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abril 25, 2006
Passeata do Paço Imperial ao CCBB, EDUCA-AÇÃO / CENSURA NÃO!
Passeata do Paço Imperial ao CCBB
EDUCA-AÇÃO / CENSURA NÃO!
Com a camiseta da obra de Marcia X.
29 de abril, sábado, 16h
Concentração: Paço Imperial
Praça XV de Novembro 48, Centro, Rio de Janeiro - RJ
Passeata ao CCBB às 17h
Márcia X censurada no Templo Mayor?
Cara, isto sim é estratégia de marketing!
Agora sim a assessoria de imprensa deve estar trabalhando...
Números, números, números... O negócio é polemizar e encher a casa!
Circo de mentira, tudo armado.
Como diria meu amigo Frank: Democracia é ter que aturar os outros ridicularizando tudo aquilo em que você acredita, e também ter a liberdade de fazer piada com qualquer coisa. CENSURA NÃO!
Posted by: marcelo at abril 27, 2006 6:47 PMÉ uma injustiça atacar o CCBB dessa maneira assim como a censura da obra de Márcia X é injusta. Sou artista baiano e todas as vezes que vou ao Rio faço questão de visitar o CCBB que deve ser um orgulho para todos nós brasileiros. Todos sabem (ou deveriam saber, antes de dizer bobagens) que o CCBB é uma entidade ligada ao Banco do Brasil. Não é independente em suas decisões, pois está vinculada à direção em Brasília. Nos jornais, o Banco deixou claro que a decisão era da presidência. Assim, o que o CCBB poderia fazer? Rebelar-se contra os seus superiores? Seria suicídio.
Propor o "enterro" simbólico do CCBB é um crime, uma afronta a essa entidade que promove e apóia a cultura brasileira - e carioca - há mais de 15 anos. Respeitem o CCBB! Atacar o CCBB é atacar todos os cidadãos que ajudaram a construí-lo ao longo desses anos. O que seria do centro do Rio se não fosse a atitude corajosa do Banco em resgatá-lo através de um prédio maravilhoso que causa inveja a todos os brasileiros que vivem em outras cidades (como eu)???
Já encaminhei vários projetos aos CCBBs e nenhum foi aprovado. Mesmo assim, continuo acreditando e confiando nessa entidade e em seus técnicos e funcionários, que são respeitados no mundo todo. Por favor, ponham a mão na consciência e tratem o CCBB com o devido respeito!
Concordo com as manifestações contra a censura. Concordo com as camisetas, com os abaixo-assinados, desde que mantenham respeito à essa entidade secular.
Pensem a respeito.
Posted by: Fabrizzio Bazanessi at abril 27, 2006 10:29 PMTodo esse alvoroço em torno da retirada da obra da artista Marcia X da exposição "Erótica" apenas corrobora a vulnerabilidade da instituição de arte no Brasil. Esse fato torna visível a fragilidade e a não compreensão da obra e da própria exposição, não tanto pelo pedido de retirada da obra, visto que este é mais um caso de ignorância e radicalismo (essa já é uma outra questão), mas pela aceitação da instituição em retirá-la. A obra acaba na mera superficialidade formal, não entra no contexto artístico do trabalho como um todo tampouco reflete sobre sua presença na exposição. Tal episódio menospreza a própria arte e nos mostra a precariedade do meio institucional no Brasil. Um espaço aparentemente idôneo como o CCBB decepciona pela falta de respeito e comprometimento com os artistas e com a arte contemporânea.
Posted by: Mirela Luz at abril 29, 2006 10:42 AMHitler também tentou censurar a arte que ele não entendia. A famosa exposição "Entarte Kunst" (Arte Degenerada) de 1937 foi uma coisa absurda. Porém, meus deuses! Quantos tambores por uma obra tão reles, tão insignificante que é este terço disposto em forma de falo! Parce coisa daquela artista baiana que na Bienal colocou um confessionário no centro de um tantão de milho. Uma bobagem sem fim! Pura charada cafona, aquilo não era arte! Concordo com a questão de que censurar arte é uma temeridade fascista, mas será que esta obra agora é mesmo arte? A palavra aos críticos.
Posted by: Marcel Rodrigues at abril 29, 2006 7:22 PMComo participante efetivo na memorável manifesta-
ção de repúdio ocorrida no sábado pp.,à retirada
da obra "Desenhando com terços", de Márcia X.,
da exposição "Erótica" no CCBB, gostaria de dei-
xar um registro 'caleidoscópico' daquela que foi
uma rara e marcante mobilização de uma parcela
significativa do meio local de artes visuais.
Como é de domínio público, a nossa cidade é pró-
diga em oferecer ao circuito artístico nacional
valores do mais alto teor criativo, entretanto,
quando se trata de questões que transcendem a
produção individual rara e incompreensivelmente
temos exemplos onde este segmento atuou e influ-
enciou sobre a marcha da história.
