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setembro 17, 2010
Bienal terá Glauber Rocha e José Celso por Fabio Cypriano, Folha de S. Paulo
Matéria de Fábio Cyprianooriginalmente publicada na Ilustrada da Folha de S. Paulo em 17 de setembro de 2010.
Programação dos primeiros quinze dias de exposição incluirá cinema e performances, além de ciclo de debates
Obra de Lygia Pape e encenação de "Bailado do Deus Morto" pelo grupo Teatro Oficina são destaques do evento
Glauber Rocha, José Celso Martinez Corrêa, Agnés Varda e Maurício Ianês são alguns dos nomes que passam a integrar a seleção de artistas da 29ª Bienal de SP.
Eles fazem parte da programação dos terreiros da mostra, que a Folha obteve.
Anteontem, foi definido o programa de eventos dos 15 primeiros dias da mostra, que irá se desenvolver basicamente em três terreiros, espaços de convivência organizados pela curadoria: "A Pele do Invisível", dedicado à exibição de filmes, "O Outro, o Mesmo", para performances, e "Eu Sou a Rua", para práticas discursivas.
"Em cada um desses espaços buscamos ultrapassar as divisões tradicionais, tanto faz se o filme é mais próximo do cinema ou das artes plásticas, ou se é dança ou performance", diz Pedro França, coordenador do programa dos terreiros.
OFICINA
No primeiro fim de semana, o destaque fica por conta da reencenação de "Divisor", de Lygia Pape (1927-2004), embaixo da marquise do Ibirapuera, da palestra com Joseph Kosuth, um dos pioneiros da arte conceitual, no terreiro "Eu Sou a Rua", ambas no sábado, e a encenação do "Bailado do Deus Morto", de Flávio de Carvalho (1899-1973), com o Teatro Oficina e direção de José Celso Martinez Corrêa, no domingo.
No terreiro "A Pele do Invisível", serão exibidos dez programas de filmes que irão se revezar, um por dia, até 12 de dezembro.
Entre eles, estão desde produções históricas como "Pátio" (1959), primeiro filme de Glauber Rocha (1939-1981), até recentes sucessos no exterior, como "Uma Carta para Tio Boonmee" (2009), do cineasta tailandês Apichatpong Weerasethakul.
A filósofa Marilena Chauí irá coordenar um ciclo de debates e a cada sábado abordará uma obra da Bienal.
Já Maurício Ianês, que causou sensação na Bienal passada, ao entrar nu no pavilhão e lá permanecer 13 dias, dessa vez ficará ouvindo histórias por 20 dias para, numa data a ser anunciada, organizar uma leitura simultânea com cem deles no prédio.
Ao longo da mostra, a programação de eventos será atualizada.