|
setembro 12, 2012
ArtRio dobra de tamanho em 2ª edição por Silas Martí, Folha de S. Paulo
ArtRio dobra de tamanho em 2ª edição
Matéria de Silas Martí originalmente publicada na Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo em 12 de setembro de 2012
Feira carioca começa hoje com 120 galerias, entre elas, as gigantes Gagosian, dos EUA, e a britânica White Cube
Após faturar R$ 120 milhões no ano passado, evento tem isenção de ICMS para vender até R$ 150 milhões neste ano
Depois de uma primeira edição em que polarizou o mercado de arte no país, faturando três vezes mais que a SP-Arte, sua maior concorrente, a ArtRio é aberta hoje no píer Mauá com a presença de 120 galerias, entre elas as gigantes Gagosian, dos EUA, e a britânica White Cube.
Da primeira para a segunda edição, a feira de arte carioca mais do que dobrou seu espaço físico, passando a ocupar quatro armazéns na zona portuária, e aumentou seu orçamento de R$ 6 milhões para R$ 9,5 milhões -a feira conseguiu autorização para captar R$ 6,4 milhões em recursos incentivados.
Neste ano, o evento também terá um site de notícias e programas de rádio, o que um de seus organizadores, Luiz Calainho, chama de "tsunami do bem" para a arte.
Bem ou mal, a feira, que diz ter vendido R$ 120 milhões em obras na edição passada, pretende bater a marca dos R$ 150 milhões neste ano, uma estimativa "conservadora", de acordo com Calainho.
Esse aumento das compras está ancorado mais uma vez na isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre as transações realizadas na feira, o que costuma cortar em mais de metade o volume -alto para padrões internacionais- de impostos pagos no país em compras de arte.
"Esse ano vai ser definitivo para a gente se firmar no calendário internacional", diz Brenda Valansi Osorio, outra organizadora da ArtRio.
Na semana seguinte à abertura da Bienal de São Paulo, a feira aproveita a presença de curadores e galeristas de fora para turbinar as vendas.
Galerias como a Gagosian apostam no alto poder aquisitivo do mercado brasileiro e trazem à ArtRio obras de Picasso, Giacometti, Warhol e outras peças que não saem por menos de US$ 1 milhão.
Esse furor também força as galerias brasileiras a fazer jornada dupla, marcando presença obrigatória na SP-Arte e na ArtRio, que reúne as maiores casas de São Paulo do outro lado da ponte aérea.