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março 19, 2011
Programa Metrópolis sobre a retrospectiva de Leonilson “Sob o Peso de Meus Amores” no Itaú Cultural
Crítica de arte e biógrafa Lisette Lagnado comenta a retrospectiva “Sob o Peso de Meus Amores” que reúne 300 obras do artista plástico no Itaú Cultural. O programa traz também depoimentos do jornalista Yan Fjeld, do artista Sergio Romagnolo e do jornalista e crítico de arte Fabio Cypriano.
Lisette Lagnado:
"Como se não houvesse uma coerência, como se um artista moderno por excelência devesse fazer uma opção por um material, por um suporte ou por uma questão e não era o caso dele. Então, você pergunta se ele tem uma atualidade hoje; eu acho que tem, sobretudo porque ele ficou sozinho. Ele é um artista que surge na Geração 80 junto com um bando de outros pintores, mas ele é o único que permanece; justamente, eu diria, por ter se distanciado dessa questão do mercado e por ter olhado essa questão interior dele, que em 89 é como nomear essa doença. Como nomear a AIDS, como falar disso, como falar de uma coisa que torna você o sujeito mais perigoso porque você é contaminado."
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"A década de 80, que é uma década maldita, em muitos sentidos, não só por causa do boom do mercado - parece que todos os artistas eram fúteis, como se eles só pensassem no sucesso. E Leonilson vive essa passagem: ele é um sucesso e ele vê a decadência dessa geração Yuppie."
Referência:
LAGNADO, Lisette. Leonilson: São tantas as verdades. São Paulo: DBAM, 1998.
AGENDA DE EVENTOS
Leonilson - Sob o Peso dos Meus Amores, curadoria de Bitu Cassundé e Ricardo Resende, no Instituto Itaú Cultural, de 17/03/2011 a 29/05/2011
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