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março 12, 2014
Obras de brasileiros são vendidas nas primeiras horas de feira em NY por Silas Martí, Folha de S. Paulo
Obras de brasileiros são vendidas nas primeiras horas de feira em NY
Matéria de Silas Martí originalmente publicada no jornal Folha de S. Paulo em 5 de março de 2014.
Nas primeiras duas horas do Armory Show, a mais tradicional feira de arte de Nova York, obras de brasileiros como Mira Schendel, Abraham Palatnik, Artur Lescher, Sérgio Sister e Vik Muniz já foram vendidas.
À venda no estande das galerias Nara Roesler e Bergamin, duas das seis casas brasileiras na feira, as peças valendo entre US$ 30 mil e US$ 300 mil foram arrematadas ainda durante a abertura da Armory para convidados, na tarde desta quarta (5).
No estande da paulistana Baró, obras de US$ 14 mil do artista mexicano Morris, que participou da última Bienal de São Paulo, também haviam sido vendidas.
Esse é um momento de transição para o Armory Show. A feira que começou em 1999 passou por um período de decadência, trocou de diretor e agora tenta se restabelecer com a recuperação da economia norte-americana e diante da concorrência acirrada com a franquia nova-iorquina da feira britânica Frieze, que acontece em maio.
"Enquanto a Frieze é mais 'avant-garde', a Armory é mais tradicional", diz Fabíola Ceni, diretora de vendas da Nara Roesler, à Folha. "Com a recuperação da economia aqui, há espaço para duas feiras em Nova York."
Luciana Brito, galerista brasileira que está no comitê de seleção da Armory e tem um dos maiores espaços na feira este ano, não parava um minuto, emendando conversas com curadores e colecionadores.
Seu estande tem obras clássicas de Waldemar Cordeiro, pioneiro do concretismo paulista. Muitas delas estavam na retrospectiva dedicada à obra do artista no Itaú Cultural no ano passado.