semestre, um recorte importante será apresentado no Museu de Arte Contemporânea de Serralves (Porto, Portugal), na primeira itinerância internacional da Bienal de São Paulo desde a criação do programa, em 2011.