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setembro 10, 2010
Exposição paralela em 2012 selecionará artistas emergentes por Fábio Cypriano, Folha de S. Paulo
Matéria de Fábio Cypriano originalmente publicada na Ilustrada da Folha de S. Paulo em 10 de setembro de 2010
A 30ª Bienal de São Paulo, que deve ocorrer em 2012, ainda não tem curador definido, mas já se sabe que uma de suas mostras paralelas vai alcançar uma imensa repercussão.
Organizada pelo museu Astrup Fearnley e a galeria Serpentine, de Londres, uma exposição com curadoria de Hans-Ulrich Obrist, da instituição inglesa, e Gunnar Kvaran, pela Noruega, além de Julia Peyton-Jones e Paulo Herkenhoff, irá mapear cerca de 50 artistas brasileiros emergentes.
Depois de São Paulo, a mostra segue para Inglaterra, Noruega e França.
Kvaran e Obrist, considerado pela revista Artreview, em 2009, como a personalidade mais poderosa do mundo da arte contemporânea, já realizaram outras três mostras do mesmo tipo.
A primeira, "Uncertain States of America" (2005), organizada junto com Daniel Birnbaum, mapeou a jovem produção norte-americana. Seguiram-se "China Power Station" (2007) e "Indian Highway" (2008), todas no mesmo modelo.
CURADOR LOCAL
"No Brasil, por sua complexidade, pela primeira vez estamos incluindo um curador local, que é o Herkenhoff", conta Kvaran, que espera apoio da Fundação Bienal para a execução da mostra no país.
"Por enquanto é um projeto, mas estamos discutindo a coprodução dessa mostra; como a Bienal tem um caráter internacional, acredito que essa outra exposição não seja uma concorrência à Bienal", disse Heitor Martins, cujo mandato se encerra após a 29ª Bienal.
Em Oslo, a mostra de arte brasileira será exibida já na nova sede do Astrup Fearnley, projetada pelo italiano Renzo Piano e prevista para ser inaugurada em 2012.
"Tivemos que convencer alguns diretores de museu para que suas instituições apresentassem a arte da Índia ou da China. Agora, em se tratando do Brasil, já temos mais de dez instituições interessadas no tema", conta ainda Kvaran.