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agosto 24, 2011
Instituto faz digitalização de 7.500 desenhos por Fabio Cypriano, Folha de S. Paulo
Instituto faz digitalização de 7.500 desenhos
Matéria de Fabio Cypriano originalmente publicada no caderno Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo em 24 de agosto de 2011.
A mostra idealizada por Hans-Ulrich Obrist para a casa de vidro de Lina Bo Bardi (1914-1992), obra construída em 1951, pode representar uma nova fase para o local.
Com horários de visitação bastante restritos, pouca gente conhece a casa no Morumbi, onde a arquiteta viveu com o marido, ex-diretor e criador do Masp, Pietro Maria Bardi (1900-1999), até a sua morte.
"Esperamos, com esse projeto, alavancar perspectivas de patrocínio", diz Renato Anelli, do conselho curador do Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, que funciona na casa.
Segundo ele, o local vive graças a um fundo criado por Bardi, constituído a partir da venda de um quadro de Goya, em 1995, quando a casa foi doada para a criação do instituto.
Lá está o mobiliário original utilizado pelo casal, grande parte dele desenhado pela própria arquiteta, assim como obras de arte ou até perfumes usados por ela.
No momento, a instituição está digitalizando e catalogando os cerca de 7.500 desenhos da arquiteta. "Com eles, esperamos ganhar dinheiro com a venda de direitos de uso, como acontece com arquitetos norte-americanos", diz Anelli. Já foram obtidos recursos para a catalogação de 1.500 documentos.
Contudo, como se trata de uma casa, que para receber visitação precisa de segurança e funcionários, são agendados apenas dois grupos por semana pelo e-mail visita@institutobardi.com.br. Com a exposição no próximo ano, o local poderá, então, ter visitas diárias e em maior número.