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maio 20, 2009
Mesmo com crise, SP Arte chega maior à 5ª edição por Fabio Cypriano, Folha de S. Paulo
Mesmo com crise, SP Arte chega maior à 5ª edição
Matéria de Fabio Cypriano originalmente publicada no Jornal Folha de S. Paulo, em 13 de maio de 2009.
Feira paulistana aberta hoje no pavilhão da Bienal terá a participação de 80 galerias, entre brasileiras e estrangeiras
"Nós surgimos numa fase de crescimento do mercado e nadamos de braçada, mas a situação hoje não é difícil", diz diretora Fernanda Feitosa
Acompanhando o surto na ascensão dos preços na arte contemporânea pré-colapso financeiro, a feira SP Arte, que é inaugurada hoje à noite para convidados, dobrou de tamanho em seus cinco anos de existência: de 40 galerias chegou agora a 80.
E a crise? "Nós surgimos numa fase de crescimento do mercado e nadamos de braçada, mas a situação hoje não é difícil, pois a crise está chegando aqui menos acelerada do que na Europa e o cenário que temos hoje é o que estávamos acostumados, antes é que era uma exceção", diz Fernanda Feitosa, 42, diretora geral do evento.
No entanto, assim como no cenário internacional, Feitosa acredita que existe uma nova postura no circuito das artes: "Quando há excesso de dinheiro, as pessoas são menos seletivas, mas agora as compras são mais conscientes, a qualidade irá ter mais importância e as galerias sabem disso."
Como exemplo, a diretora aponta para o estande da galeria mineira Celma Albuquerque. "Olha lá, em vez de encher o espaço com pequenos trabalhos, eles apresentam apenas uma instalação do José Bento, o que é uma aposta bacana", diz Feitosa. A instalação é composta pela série "Viagem de Balão", com nove fotografias, o vídeo "Verdades e Mentiras" e a escultura "Ócio".
Outro destaque da feira é um "Bicho", de Lygia Clark, realizado em 1984 e que, segundo Luiz de Paula Séve, da Galeria de Arte Ipanema, que comercializa a obra, é o maior já feito pela artista e tem seu preço em torno de US$ 1 milhão. Nesse ano, contudo, com um espaço para jovens galerias, como Polinésia, Emma Thomas e Mezanino, há maior variedade de preços.
Assim como no ano passado, esta edição da SP Arte também irá patrocinar a compra de algumas peças na feira para instituições brasileiras.
O Iguatemi dará R$ 30 mil para a Pinacoteca do Estado e para o Museu de Arte Moderna do Rio, na contrapartida que cada uma coloque mais R$ 10 mil para aquisição, enquanto a própria feira irá doar uma peça para o MAM paulista.
Já o Banco do Espírito Santo também doará um trabalho para a Pinacoteca. As aquisições devem ser anunciadas hoje.
Já o programa com debates, que sempre ocorre paralelamente ao evento, acontece, desta vez, na quinta e na sexta, no auditório do MAM, e terá a presença, entre outros, da curadora do Centro Georges Pompidou, Emma Lavigne.
Assunto comentado em burburinho na feira é a candidatura de Heitor Martins, casado com Feitosa, à presidência da Fundação Bienal de São Paulo. "Isso é um assunto dele, é ele quem vai decidir o que fazer, nós temos muito independência um do outro", diz a diretora, que já tem agendada a feira no espaço da Bienal até 2015.
A SPArte cobra R$50.000 por stand em média, fazendo uma conta ligeira, o faturamento das 80 galerias somam R$4.000.000 brutos, uma boa grana para uma feira de apenas 4 dias, uma milhão de reais por dia. Um bom negócio para um mercado onde um pouco mais de 8% das galerias participantes fazem negócios... certo? Seria esse um dos motivos do conselho da FB convidar o empresário Heitor Martins, será que ele irá topar? Eu não tenho dúvidas... Vamos aguardar os próximos capítulos!!!
Posted by: Roberto Silva at maio 21, 2009 5:01 PMdeixaram a xiclet participar dessa vez???
Posted by: rogerio at maio 22, 2009 9:35 PMTá ai....gostaria de ver a Xiclet lá!!