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dezembro 3, 2007
É positiva a proposta para a 28ª Bienal de SP, que prevê, entre outras coisas, um andar vazio?, textos de Ivo Mesquita e Nelson Aguilar, Folha de São Paulo
É positiva a proposta para a 28ª Bienal de SP, que prevê, entre outras coisas, um andar vazio?
Textos de Ivo Mesquita e Nelson Aguilar, originalmente publicados na Folha de São Paulo
SIM
Temos que enfrentar o horror ao vazio
Texto de Ivo Mesquita, originalmente publicado na Folha de São Paulo, no dia 01 de dezembro de 2007
"Estragon: We are numbed" (S. Beckett, "Waiting for Godot", 1955)*
O projeto proposto para a 28ª Bienal de São Paulo, diferentemente do que parece ter sido a compreensão geral da mídia, não tem como tema o vazio nem quer fazer dele objeto de um espetáculo curatorial arrogante, narcisista e frívolo. O que ele põe em questão, problematizando, não é a arte ou a produção artística diretamente, mas, sim, o sistema e a economia das bienais, que se nutrem delas, e toma a Bienal de São Paulo como caso para observação e análise.
Assim, a 28ª BSP se articulará a partir de quatro componentes: biblioteca, arquivo e website sobre as bienais no circuito artístico contemporâneo, organizados a partir de documentos no arquivo Wanda Svevo da Fundação Bienal de São Paulo (seu único patrimônio, a memória), provendo suporte ao ciclo de conferências; uma praça, passagem livre com a cidade, lugar para acontecimentos e construção do social, marcando uma abertura da instituição às energias que vêm do seu entorno; entre eles, o segundo andar do pavilhão, totalmente aberto, materializando o gesto de suspensão da mostra e a busca por novos conteúdos e configurações; e, por fim, publicações que sistematizarão idéias e trabalhos desenvolvidos.
Com exceção do segundo andar, todos os demais espaços terão trabalhos e intervenções de artistas convidados. Portanto, haverá bastante para ver e pensar, só que não no formato tradicional de uma exposição. Aprendemos com a arte que tudo pode ser diferente. Questão de experimentar.
É importante que também seja percebido que a divisão dos espaços conforme proposto pelo projeto, um intervalo entre dois campos de energia (a praça -a intuição e os sentidos; a biblioteca -a razão organizadora), é um gesto simbólico, radical, mas necessário ao exercício da criatividade e da imaginação. Esse gesto toma o espaço em sua estrutura como o lugar onde as coisas são em potência, um devir pleno e ativo, ao contrário de algo niilista, onde as coisas deixam de ser e perdem o sentido.
É ali, no território do suposto vazio, que a intuição e a razão encontram solo propício para fazer emergir as potências da invenção, abrindo múltiplas possibilidades para ser cruzado. Faz um corte, suspendendo o processo voraz de produção e consumo de representações, para problematizar o possível esgotamento dos diversos discursos no território da instituição. O corte aqui quer aguçar a crise da organização, do modelo, do sistema, e não recalcá-los com mais uma exposição.
A proposta para a 28ª BSP é suspender a mecânica das sucessivas bienais desde 1951 para considerar o descompasso entre o modelo atual da mostra e a realidade em que ela se inscreve, seja local, seja internacionalmente. Um processo de análise da sua condição presente poderá apontar perspectivas para uma nova etapa do seu programa diante dos desafios do século 21. O objetivo é colocar a Bienal de São Paulo novamente "em vivo contato" com a sua história, a sua cidade, os seus pares e o seu tempo. O meu compromisso, e o do projeto, é com a instituição e o valioso serviço que ela tem prestado à cidade, ao país e à arte contemporânea.
Na Bienal, aprendi a história dessa arte e os princípios da minha profissão. É por acreditar que ela, ante uma crise vocacional quase endêmica (sem espaço aqui para explicar como e por que) e que, por ter lastro de trabalho feito e história construída, merece o investimento na busca de novas possibilidades para a instituição.
