|
setembro 28, 2011
MinC lança incentivo à economia criativa, Diário do Nordeste
MinC lança incentivo à economia criativa
Matéria originalmente publicada no caderno 3 do jornal Diário do Nordeste em 28 de setembro de 2011.
O Ministério da Cultura lançou um plano para apoiar os empreendedores culturais e estimular a chamada economia criativa - geração de renda e empregos por meio da utilização de propriedade intelectual.
O plano se baseia nas ideias de Celso Furtado (1920 - 2004) - no documento, disponível no site do ministério, há inclusive uma poesia de Chico César para o economista.
O Plano da Economia Criativa define os princípios que nortearão a atuação da Secretaria de Economia Criativa do MinC, criada em janeiro e ainda em processo de implantação.
Além do plano, a secretária Cláudia Leitão anunciou que até o final do ano estarão em funcionamento cinco projetos-piloto do "Criativa Birô", escritório para apoio ao empreendedor criativo, com assessoria jurídica, de comunicação, linhas de crédito e formação profissional.
Majoritariamente programático, o plano define os integrantes da rede de apoio à economia criativa, incluindo integrantes do Sistema S (Sesi, Senai, Senac, Sebrae,...), eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio Janeiro de 2016, além de vários ministérios e órgãos como a Petrobras.
Há ainda a previsão de estratégias a serem implementadas em cada área específica e de acordo com as seis macrocategorias estabelecidas - patrimônio natural e cultural, espetáculos e celebrações, artes visuais e artesanato, livros e periódicos, audiovisual e mídias interativas e design e serviços criativos.
Muito mais que programas de incentivos à economia criativa seria muito interessante que o MinC e os
integrantes do Sistema S (Sesi, Senai, Senac, Sebrae) já começassem a gerar programas e politicas para regulamentação da profissão dos principais agentes destas culturas como os produtores culturais, os gestores de cultura e um pouco mais além os mestres das culturas populares espalhados por todo país.O que vemos infelizmente a cada programa implementado por parte do Estado é sim uma preocupação com a cultura como um todo,um todo formado de uma metade,pois neglicenciando a realidade destes profissionais persiste se dentro do pensamento futurista tão comum por aqui de avançar para frente e esquece de cuidar minimamente o que ficou pra traz, em nosso próximo passado não tão bem resolvido ainda.
É imperativo que as novas políticas culturais de governo sejam cada vez mais inclusivas para todas as partes deste magnífico universo criativo.