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junho 12, 2014
A respeito da exposição "Projeto Gameleira 1971" por Lauro Cavalcanti e Pedro Mendes da Rocha, IAB-SP
A respeito da exposição "Projeto Gameleira 1971"
Comentários de Lauro Cavalcanti e Pedro Mendes da Rocha originalmente publicados no IAB-SP.
A respeito da matéria de 07/06, no “Caderno 2″ do jornal “O Estado de S. Paulo” sobre a exposição na Galeria Pivô, em que Camila Molina entrevista Lais Myrrha.
O IABsp, muito embora, respeite a liberdade de expressão da artista, manifesta sua indignação com a sugestão da artista de que o arquiteto Oscar Niemeyer e o poeta e calculista Joaquim Cardozo silenciaram frente ao trágico acidente. Enviamos ao Painel do Leitor, daquele jornal, nossa manifestação formal.
Recuperando o ocorrido, juntamos texto do crítico e historiador, Lauro Cavalcanti.
Pedro Mendes da Rocha
Presidente em exercício IAB/SP
Sobre silêncio, ética e oportunismo
Acredito que seja muito talentosa a artista que expõe as falsas vigas no Copan. O silêncio de Niemeyer e Cardoso só se deu, entretanto, na cabeça da expositora. Cardoso deu inúmeras declarações, inclusive em juizo, foi injustamente condenado e teve a vida aniquilada. Niemeyer, exilado pela ditadura, partiu em defesa de Cardoso, o assistiu na depressão que se seguiu, e lamentou a perda das vidas. Mas, é verdade, o arquiteto não fez nenhum proselitismo com os vitimados. É curioso que alguém se arvore em cobrar ética de dois mortos, faça uma cenografia da tragédia e, em pose glamurizada para os jornais, explore outros tantos mortos…
Lauro Cavalcanti