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setembro 15, 2011
Um brasileiro na Berliner Liste por Paula Alzugaray, Istoé
Um brasileiro na Berliner Liste
Matéria de Paula Alzugaray originalmente publicada no caderno Artes Visuais da revista Istoé em 9 de setembro de 2011.
BERLINER LISTE 2011 / Berliner Liste - TRAFO, Berlim / de 7 A 11/9
A Berliner Liste é a maior feira de arte da capital alemã. Expõe mais de cem galerias internacionais e recebe uma média de 13 mil visitantes por edição. Até aí, nenhuma novidade. Poderia ser mais uma feira no hiperinflacionado calendário europeu, mas o fato é que a Berliner Liste tem o notável diferencial de ser reconhecida como a “feira da descoberta” de novos talentos. Isso porque recebe inscrições não só de galerias, mas também de artistas autônomos, sem vínculos comerciais com marchands. Esse é o caso do fotógrafo paulistano Max GPinto, selecionado para expor na 8ª edição da Berliner Liste, na cidade que hoje é tida como a capital da arte jovem mundial.
Entre os 80 artistas expositores, a maioria é natural de Berlim, ou residente na cidade. Mas há também chineses, israelenses, franceses, suíços, russos, sérvios, norte-americanos. Além do brasileiro, nenhum outro latino-americano. Max GPinto expõe pinturas que dialogam com a linguagem da colagem, atualizando tradições que vão do objeto trouvé dadaísta à pop art. Destaque para a série intitulada “Errr”, realizada a partir de apropriações de prints fotográficas da agência Reuters de jornalismo. A intervenção do artista se dá na carga de tinta de impressora que “suja” – ou “pinta”, segundo o ponto de vista – a imagem. “A série remete aos avisos de erros nas impressoras mais antigas. O título vem da foto apropriada e as imagens mostram o nome das agências de notícias. É proposital, talvez tenha a ver com meus dois focos de trabalho, entre arte e jornalismo”, diz Max GPinto, que é pintor, fotógrafo e editor de fotografia da revista ISTOÉ.