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maio 23, 2006
Encontro: Museu de Arte da Pampulha de Portas Fechadas
Encontro: Museu de Arte da Pampulha de Portas Fechadas
Considerem-se convidados todos aqueles que se sentirem comprometidos com o Museu de Arte da Pampulha, como profissionais e como cidadãos.
25 de maio, quinta-feira, 14h30
Museu de Arte da Pampulha
Av. Dr. Otacílio Negrão de Lima 16585, Belo Horizonte - MG
31-3277-7954 / 7946 ou map@pbh.gov.br
Desde o dia 22 de maio de 2006, o Museu de Arte da Pampulha está fechado por tempo indeterminado, interrompendo assim sua programação.
A evidente gravidade dessa situação levou muitas pessoas a buscar informações junto à Sra. Priscila Freire, diretora do MAP. Motivada pelas várias manifestações de solidariedade, a diretora se dispôs a receber os interessados, para maiores esclarecimentos sobre as causas desse acontecimento lastimável.
Reconhecendo ser o MAP uma instituição de referência e de fundamental importância para a vida artística e cultural da cidade de Belo Horizonte e do país, é necessário ressaltar a urgência de um posicionamento bem definido por parte das várias comunidades usuárias deste patrimônio.
Na atual circunstância, apoiar essa instituição que tem se destacado pelo estímulo e divulgação da arte contemporânea, é resguardar um espaço que estimula a busca de uma constante atualização.
Certamente, a presença do maior número de pessoas a essa reunião contribuirá para o início de uma discussão já bastante adiada sobre a participação mais efetiva da classe artística na gestão da política cultural da cidade.
Considerem-se convidados ao encontro do dia 25 de maio todos aqueles que se sentirem comprometidos com o MUSEU DE ARTE DA PAMPULHA, como profissionais e como cidadãos.
Enviado por Mabe Bethonico mabebethonico@uai.com.br
A situação dos museus no Brasil reflete o caos das políticas públicas na área cultural. É inadmissível que uma instituição como o Museu de Arte da Pampulha, que gerou um dos mais eficazes instrumentos de apoio à produção artística contemporânea, a Bolsa Pampulha, esteja com a continuidade de suas atividades comprometida. Sem dúvida que essa crise passa pelo entendimento de que a classe artística (e aqui me refiro a todos os segmentos da produção, crítica e gestão da área) precisa assumir uma atitude propositiva, articulada. Não dá para continuar assistindo, das arquibancadas, os descritérios do Executivo. Sabemos que o maior índice do subdesenvolvimento, a marca característica, é o desperdício. Desperdiçar uma das experiências mais exitosas de gestão cultural no cenário dos museus brasileiros é algo absurdo. Jogar no limbo um espaço expositivo que vem fazendo excelente programação é um desperdício inominável. Deixo aqui meu abraço de solidariedade a Priscila Freire e todos os integrantes dessa brava equipe do MAP. Estou à disposição no que puder ser útil nesse debate e nessa tomada de posição coletiva. Não dá para aceitar que o MAP feche ou fique sem funcionar por tempo indeterminado. É ofensivo não só à equipe do MAP como a toda comunidade cultural do país.
Angélica de Moraes
crítica de arte e curadora independente