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agosto 28, 2012
Mostra na Casa de Vidro abre ao público só em novembro por Fabio Cypriano, Folha de S. Paulo
Mostra na Casa de Vidro abre ao público só em novembro
Matéria de Fabio Cypriano originalmente publicada na Ilustrada do jornal Folha de S. Pauli em 25 de agosto de 2012.
Com curadoria de Hans Ulrich Obrist, evento paralelo à Bienal terá prévia para convidados em 5 de setembro
Um dos mais esperados eventos paralelos à 30ª Bienal de São Paulo, que abre em 7 de setembro, a mostra com curadoria de Hans Ulrich Obrist, na Casa de Vidro de Lina Bo Bardi, terá apenas um dia de duração. Aberto apenas para convidados, o evento acontece no dia 5.
"Será o prelúdio, com a presença de sete artistas. A primeira etapa da mostra será, de fato, inaugurada em novembro", diz a espanhola Isabela Mora, produtora-executiva da exposição.
O prelúdio contará com obras de Gilbert & George, Paulo Mendes da Rocha, Alexander Calder, Waltércio Caldas, Cildo Meireles, Cinthia Marcele e do escritório de arquitetura SANAA (Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa).
No entanto, no próprio dia 5, às 21h, os organizadores terão um evento público que deve marcar a concorrida semana pré-Bienal: Obrist irá entrevistar, no Teatro Oficina, o diretor José Celso Martinez Corrêa e Gilbert & George.
O encontro reúne o ícone do teatro brasileiro com a dupla inglesa que, desde os anos 1970, realiza performances.
A exposição na Casa de Vidro irá reunir obras de 31 artistas. Contudo, os trabalhos serão instalados em três etapas, a começar do prelúdio.
"Hans quer organizar a exposição como um 'work-in-progress'", diz Mora. A última fase, com a mostra completa, será inaugurada em março de 2013 e deve ficar em cartaz até maio do mesmo ano.
A exposição tem R$ 2,4 milhões aprovados para captação por meio da Lei de Incentivo à Cultura.
Entretanto, de acordo com o site do Ministério da Cultura, até o momento não foi conseguido nenhum recurso. "Estamos com muitos apoios sendo fechados", diz Mora.
A exposição na Casa de Vidro é a primeira de Obrist no Brasil e dá continuidade a uma série de projetos curatoriais realizadas pelo crítico em casas-museus, como nas residências de Luis Barragán, no México, e de Federico García Lorca, na Espanha.
É também a primeira vez que a casa onde morou Bo Bardi e seu marido, Pietro, abriga uma exposição.