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julho 7, 2013
Antonio Grassi deixa presidência da Funarte para assumir cargo no Instituto Inhotim por Silas Martí, Folha de S. Paulo
Antonio Grassi deixa presidência da Funarte para assumir cargo no Instituto Inhotim
Matéria de Silas Martí originalmente publicada no jornal Folha de S. Paulo em 4 de julho de 2013.
Depois de dois anos à frente da Funarte, órgão do Ministério da Cultura, Antonio Grassi deixa a presidência da instituição para assumir um cargo na diretoria executiva do Instituto Inhotim, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte.
Na Funarte, Grassi coordenou o ano do Brasil em Portugal e trabalhou na programação cultural do país para a Feira do Livro de Frankfurt, em outubro, projeto criticado por gastar cerca de R$ 19 milhões em verbas públicas num evento do mercado editorial.
Grassi deixa pendente na Funarte a reforma do Teatro Brasileiro de Comédia, em São Paulo, que deve ser inaugurado até o final deste ano. "Quem entrar no meu lugar só vai ter de inaugurar", disse Grassi à Folha.
No Instituto Inhotim, ele deve ocupar um cargo que já existia, mas estava vago, o de diretor executivo adjunto. Enquanto Ricardo Gazel permanece como diretor administrativo e financeiro do museu mineiro, Grassi assume a direção artística de projetos paralelos, ou seja, que não sejam de artes visuais --o forte da instituição do magnata mineiro Bernardo Paz.
Grassi disse que sua saída da Funarte foi uma "necessidade pessoal de procurar novos caminhos". "Minha preocupação foi concluir tudo que está encaminhado. Toda minha conversa para a saída que eu tive com a ministra [da Cultura, Marta Suplicy] foi ótima e muito bem aceita por ela", afirmou. "Tivemos uma boa experiência. Saio com uma excelente impressão da Marta e disposto a colaborar com o Ministério da Cultura."
Seu flerte com o Instituto Inhotim começou em 2010, quando organizou no museu uma das edições do Inhotim Em Cena, festival anual de dança e teatro. "Minha experiência anterior foi muito rica", diz Grassi, que assume o cargo em Brumadinho na semana que vem.
"A primeira coisa que eu vou fazer chegando lá é uma imersão mesmo, para conhecer todas as áreas do museu. Qualquer trabalho em outras áreas tem de estar afinado com as artes visuais. Vou entrar para somar ao trabalho bem sucedido já feito lá."
Com a saída de Grassi da Funarte, a diretora executiva Myriam Lewin assume o órgão do MinC em caráter interino, até que seja apontado um novo presidente pela ministra Marta Suplicy.