Afinal, se hoje temos um circuito artístico mais profissional e qualificado que em 1951, a Bienal de São Paulo muito contribuiu para que chegássemos aqui. Portanto, se quisermos que nossas instituições artísticas e culturais atendam aos serviços que, acreditamos, elas devem oferecer, é nossa responsabilidade brigar por isso.
A polêmica inicial revelou a capacidade de mobilização em torno da Bienal e o lugar que ela ocupa no imaginário da cidade. Começamos bem.
Mas devemos abandonar, temporariamente, nossas origens intelectuais no barroco e seu "horror vacuii" e encarar o fato de que há, sim, um vazio, mas ele não está apenas na Bienal de São Paulo.
Ivo Mesquita, curador-chefe da Pinacoteca do Estado, está curador da 28ª Bienal de São Paulo.
* "Estamos entorpecidos" ("Esperando Godot")
É positiva a proposta para a 28ª Bienal de SP, que prevê, entre outras coisas, um andar vazio?
NÃO
Perda irreparável
Texto de Nelson Aguilar, originalmente publicado na Folha de São Paulo, no dia 01 de dezembro de 2007
O cancelamento da mostra internacional da 28ª Bienal de São Paulo e sua conversão em palco de debates configura uma perda irreparável não só à cidade e à arte brasileira e latino-americana mas também ao circuito internacional.
Uma edição da Bienal paulistana, boa ou má, reúne artistas, críticos, galeristas, estudantes, visitantes de todas as partes do mundo há mais de 50 anos. No lugar disso, propõe-se uma série de conferências. A montanha pariu um rato e almeja-se que essa natividade seja celebrada, se não como megaevento, ao menos como "um gesto radical".
O papel do presidente da Fundação Bienal de São Paulo é seguir os estatutos e realizar aquilo para o que é nomeado, a saber, a exposição de artes plásticas bianual. É respaldado por um conselho de notáveis, no qual têm assento o ministro das Relações Exteriores e o da Cultura, o secretário da Cultura do Estado e o do município. O que terá sucedido a essa rede capilar que liga o evento às mais importantes instituições nacionais?
A Fundação Bienal vive do aluguel do pavilhão onde acontece a mostra e da capacidade de persuasão da diretoria nos segmentos públicos e privados da sociedade para a consecução de sua finalidade. Um presidente sem essa interlocução sobra no comando de uma entidade sem fins lucrativos que pretende servir à comunidade.
Escapa à compreensão do cidadão por que a fundação cede espaço e promove a Bienal Internacional de Arquitetura, ora em andamento, sem que para isso exista qualquer exigência regimental, gastando energia e dinheiro, enquanto envia às urtigas a razão de ser de sua existência.
A Bienal anterior, embora tivesse por tema "Como viver juntos", notabilizou-se pela convivência insuportável entre diretoria e curadoria, numa competição de desacertos que desembocou num resultado medíocre no que diz respeito à divulgação do evento, a começar pela ausência de catálogo.
Não obstante a pálida gestão, o presidente foi reconduzido e prosseguiu a seqüência de atos falhos por meio da idéia de um concurso entre curadores para a edição seguinte cujas regras foram reformuladas no último minuto.
Propôs-se uma solução de compromisso, firmada entre dois participantes do certame, Ivo Mesquita e Marcio Doctors, de discutir publicamente o evento em 2008 e efetivá-lo em 2010. Era a tentativa de fazer falsas janelas para simular simetria. Houve mesmo o expediente de emendar o estrago por meio do tema: o vazio na arte.
Em 2008, para gáudio de palestrantes indiferentes ao arredor, aconteceria apenas a mesa redonda, visto não existir, segundo o parecer dos dirigentes, tempo hábil para executar o evento (despendido nas dificuldades que a diretoria teve para convencer os conselheiros a aprovar as contas da 27ª Bienal).
