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abril 6, 2009
Fundarpe negocia com bolsistas do Salão por Tatiana Meira, Diário de Pernambuco
Matéria de Tatiana Meira originalmente publicada no caderno Viver do jornal Diário de Pernambuco, em 6 de abril de 2009.
Até sexta-feira desta semana devem começar a ser pagas as parcelas em atraso das bolsas mensais dos contemplados no 47º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco. O compromisso foi assumido publicamente na última sexta-feira, numa reunião no Museu do Estado de Pernambuco, onde compareceram quatro dos 21 artistas selecionados, para conversar com representantes da Fundarpe, que organiza o evento. Também está sendo providenciada uma complementação orçamentária para suprir os 30% de desconto, referentes a tributos, que foram aplicados às duas primeiras parcelas (pagas no final de dezembro) e também serão retirados das três parcelas seguintes. A partir daí, o restante da verba será pago a cada mês de forma integral (em parcelas de R$ 1,5 mil). O desconto de 30% é referente ao imposto de renda e ocorre pois o edital foi enquadrado na categoria de prêmio.
"Esta é uma solução imediata para garantir que os artistas não tenham prejuízo e possam continuar suas pesquisas. No próximo edital, esperamos que estes trâmites burocráticos e jurídicos já estejam resolvidos", pontua Cláudia Moraes, responsável pela produção executiva do Salão de Artes Plásticas. Embora esteja orçado em R$ 1,5 mihão, com rubrica única a partir do Funcultura Estadual, o cronograma de pagamento das bolsas está atrasado em seis meses e existem sete bolsistas que ainda não começaram a receber sua parte, pois havia documentos pendentes.
Segundo Luciana Padilha, coordenadora do Salão, o cronograma foi mudado diversas vezes, o que tornou o processo mais vagaroso. Além disso, explica ela, na mudança de ano, o governo estadual necessita fazer a prestação de contas, o que emperrou ainda mais a liberação dos recursos. "Temos tentado conseguir respostas e afirmações, mas dependíamos da Receita Federal, da Receita Estadual e do jurídico da Fundarpe. Queremos amarrar dois encontros entre os orientadores e os bolsistas, para setembro", afirma Luciana, acrescentando que é provável que o Salão ocorra em novembro, mas ainda não é possível oficializar prazos.
Até agora, foram realizadas seis oficinas artísticas dentro da programação do Salão, além da exposição Presença da xilogravura popular nas obras de Samico e Narrativas em madeira e muro, de Derlon. Luciana diz que não falta comunicação entre a equipe da Fundarpe e os artistas, que estão sendo contatados por e-mail e por telefone. "É uma cobrança pertinente deles, mas pedimos também que formalizem os documentos e tudo sobre o que tiverem dúvidas, pois isso será um instrumento para nos dar agilidade e que pode defendê-los", ressalva Cláudia Moraes.
Os artistas Marcos Costa e Carlos Mascarenhas, selecionados com o projeto Ópera crua, revogaram a desistência do projeto, pois entenderam que não estavam dispostos a devolver em dobro o total da premiação (de R$ 15 mil), como está previsto no artigo 21 do regulamento do Salão. "Numa postura radical, não haveria ganhos para nenhum dos lados. Estamos sentindo a boa vontade da equipe do evento em resolver o problema e vamos dar este crédito e ver como funciona", pondera Marcos Costa, reforçando que apesar de já ter iniciado a etapa do mapeamento de seu projeto, foi obrigado a parar no primeiro mês, pois não tinha recursos para comprar equipamento de audiovisual necessário para realizar Ópera crua.
É o medo. Aqui em Pernambuco quem denuncia é perseguido.Terra dos coronéis, os coitados dos artista até que gritaram, mas, taparam a boca deles com areia da praia de boa viagem.
Posted by: lucianamarques at abril 11, 2009 2:26 PMTriste, saber , que serão R$15.000,00 destinados para as famosas "pesquisas" de bobagens da tal arte contemporânea.Do nada pra lugar nenhum.
Posted by: Ana Fabíola at abril 14, 2009 5:26 PM