Contudo, talvez até sob os eflúvios do próprio
nome da deflagradora do processo (Márcia=marcha),
e a partir de um quase fraternal encontro no Pa-
ço Imperial (sintomaticamente, outro marco pela
liberdade existencial e de expressão),devidamen-
te paramentados e totalmente identificados com
o objeto da nossa 'causa', partimos suavemente
na direção do local do protesto imbuídos da nos-
sa tradição (ou do que achamos que assim seja,
segundo me parece) de confrontação pacífica em
defesa dos direitos democráticos da livre ex-
pressão de idéias.Uma vez na arena dos aconteci-
mentos, o que se seguiu foi uma série de demons-
trações exemplares de como se deve abominar a
truculência da censura sem se utilizar das mes-
mas armas, pelo contrário, lançando mão da dia-
lética, dos mais nobres valores humanos, hoje,
diga-se de passagem, não mais quixotescos como
a palavra e a ação ao vivo, o respeito mútuo ao
contendor, o favorecimento à reciprocidade do
diálogo e até ao improviso poético libertário,
conduzidas que foram pelo Luis Andrade, nosso
brilhante porta-voz e tradutor de nossos anseios.
Como não poderíamos deixar de cumprir, assim como
ocorreu na manifestação inicial à revoltante de-
cisão, dirigimo-nos em seguida ao local que esta-
va reservado à obra 'castrada', onde as ocorrên-
cias de uma maneira geral ficaram por conta da
inspiração momentânea, mas sempre tendo como cru
cial a nossa presença corpórea contestadora da i-
niqüidade cometida.
Foi alí que o nosso grito de protesto alcançou a
sua mais alta intensidade. Diante da parede vazia
onde antes estava a obra, um pequeno coletivo de
'artivistas' do grupo resolveu, ainda à guisa de
incorformação, improvisar uma intervenção naquele
espaço (a parte da parede de onde o trabalho foi
defenestrado), imprimindo com spray sobre uma
máscara uma reprodução da obra esconjurada.
Imediatamente seguranças do órgão repressor procu
raram entrar em ação na tentativa um tanto força-
da de não permitir esse que era apenas um ato
simbólico/nostálgico, uma vez que a direção da
casa deixou explícito que a exibição da foto ha-
via sido definitivamente proibida de ali figurar.
Entretanto, a intervenção foi rápida e incisiva,
e estando um pouco a certa distância da 'área de
conflito', tive uma visão dos acontecimentos ape-
nas em perspectiva, e fiquei completamente sur-
preendido e extasiado, posto que é incomum tais
atitudes em nosso circuito, com a coragem de per-
sonagens que tinha em conta como teoricamente
frágeis, como Joana Ceko e Glória Seddon, que
destemidamente 'peitaram' os seguranças que pre-
tendiam impedir qualquer tipo de resposta à uma
mais do que justa indignação de um comunidade fe-
rida no âmago das suas liberdades essenciais.
Queria ainda deixar bem claro que não escrevo em
nome dos artistas presentes, mas apenas oferecer
o meu testemunho de uma ação que reputo divisora
de águas entre artistas e os demais segmentos da
sociedade, numa demonstração nítida, pelo que pu-
de presenciar, de que não aceitaremos facilmente
certos tipos de injunções de quaisquer instâncias
do poder constituído ou não.
Alex Hamburger
Rio, 1 de Maio de 2006
Dia Mundial do Trabalho
C.I. 03090283-7 - IFP
Ops! Não fazia idéia de que aquele quadro era considerado obra de arte.
Fazer passeata por causa de pênis em um quadro. Ora! Façam-me o favor.
Que tal uma passeata por mais escola? Por mais emprego? Por mais saúde? Pelo cachorro que faz necessidade na calçada e a gente pisa?
Chama o Gil pra participar, assim podemos vê-lo se mexendo um pouquinho.
Grito de Guerra da passeata: Viva o Brasil! Terra do desrespeito ao próximo. Ou então: Nasci para agredir. Viva!
Posted by: Renata V. at maio 2, 2006 3:40 PM"As associações católicas, juntamente com todos os homens de boa vontade que crêem nos valores da família e da vida, não podem ceder às pressões de uma cultura que ameaça os próprios fundamentos do respeito da vida e da promoção da família.
João Paulo II
Olá. Gostaria que o Sr. Ministro da Cultura e a Sra. Marcia X, recebessem esta mensagem que escrevo.
Fico profundamente triste e ferida com algumas atitudes tomadas por alguém que admirava desde pequenina.
Gosto de cultura, gosto de música, de arte, enfim, de tudo que esteja vinculado nesse assunto. Desde que haja respeito para com os outros. Sou católica e respeito todas as outras religiões e seitas. Sou ecumênica. Pois é isso que Cristo quer de nós. Quer que respeitemos uns aos outros.
E toda a admiraão que tinha pelo Sr. Ministro, que construí em anos de vida, acabaram em 5 minutos. Pois as "artes" desrespeitosas que estavam sendo expostas por sua permissão, com terços e objetos de devoção católica. Com formas medonhas, me chocaram, me feriram e me deixaram com pena de pessoas com essa mentalidade. Que permitem algo assim e as que fazem as "belas artes".
É uma pena que Não saibam respeitar as religiões dos outros como sabem respeitar o Senhor e a Sra. comcerteza e admirirar todo o seu trabalho.
Só peço que Deus abençoe e perdoe esses atos que com certeza, foram feitos na ausência da razão.
Sinto pena também de todos que critícam os religiosos, as pessoas de fé que buscam o direito do respeito de todo cidadão.
ISSO é democracia. Ter a liberdade, saber fazer as coisas com limite, sabendo sempre ter o respeito e já vendo as consequências dos atos.
Sem mais palavras.