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julho 11, 2011
Portinari sofre no porão, mas tem catálogo por Silas Marí, Folha de S. Paulo
Portinari sofre no porão, mas tem catálogo
Matéria de Silas Martí originalmente publicada no caderno Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo em 9 de julho de 2011.
Mesmo ocupando o úmido e apertado porão do solar Grandjean de Montigny, dentro da PUC do Rio, o Projeto Portinari serve como espécie de contraponto a tentativas de herdeiros de gerenciar e cuidar de seus acervos.
Contraponto porque foi o primeiro a concluir, em 2004, um catálogo raisonné da obra de Portinari e tornar disponível on-line uma farta documentação reunida em torno dele.
Também por ter articulado um ambicioso processo de restauro dos painéis "Guerra e Paz", que adornavam o saguão da sede das Nações Unidas, em Nova York, desde 1957.
Mas a diferença talvez seja o fato deste ser o único projeto com patrocínio fixo, que garante o orçamento de R$ 600 mil.
Ainda assim, João Candido Portinari, filho do artista, autorizava até pouco tempo atrás a reprodução em massa de quadros de seu pai, vendidos como item de decoração.