Como o presidente não é vitalício, ainda que o atual seja o de maior duração no posto, à exceção de Ciccillo Matarazzo, o fundador, e não podendo garantir o que acontecerá em 2010, a estratégia não funcionou a contento. Marcio Doctors, ciente de que não haveria sentido em transformar o mundo artístico num palavrório, desiste do pleito.
Ivo Mesquita, agora sozinho, aceita a incumbência de transformar a mostra em sucedâneo, algo virtual, uma "second life", substituindo formas por discursos e atualizando de maneira macabra o debate sobre a morte da arte. Promete performances, apresentação de vídeos, 40 dias de conferências, mostra de arquivo e um andar vazio.
Isso substitui a experiência estética, a visita de críticos de arte, de artistas dos países participantes, dos respectivos curadores, o posicionamento dos brasileiros diante da cena internacional, a freqüentação de galerias, ateliês, museus, coleções particulares exercida pelos que vêm conhecer ou restabelecer contato com a segunda Bienal mais conhecida do circuito?
O presidente da Bienal de 2010 terá que arcar com a quebra da periodicidade do evento, o que significa perda de verbas dos países visitantes, com o recomeço difícil. Mas 2010 está tão longe das artes quanto 2014 está próximo do futebol.
Nelson Aguilar, 62, é professor de história da arte da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Foi curador-geral da 22ª (1994) e da 23ª (1996) Bienal de São Paulo e da quarta Bienal do Mercosul (2003).
Concordo com o professor Nelson Aguilar, e faço um paralelo entre a 27 Bienal e o 54 Salão Paulista de belas artes, que tem muito em comum inclusive nessas duas mostras não foram distribuidos os Catalogos. Em se tratando do salão Paulista é mais grave porque alem de ser um Salão Oficial, foi criado e é regido por uma Lei estadual que na época da realização do 54 SPBA em 2003 estava em vigor. Esta Lei de numero 978/51 foi revogada em 2007, junto com todas aprovadas de 1947 a 1952, por desuso.
A SEC junto com a Associação Paulista dos Amigos da Arte,( uma organização Social cadastrada na SEC para cuidar dos teatros Sergio Cardoso e São Pedro ), estão realizando o Primeiro salão de Belas artes de São Paulo.
Nesse Salão que tem o seu Regulamento identico ao do 54 SPBA, teve 1000 inscrições gratuitas e foram selecionados 155 artistas plásticos , sendo 12 na seção arte decorativa, 19, escultura, e 1245 em pintura. No site www.cultura.sp.org.br ao lado dos nomes dos artistas e dos titulos das obras está escrito a palavra APROVADO.
Essa palavra APROVADO para os artistas selecionados e a palavra REPROVADO para os artistas recusados, foi um dos pontos que causou grande indignação e protestos dos artistas pela falta de respeito com que foram tratados. Com a agravante ( repetida nesse I Salão) que vários artistas plásticos tiveram duas das três obras inscritas recusadas e uma prêmiada.
Já que a 28 Bienal terá um "vazio" um andar inteiro com " NADA", e nesse I Salão ( Vergonha nacional) 845 artistas plásticos foram recusados por um júri que usou o critério do "gosto e não gosto," um processo autoritario, imbecil e fascista inaceitavel em se tratando de arte e liberdade de expressão,( julgaram obras e não os artistas pelos seus curriculus,recusando artistas consagados com carreiras reconhecidas por marchads e colecionadores, minha sugestão é que o Ivo Mesquita coloque no vazio que não tem nada , as obras desses artistas realizando na 28 Bienal o Salão dos Recusados.
Nessa re-leitura do seculo XVIII, que revelou os impressionistas, quem sabe a Bienal não vai revelar artistas pós modernos, injustiçados por mentalidades tacanhas que selecionaram e premiaram a mediocridade?
