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maio 19, 2011
Matarazzo indica André Sturm para comandar o MIS por Fabio Cypriano, Folha de S. Paulo
Matarazzo indica André Sturm para comandar o MIS
Matéria de Fabio Cypriano originalmente publicada no caderno Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo em 19 de maio de 2011.
Leia também as matérias e respostas que compõem o Dossiê MIS e Paço das Artes: A morte anunciada de um modelo de gestão.
Secretário de Estado da Cultura quer museu menos hermético e mais dedicado ao cinema e à fotografia
Organização social que administra a instituição vai debater indicação do dono do Belas Artes em assembleia amanhã
André Sturm, coordenador de Fomento e Difusão da Produção Cultural da Secretaria de Estado da Cultura e proprietário do Cine Belas Artes, deve ser o novo diretor do MIS (Museu de Imagem e Som) de São Paulo.
Nos últimos dois meses, o secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo, passou a cobrar mudanças na orientação do MIS à OS (organização social) que a administra e que cuida também do Paço das Artes.
"O MIS precisa dar um salto, não pode ser tão hermético. Não se pode pôr R$ 12 milhões por ano para um público de apenas 80 mil pessoas", disse o secretário. Foi o próprio Matarazzo quem apresentou o nome de André Sturm ao conselho da OS.
"Ele tem o perfil ideal para a nova cara que queremos para o MIS", avaliou.
"A ideia é manter o foco nas novas mídias, mas fazer o museu voltar a ser referência no cinema e na fotografia", afirmou o secretário.
ASSEMBLEIA
Sturm ainda não foi convidado formalmente, mas seu nome deve ser tratado numa assembleia da OS de amanhã, na qual será apresentado um redesenho da instituição. Houve corte de 25% em seu orçamento, caindo de R$ 12 milhões para R$ 9 milhões "No começo da minha carreira, mostrei meu segundo curta no MIS. Era um lugar muito vivo", disse Sturm em conversa com a Folha.
Sua presença, contudo, não é defendida por todos os conselheiros do museu. "As OSs foram criadas para dar respeito a diretrizes. Que diretrizes são essas e como negociá-las é o que está em pauta", explicou o conselheiro Rubens Machado.
Para ele, "se o André vier, ele vem de paraquedas, mantendo uma ação que se tentou evitar".