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agosto 2, 2011
Museu Afro Brasil vive crise na direção por Silas Martí, Folha de S. Paulo
Museu Afro Brasil vive crise na direção
Matéria de Silas Martí originalmente publicada na Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo em 2 de agosto de 2011.
Instituição ligada ao governo paulista demitiu diretor-executivo e perdeu cinco conselheiros no mês passado
Diretor-geral, Emanoel Araujo, chama episódio de 'desentendimento' e secretário da Cultura diz que é 'contornável'
Uma crise se instalou na direção do Museu Afro Brasil. Depois que foi demitido o diretor-executivo, Luiz Henrique Neves, a presidente do conselho, Lígia Ferreira, e outros quatro membros do grupo abandonaram seus cargos.
Saíram do conselho em julho, além da presidente, Maria Cristina de Oliveira Bruno, Vagner Gonçalves da Silva, Renato de Almeida Vieira e Silva e Lourivaldo Ribeiro.
Dirigido e idealizado pelo artista Emanoel Araujo, o museu, que é subordinado à Secretaria de Estado da Cultura desde 2009 --quando chegou a ficar uma semana fechado por falta de verba--, agora enfrenta um apagão na gestão.
Neves diz ter sido demitido "sem razão", mas alega que já queria sair. Foi ele quem coordenou a conversão do museu para o modelo de organização social hoje vigente no Estado, que se aproxima mais do setor privado, mas com verbas estatais.
No caso do Museu Afro Brasil, o orçamento anual, repassado pelo governo, gira em torno de R$ 8,5 milhões. Embora todos os conselheiros tenham afirmado em suas cartas de demissão que deixam o posto por motivos pessoais, a dificuldade em trabalhar com Emanoel Araujo é citada por quase todas as fontes ouvidas pela Folha.
"Ele é uma pessoa difícil de lidar, tem sua genialidade, mas é uma pessoa muito complicada", diz Neves. "Foi se desgastando, meu relacionamento com ele, então resolvi por bem terminar isso."
Araujo afirmou à Folha que a demissão de Neves visava tornar "mais eficiente" a gestão do museu, além de cortar gastos. Também disse que o ex-diretor não se ocupava de planos institucionais nem foi capaz de entregar o que o conselho cobrava dele. "Houve um certo estresse, mas é natural que haja entendimentos e desentendimentos", diz Araujo, que não pretende contratar outro profissional para substituir Neves. "Não houve nada grave."
Quanto à substituição dos conselheiros e do presidente do grupo, nenhuma decisão foi tomada, mas a Secretaria de Estado da Cultura vem acompanhando o caso.
"Foi um desentendimento, mas nada que não seja contornável e superável", disse Andrea Matarazzo, secretário paulista da Cultura. "Estamos empenhados para que eles recomponham o conselho."
Números também são monitorados pelo governo. De acordo com os dados, o Museu Afro Brasil só superou sua meta de público no ano passado, mas teve desempenho mais tímido em 2009 e neste primeiro semestre.
Voltado a exposições de cultura e artes visuais afro-brasileiras, o museu tem um acervo de mais de 4.000 obras, 2.000 delas doadas pelo próprio Emanoel Araujo para compor a coleção.
Ninguém demite executivo eficiente!
Esta matéria está muito fraca.
O Diretor executivo Luiz Henrique Marcon Neves foi demitido por falta de competência, há mais de um ano e meio no cargo não fez o mínimo que um executivo deveria fazer. E é bom lembrar que ele era o diretor administrativo financeiro do museu quando este fechou por falta de verba (sua incompetência já era conhecida). Passou de diretor administrativo financeiro para diretor executivo por pressão da Secretaria de estado da Cultura, que viu nele uma pessoa confiável para aplicar sua ingerência nesta instituição, ninguém queria ele lá, o Emanoel Araujo teve que engolir este sapo por pressão da Unidade de museus da Secretaria de cultura do Estado.
Como em qualquer OS, quem demite o diretor é o conselho administrativo ratificado pela assembleia de associados. Isso deve ter ocorrido lá. Pelo que soube, o conselho estava questionando a aeficiência do Luiz Henrique há tempos.
A saída dos conselheiros nada tem a ver com a saída do diretor.
Posted by: Carlos at agosto 4, 2011 7:21 PMgente, vamos lá: é matérias do Silas, da Folha...
se querem mais do que fofoca e desinformação, procurem em outro lugar. aliás, não entendo pq o Canal Contemporâneo insiste em republicar essas coisas
Posted by: ... at agosto 11, 2011 6:38 PMAlém de acharmos importante informar sobre a desinformação a respeito da cultura nos grandes jornais, o trabalho Como atiçar a brasa tem o objetivo de estimular as pessoas a escreverem para os jornais comentando as matérias. Quem sabe, com isso, conseguiríamos alguma melhora na cobertura da área de arte, museus e políticas culturais.
Posted by: Patricia Canetti at agosto 31, 2011 1:07 PM