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agosto 18, 2011
O mínimo como máximo por Nina Gazire, Istoé
O mínimo como máximo
Matéria de Nina Gazire originalmente publicada no caderno de Artes Visuais da revista Istoé em 12 de agosto de 2011.
Courtney Smith e Ivan Navarro - The construction of volumetric inter-relationships/ Baró Galeria, SP/ até 10/9
O grupo de artistas De Stijl surgiu no início do século XX, na Holanda, mas influencia até hoje a arte e o design contemporâneos. De origem holandesa, o termo pode ser traduzido em português para “do estilo”. E apesar de ter o abstracionismo em comum com outras propostas estéticas vanguardistas, na produção do De Stijl a abstração ressaltava a pureza das formas. A este apreço pelo minimalismo de composição geométrica deu-se o nome de neoplasticismo e, entre seus representantes, está o célebre holandês Piet Mondrian e o belga Georges Vantongerloo, cuja escultura “The Construction of Volume Relations” inspirou a mostra “The Construction of Volumetric Inter-relationships”, em cartaz na Baró Galeria, em São Paulo.
A ideia de usar a obra de Vantongerloo como inspiração partiu do casal de artistas Courtney Smith, francesa radicada no Brasil, e Ivan Navarro, chileno. Tanto Courtney quanto Navarro possuem uma produção artística que se apropria de materiais domésticos, como móveis, luminárias e restos de assoalhos. Nesta mostra os objetos e instalações criadas pelos artistas encontram eco nas esculturas de características modulares e geométricas do artista belga. “A ideia foi fazer uma reinterpretação do formalismo e da geometria de George Vantonge rloo pelo viés da arte conceitual contemporânea”, afirma Courtney Smith. Exemplo é o painel em grandes dimensões feito com restos de pisos de taco (foto) de diferentes cores, apresentando uma composição que também se assemelha às sobreposições geométricas de Mondrian. Se os neoplasticistas prezavam pelo minimalismo das formas, Courtney e Navarro nos lembram que também é possível alcançar o máximo de simplicidade usando os restos e os excessos do cotidiano.