Agradeço sua atenção
Um grande abraço
Maria Gilka.
Presidente da ARBAM
Engraçado ver o Aguilar opinando tão acidamente sobre a Bienal. Achei especialmente instigante o trecho lamentando uma "quebra da periodicidade do evento", como se isso já não tivesse ocorrido pelo menos duas vezes na história da Bienal - a última delas, quando tivemos uma "quadrienal" [de 1998-2002] na esteira do hecatombe financeiro gerado pela famigerada "Brasil 500 Anos", curada alegremente por ele, Aguilar, em seu ciclo a serviço de Edemar "El Cid" Ferreira. Que aliás, diz-se por aí, conduzia-o [a Aguilar] em rédea curta.
Posted by: Rapinante at dezembro 5, 2007 1:50 AMReeleito, presidente da Bienal é investigado
Pires da Costa contratou revista da qual é dono para publicar textos da fundação; ele diz que preço é inferior aos de mercado
Ministério Público investiga caso; durante a eleição, escolhido disse que já usou dinheiro próprio para cobrir rombos da instituição
MARIO CESAR CARVALHO
FABIO CYPRIANO
DA REPORTAGEM LOCAL
O empresário Manoel Pires da Costa foi reeleito anteontem presidente da Fundação Bienal pela terceira vez em uma situação inédita. Ele está sob investigação do Ministério Público pelo fato de a Bienal ter contratado uma empresa dele, o que levanta suspeitas de desvios, e o conselho de administração da instituição não chegou a um consenso para aprovar as contas do ano passado.
Como as contas haviam sido reprovadas pelo conselho fiscal, que analisa as finanças da fundação, decidiu-se que uma comissão de ex-presidentes da Bienal julgará a lisura dos gastos de 2006. Numa espécie de compensação simbólica pelas contas colocadas sob suspeição, o conselho de administração aprovou um voto de confiança no presidente.
A vitória folgada de Pires da Costa (39 votos a favor, 7 contra e uma abstenção) não traduz com precisão o clima tenso da reunião, que durou cinco horas e meia.
O presidente chegou a dizer que as restrições do conselho fiscal atingiam sua honra. Afirmou que jamais tirou proveito financeiro da Bienal. Em tom de desabafo, disse que já usou dinheiro próprio para cobrir rombos da Bienal. O balanço da fundação aponta um déficit de R$ 1,03 milhão no ano passado.
O presidente da Bienal ficou contrariado porque o conselho fiscal fez três tipos de crítica à sua gestão:
1. Considerou parte das práticas de governança da Bienal "inconveniente pelos padrões normalmente exigidos a pessoas jurídicas";
2. Apontou que Pires da Costa contratou uma empresa, a TPT Comunicações e Editora, da qual é dono, para editar a revista "Bien'art". A TPT recebe cerca de R$ 125 mil por mês da Bienal por textos sobre eventos ligados à fundação (cada página custa R$ 25 mil). A Bienal paga mais R$ 15 mil por mês à TPT por serviços de assessoria de imprensa;
3. Avaliou que a contratação da TPT fere o artigo 6º do estatuto da fundação, que proíbe presidentes ou diretores de fazerem negócios com empresas das quais são sócios.
Essas desobediências "por si só originam uma situação de impedimento de aprovação das contas e da conduta da diretoria executiva", diz o relatório do conselho fiscal, integrado pelo médico Sebastião de Almeida Prado Sampaio, o advogado Manoel Whitaker Salles, o promotor aposentado Carlos Francisco Bandeira Lins e o empresário Julio Landmann.
Whitaker Salles diz que não faz sentido a revista receber recursos da Bienal, sem aprovação do conselho, enquanto os catálogos da última exposição não foram publicados. Desde 1951, quando foi realizada a primeira mostra, é a primeira vez que a Bienal termina sem ter catálogos.
