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junho 22, 2009
Juiz nega pedido da Promotoria para afastar a diretoria do Masp por Diógenes Campanha, Folha de S. Paulo
Matéria de Diógenes Campanha originalmente publicada na seção Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo, em 17 de junho de 2009.
A Justiça negou pedido do Ministério Público para que a diretoria do Masp (Museu de Arte de São Paulo) fosse afastada de suas funções.
O juiz Alfredo Attié Jr. considerou "ilegítima" a condição de réus do ex-presidente do museu, Julio Neves (hoje conselheiro da instituição), e de nove diretores.
Eles são acusados de má gestão pela promotora Mariza Tucunduva, do Meio Ambiente, autora da ação civil impetrada em agosto de 2008. Ela pedia o afastamento dos dirigentes -entre eles João da Cruz Vicente de Azevedo, secretário-geral do Masp no início do processo e eleito para a presidência em novembro- e a realização de uma nova eleição.
O juiz manteve apenas a pessoa jurídica do Masp como réu da ação e acolheu parcialmente as pretensões da Promotoria, declarando "o valor cultural para o povo brasileiro do acervo histórico e artístico" do museu.
Embora a sentença cite "problemas de ordem administrativa" e necessidade de aperfeiçoamento, Attié Jr. diz que "não se pode falar em má gestão" nem "imputar culpa" aos dirigentes. A promotora vai recorrer, por considerar a decisão "contraditória". "O juiz admitiu problemas na administração, mas eximiu os administradores de responsabilidade."