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novembro 22, 2010
Mais verbas, mais ações, mais polêmicas por Carolina Santos, Diario de Pernambuco
Matéria de Carolina Santos originalmente publicada no caderno Viver do Diário de Pernambuco de S. Paulo em 21 de novembro de 2010
No dia 3 de outubro, o governador Eduardo Campos garantiu a reeleição com uma aceitação expressiva de 82% dos votos. Com isso vem a continuação da política cultural implantada na sua gestão e coordenada pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Durante o primeiro mandato, municípios do Litoral ao Sertão receberam ações e investimentos do programa Pernambuco Nação Cultural. O nome megalomaníaco deu o tom dos projetos da gestão. ´Quando fui apresentar o Nação Cultural ao então ministro Gilberto Gil, achei que era pretensioso. Mas é um nome que revela a diversidade existente no estado`, explica Luciana Azevedo, que ocupa a presidência e deve permanecer no cargo. Com o fim do primeiro mandato do governo, um balanço se faz necessário.
Para muitos, o principal trunfo da Fundarpe nesses quatro anos foi a interiorização das ações de cultura. Ao todo foram 34 festivais com shows, oficinas, exposições e espetáculos de dança e teatro. Paraoutros, a ampliação das verbas na área de fomento foi o mais decisivo. O Funcultura, o principal edital na área de cultura do estado, passou de R$ 4 milhões por ano para R$ 22 milhões em 2010. Na área do audiovisual, as verbas por meio de edital saíram de R$ 560 mil, incorporadas no Funcultura, para um edital próprio de R$ 8 milhões. Isso se refletiu rapidamente na produção pernambucana que hoje produz seis longas-metragens por ano. Outra vitória na área foi a recuperação do Cinema São Luiz.
Empregos
A política da cultura como um incentivador de geração de emprego também rendeu frutos nesses quatro anos com a criação de 175 mil postos de trabalho diretos temporários. Mas, claro, ainda há muito a ser feito. No interior, são poucas as cidades com teatros. Salas de cinema foram erguidas e não há programação para o público - funcionam apenas durante festivais do Nação Cultural. ´Reformamos o cinema com dinheiro da Fundarpe. Mas, desde então, tivemos pouco contato com o órgão. Nem vieram aqui ver se a obra tinhaficado pronta`, reclama o gerente de uma sala no Sertão do estado, que não quis se identificar. De acordo com Luciana Azevedo, isso é trabalho para os próximos quatro anos. ´Nós construímos e amplimos a estrutura. Agora vamos trabalhar nos detalhes e na qualidade dos serviços`, promete.