"Como o presidente da Bienal pode fazer um contrato consigo próprio?", disse ele antes da eleição.
O primeiro questionamento sobre a revista "Bien'art" foi feito em setembro pelo conselheiro e colecionador Adolfo Leirner. A ata registra o seguinte: "Sr. Pires da Costa informa que foi contratada uma empresa especializada através de uma concorrência (...). Informa que para maiores esclarecimentos sobre esse assunto marcará uma reunião para apresentar todos os detalhes de como funciona a revista "Bien'art"".
Em nenhum momento, o presidente da Bienal informou o mais importante, segundo o conselho fiscal: que ele era o dono da revista.
Há 20 dias, quando reconheceu que era o dono da revista, Pires da Costa recebeu a recomendação de um conselheiro, o advogado Arnoldo Wald Filho, de fazer uma autodenúncia junto ao Ministério Público.
Anteontem, na reunião que reelegeu o presidente, dois promotores da Curadoria de Fundações, órgão do Ministério Público que fiscaliza fundações, apresentaram a primeira auditoria feita na Bienal.
Segundo assessores de Pires da Costa, o promotor disse que, numa primeira análise, não encontrara provas de que a revista trazia prejuízos à fundação.
Procurado por dois dias seguidos pela Folha, o promotor Ayrton Grazzioli não foi encontrado para confirmar o teor da auditoria. Ainda de acordo com assessores de Pires da Costa, os promotores vão analisar agora se os preços pagos pela Bienal à revista seguem os padrões de mercado.
A investigação do Ministério Público corre sob sigilo por envolver as finanças de uma empresa privada.
"Não há desvios nem prejuízo para fundação"
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Bienal, Manoel Pires da Costa, diz que não há desvios de recursos por meio da revista nem a fundação teve prejuízos com a "Bien'art". Segundo depoimento que prestou ao Ministério Público, sua empresa faz a publicação a um custo "inferior aos valores praticados pelo mercado".
Ele reconheceu que o negócio com a revista pode ferir um artigo do estatuto da fundação, mas declarou agir de "boa fé" -"tanto que se adiantou e trouxe o fato ao conhecimento da Curadoria de Fundações".
O presidente da Bienal informou, por meio de seu assessor de imprensa, Antonio Gaspar, que nunca escondeu que era dono da revista: "Consta, claramente, do 1º ao 30º número da revista, o nome e o endereço da empresa TPT Comunicações, de propriedade do presidente-executivo. Conselheiros da Fundação Bienal sabem que a TPT Comunicações é de propriedade do presidente", disse, por e-mail, Pires da Costa.
Ele afirma, porém, que não foi preciso, durante uma reunião do conselho em setembro último, ao afirmar que houve uma concorrência para escolher a empresa que publicaria a "Bien'art". "A palavra concorrência foi mal empregada. Foi feita uma pesquisa de mercado. Entre outras, foram contatadas pelo presidente-executivo da FBSP a Editora Três e a Editora Abril. Ninguém se interessou. Até porque, como se pode supor, o projeto de uma revista voltada para o segmento de artes visuais, como a "Bien'art", já se mostrava deficitário", conta.
Indagado se é verdade que a fundação paga por textos publicados na "Bien'art" relacionados à Bienal, Gaspar afirma que "por solicitação do presidente-executivo o Ministério Público, por meio da Curadoria das Fundações, está finalizando, em caráter sigiloso, auditoria específica sobre as relações econômicas" entre a TPT Comunicações e a Bienal.
Ainda segundo o assessor de imprensa de Pires da Costa, a ida do presidente da Bienal ao Ministério Público sem o conselho fiscal "em nada prejudicou as posteriores e sucessivas reuniões dos conselheiros com o curador das Fundações".
O presidente diz que o assessor "Antonio Gaspar não tem qualquer vínculo com a Bienal. Há cerca de seis anos, ele é funcionário da TPT Comunicações". (MCC e FC)
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