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agosto 8, 2011
Novas políticas para a arte contemporânea por Nina Gazire, Istoé
Novas políticas para a arte contemporânea
Matéria de Nina Gazire originalmente publicada no caderno de Cultura da revista Istoé em 5 de agosto de 2011.
Desde que foi criado em 2009, o Instituto Brasileiro de Museus vem fazendo uma série de ações voltadas para a manutenção e modernização dos museus
Desde que foi criado em 2009, o Instituto Brasileiro de Museus vem fazendo uma série de ações voltadas para a manutenção e modernização dos museus. Entre as necessidades levantadas durante esse período pelo órgão ligado ao Ministério da Cultura está a formação de uma coleção nacional de arte contemporânea. Em agosto, o Ibram pretende selecionar por meio de um edital um grupo de dez artistas que terão verba de R$ 1,4 milhão para realizar uma obra cada um, destinadas aos museus de arte fora do eixo Rio–São Paulo. “A escolha dos artistas será dada por meio de uma comissão de curadores. Queremos formar uma coleção continuada de obras contemporâneas para que o País possa se relacionar com esse tipo de produção”, diz o presidente do Ibram, José Nascimento Júnior. Além desse edital, que deve ser anual, este mês o governo divulga um edital para o Prêmio Ibram RioArt Fair, que acontecerá em setembro, na primeira edição da feira de arte do Rio de Janeiro. As obras de arte premiadas serão depois expostas no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio.
"o Ibram pretende selecionar por meio de um edital um grupo de dez artistas que terão verba de R$ 1,4 milhão para realizar uma obra cada um, destinadas aos museus de arte fora do eixo Rio–São Paulo"... essa ação me parece mais uma 'ação panfleto, midiatica (populsita até)' do que criar de fato mecanismos que permitam aos museus (fora do eixo) terem uma continuidade (e apridade) assim como suporte em sua programação ou ainda nas suas possibilidades de aquisição (ou o que seria melhor, suporte à novas produções). Museu não serve apenas para 'comprar obra para o acervo' (lembremos que na maioria dos museus aqui no Brasil, o acervo fica guardado, em péssimas condições de conservação muitas vezes). Me parece que falta pensar a que (quem, publico, etc.) servem os Museus Contemporâneos, senão ficamos limita-se o papel deste dispositivo cultural ao papel de mera 'butique cara e restrita..." e sob a mesma política do clientelismo galeria-museu-colecionador... museu é publico, e para o público.
Posted by: Jose at setembro 5, 2011 3:11 PM1,4 milhao. 10 artistas e 10 obras. Da ate um titulo pra exposicao... E Artdaily vai adorar! Pelo que estou entendendo esta sobrando dinheiro no Brasil pra area cultural. Em breve estarei ai.. Nem aqui na Australia ouvi falar em tanta grana pra costear obras de arte. Eu falo Australia porque o governo e as empresas privadas investem pesado no setor. Isso ai esta com cheiro de mu... O que se precisa fazer no Brasil, antes do mais nada, 'e investir em educacao, programs educativos. Na minha ultima visita no ano passado vi exposicoes muito interessantes, com obras de arte inteligentes e criativas, porem o museu/galeria estavam as moscas. Onde estaria o publico? No estadio do Maracana? Talvez... Temos de formar publico, apreciadores de arte. Para isso e preciso investimento no setor. As exposicoes no Brasil sao interessante, algumas nao deixam dever nada para aquelas realizadas nos paises de primeiro mundo. Porem, pouco se faz a respeito de PROGRAMAS EDUCATIVOS. Alias, em muitos casos eles nem existem. Nisso o Brasil tem de investir pesado e coloca pesado nisso. Uma exposicao pede palestras, debates, guias especializados, cinema com a tematica da exposicao, festas, estudos focados na tematica da exposicao e outras atividades. Nao vejo nada disso. E quando tem e mal feito. Que tal usar esse dinheiro em programas educativos entao? Alias, com 1.4 milhao aqui na Australia compra-se 40, 50 obras de qualidade e de artistas renomados. Acorda mundo da arte brasileiro. Utlize o dinheiro para o setor sabiamente, nao para o enriquecimento de alguns!
Posted by: Clay at setembro 6, 2011 8:07 AM