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agosto 21, 2012
Museu de Arte Contemporânea abre mostra com primeiras obras de seu acervo, Panorama Brasil
Museu de Arte Contemporânea abre mostra com primeiras obras de seu acervo
Matéria originalmente publicada no Panorama Brasil em 19 de agosto de 2012.
Pinturas e esculturas são a maioria das obras em exposição, que englobam uma série de técnicas
São Paulo
O Museu de Arte Contemporânea (MAC) da Universidade de São Paulo (USP) inaugura neste domingo (19) uma exposição que pretende reavaliar a sua própria história. A mostra Um Outro Acervo do MAC/USP trará obras que pertenciam ao antigo Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo e foram transferidas para a criação do Museu de Arte Contemporânea, compondo seu acervo original.
Segundo a curadora da exposição, Ana Magalhães, a Divisão de Pesquisa do MAC tem uma preocupação fundamental: a pesquisa sobre o acervo da instituição. "Meu recorte dentro desta pesquisa sobre o histórico de formação do acervo é em cima do conjunto de obras modernistas. Portanto, estou lidando diretamente com a história do antigo MAM de São Paulo”, diz a curadora.
Em 1963, todo o acervo do MAM foi repassado à Universidade de São Paulo (USP) para formar a coleção inicial do MAC. Sem o acervo original e existindo apenas como nome, o MAM ficou à beira da extinção até 1967, quando Carlo Tamagni, então conselheiro da entidade, doou ao museu todo o seu acervo particular, com obras de artistas como Alfredo Volpi, Clóvis Graciano, Francisco Rebolo e Aldo Bonadei.
As obras que foram transferidas para o MAC e estarão em exposição a partir de sábado reúnem artistas como Robert Adams, Ralph Du Casse, Fritz Winter, Maria Martins, Émile Gilioli, Armando Moraes, Jose Luís Cuevas, Hans Fischer, Yozo Yamaguchi, e Juan Vilacasas, entre muitos outros. A mostra reúne 115 obras que, em sua maioria, chegaram ao MAM como prêmios da Bienal de São Paulo entre os anos de 1951 e 1963, e depois foram repassadas ao MAC.
“A mostra procura, primeiro, não trabalhar com a ideia de obra-prima. Não tem nenhuma obra ali que seja emblemática do período modernista. Ao contrário, é trabalhar com um universo de obras e nomes que são bem menos estudados. Também é pensar, pela primeira vez, não que o nosso acervo constrói a história da Bienal de São Paulo, mas que a Bienal de São Paulo é que construiu a história do nosso acervo modernista”, destacou Ana Magalhães.
Pinturas e esculturas são a maioria das obras em exposição, que englobam uma série de técnicas.