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outubro 25, 2012
Artistas usam intuição para criar obras em exposição no Recife, G1
Artistas usam intuição para criar obras em exposição no Recife
Matéria originalmente publicada no site G1 em 24 de outubro de 2012.
Rumos Artes Visuais: Intuição et Cetera, MAMAM, Recife, PE - 25/10/2012 a 09/12/2012
O Museu de Arte Aloísio Magalhães (Mamam), no Recife, recebe a exposição "Intuição et cetera", que reúne 31 obras de 19 artistas selecionados em todo o Brasil pelo programa Rumos Artes Visuais, do Instituto Itaú Cultural. A mostra segue para visitação até o dia 9 de dezembro, com entrada franca.
A exposição é um recorte da mostra "Convite à Viagem", exibida em São Paulo. No Recife, a curadoria coube a Paulo Miyada, Matias Monteiro e Vânia Leal, que usaram referências pessoais para escolher as obras diante de tamanha indefinição entre os limites da arte contemporânea. Foi assim que surgiu o tema "intuição", aquilo que vem antes do pensamento racional para se chegar a uma conclusão.
Com esta linha curatorial, foram selecionados artistas que usaram elementos intuitivos em suas criações, gerando obras que precisam ser decifradas. Algumas focam-se no desenho, onde o artista utiliza a intuição para iniciar o projeto, com um detalhamento feito na ponta do lápis, como ocorre em "Cerração", "Neblina" e "Névoa Subindo a Serra", do gaúcho Rafael Pagatini.
Há também os desenhos feitos em grafite, aquarela, guache e lápis de cor do brasiliense Virgílio Neto e as pinturas em caneta hidrográfica de Vinicius Guimarães, do Espírito Santo. A impressão em pigmento sobre papel algodão da série "Polaroids", da carioca Maria Laet, complementa essa área.
Outras obras expressam o controle e a premeditação - analíticas, elas mantêm o mistério e têm a intenção de despertar algo no público. Essa é a proposta de "A Morte", "O Mito", "O Homem e A Mulher", da série "Retratos", da paraense Berna Reale.
"Imagem", do artista paulista Thiago Honório, é formada por um cubo espelhado até a altura do pescoço e uma cabeça de roca do século 18, na parte de cima - o visitante vê seu próprio corpo, mas uma cabeça diferente, provocando distintas reações. A instalação "Resistência", de Marília Furman, também de São Paulo, é composta por um holofote e uma chapa de vidro: dispostos de maneira que provocam uma tensão - que pode acabar passando para o espectador -, dão a impressão de que o vidro pode se partir a qualquer momento.
Na terceira abordagem, os focos são o espaço e a paisagem, com destaque para a projeção de vídeo do paulista Guilherme Teixeira, "Parede Suprematista". As videoinstalações "Projeção 0 e 1", do paulista Luís Roque, e "Petricor", da carioca Luiza Baldan, também se encaixam no contexto.
Algumas criações passeiam por mais de uma área, como as fotografias "Corpo em Segredo P" e "Corpo em Segredo B", do goiano Dalton Paula. Elas abordam o controle e o mistério e, ao mesmo tempo, ocupam um lugar no espaço. Assim como a instalação "Passagem Secreta", de Luciana Paiva, do Distrito Federal, que fica entre o desenho e o ambiente. É feita de páginas de livros atravessadas por uma fita invisível, desenhando um caminho e impondo a ocupação do espaço.
Serviço
Exposição "Intuição et Cetera"
De quinta-feira (25) até 9 de dezembro
De terça a sexta, das 12h às 18h, e sábados e domingos, das 13h às 17h
Museu de Arte Aloísio Magalhães (Mamam) - Rua da Aurora, 265, Boa Vista