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março 29, 2011
Bienal do Mercosul deve reunir obras de 100 artistas, Estadão.com.br
Bienal do Mercosul deve reunir obras de 100 artistas
Matéria originalmente publicada no caderno de cultura do Estadão.com.br em 29 de março de 2011.
Uma Bienal não é um cineclube, uma enciclopédia, um arquivo, uma feira de arte, um museu. Essas são algumas das afirmativas - e críticas - do colombiano José Roca levadas em conta para conceber o projeto geral da 8.ª Bienal do Mercosul, da qual é o curador-geral. A mostra, a ser inaugurada em 9 de setembro e que se estenderá até 15 de novembro, em Porto Alegre, terá a participação de cerca de 100 artistas, "70% deles, da América Latina", diz Roca - e nessa equação o Brasil vai prevalecer. Os criadores convidados serão anunciados apenas em maio, mas os curadores da 8.ª edição já fecharam mostras e atividades.
Orçada em cerca de R$ 18 milhões, a 8.ª Bienal do Mercosul, sob o título Ensaios de Geopoética, tem como tema a questão do território, sobre a ideia de Estado e Nação, informa Roca. "Um tema é uma estratégia, é um jeito de atuar em um território", afirma o curador colombiano.
Esta edição vai homenagear o chileno Eugenio Dittborn (com mostra no Santander Cultural e itinerâncias) e ainda contará com as seções Cadernos de Viagem (em que artistas vão criar seus trabalhos inspirados em experiências em cidades gaúchas como Pelotas e Caxias do Sul, por exemplo, e apresentar também suas obras em instituições desses locais); Cidade Não Vista (uma proposta diferente de arte pública, com criações de caráter sensorial em nove prédios de Porto Alegre); Continentes (de residências artísticas no RS); Além Fronteiras (mostra de caráter histórico, com curadoria de Aracy Amaral); Geopoéticas (exposição principal com trabalhos de cerca de 60 artistas, no Cais do Porto); e terá ainda a Casa M, espaço dedicado a palestras e intervenções artísticas, a partir de 24 de maio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.