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junho 29, 2004
Entrando na Dança
Emeio enviado por Maria Helena Darcy de Oliveira, para o jornal O Globo, sobre a matéria reproduzida abaixo, Entrando na Dança, de Joaquim Ferreira dos Santos, no dia 27 de junho de 2004.
Prezado Joaquim,
Muito me surpreendeu a nota Entrando na Dança publicada hoje. Nela fala-se da autoria do projeto arquitetônico do Centro Coreográfico a ser inaugurado na parte histórica da antiga Brahma. E um dos autores do projeto é, justamente, o Secretário Municipal de Cultura Ricardo Macieira.
Esse mesmo Secretário, há dois dias, em matéria de Daniela Name no jornal O Globo - Segundo Caderno, p.2 - diz que não tem interesse em fechar a Galeria do Centro Cultural Sergio Porto porque o projeto também era dele.
Trabalhei quase 20 anos na Fundação Rio e no Rioarte e, naquele tempo, os funcionários não prestavam serviços para a Prefeitura, além daqueles previstos em suas funções.
O arquiteto Ricardo Macieira trabalhar para o Secretário Ricardo Macieira é, no mínimo, ilegal. O ordenador de despesas da prefeitura não pode autorizar um pagamento a ele próprio.
De toda forma, ele está em ótima companhia na coluna Gente Boa: Renato e Laura de Celebridades.
Maria Helena Darcy de Oliveira
Nota publicada originalmente no jornal O Globo, na coluna Gente Boa de Joaquim Ferreira dos Santos, no Segundo Caderno do dia 27 de junho de 2004.
Entrando na Dança
JOAQUIM FERREIRA DOS SANTOS
O Centro Coreográfico que a prefeitura inaugura, em 4 de agosto, será dirigido por Regina Miranda. Ela deixou o grupo Lanbaun, que dirigia em Nova York, e já se dedica ao projeto. O Centro Coreográfico, projeto dos arquitetos Ricardo Macieira e Luís Antônio Rangel, na parte histórica da antiga fábrica da Brahma, na Tijuca, será o mais moderno do Brasil e, com suas grandes salas de ensaio, auditório e camarins, centralizará a cena da dança no Rio.
Quanto a Sra Mazeredo, relato que ela tem influência com o Prefeito e com o Secretário também (óbvio). Pelo que sei seu marido é funcionário da prefeitura.
Esta senhora que subcontrata escultores para realizar o que ela não sabe é antiética. Logo quando realizei as primeiras peças e as levei para as fundições recebi lá três ofertas deste tipo e as recusei, o que faço somente eu assino.
Já discuti com um escultor porque este defende esta oportunidade de negócio.
A minha colocação é simples, quem não faz o que vê, não saberá fazer o que não vê, aquilo que está nas "idéias que concebem".
Estava a procurar para saber quem é Ricardo Macieira, e pelo que vejo nas linhas escritas é de ser uma pessoa sob suspeita.
Receber dinheiro da Prefeitura do Rio por serviços prestados e fazer parte ao mesmo tempo do quadro de funcionários, como informado no site, não é lícito.
Hoje sei porque sou perseguido.
O Ricardo Macieira mentiu para o líder da Câmara dos Vereadores, este interessado em me informar datas, a fim de me provocar confusão e me impedir de participar da avaliação da tal comissão.
Com exceção da Sra.Maria Alice Saboya que me atendeu pelo telefone, pelo meu propósito de passar pelo crivo da tal comissão, todos os outros o fizeram com posturas que delineavam para o indeferimento do pleito.
Realizo esculturas há somente três anos e realizo qualquer rosto em qualquer tamanho, sendo que no tamanho de um limão em 12 horas.
Executei a escultura de João Cândido, personagem histórico do Brasil,com o rosto com dois centímetros de altura, a peça inteira com 30 cm de altura, sendo aprovada pela sua família e diversos Sindicatos e Associações do Rio de Janeiro.
Executei Tom Jobim e Vinícius de Moraes sentados a mesa de bar conversando, com 30 cm de altura, projeto para alocação no calçadão de Ipanema.
Mais de mil pessoas, moradores de Ipanema e transeuntes de lá assinaram a idéia, dentre eles Ziraldo, Lan, Aroeira, Paulo Caruso, Chico Caruso,Ziraldo, Lobão e Maurício Azedo e Paulo Cerri.
Executei a imagem de um turista extasiado com o Cristo Redentor. Devolveram-me quebrada.
Este menino secretário negou todas com argumentações pessoais e esdrúxulas, embora com a minha proposta para serem realizadas a CUSTO ZERO. Talvez pagando a inábil pseudo-artista Mazeredo seja melhor...
Assinou sozinho as três correspondências me informando da decisão como Presidente da Comissão sem nunca ter divulgado o regulamento adotado, data de reunião e nem os nomes dos seus integrantes, verdadeiro cheiro de covil de maracutaia.
A Comissão deveria ser composta pelos Vereadores da nossa Cidade, pelo Secretário de Educação, pelo Secretário de Urbanismo e pelo Secretário de Cultura.
O secretário de cultura não pode ser o definidor de cultura. Não tem mérito para isso.
Quem quiser ler tais correspondências e ver as peças, de corpo inteiro, me faça contato pelo e-mail valterbrito@uol.com.br