|
junho 27, 2004
Sérgio Porto - a missão
Emeio enviado por Patricia Canetti para o Segundo Caderno do jornal O Globo, no dia 25 de junho de 2004.
Cara Daniela,
Gostaria de parabenizar a você e ao Segundo Caderno pela matéria sobre essa confusa situação das galerias do Espaço Sérgio Porto. Você foi clara e precisa, nos demonstrando as contradições que envolvem esse fecha-não-fecha angustiante pelo qual estamos passando.
Gostaria de chamar a atenção para a colocação de nosso Secretário Municipal de Cultura, Ricardo Macieira, que nos dá como argumento para não fechar a galeria sua relação emotiva com o lugar pelo fato de ter participado de sua reforma, em contraste com as colocações de suas subalternas que colocam aspectos técnicos e profissionais - a falta de verbas (que não existe para a galeria, mas existe para a mediateca) e a falta de público.
Será possível sustentar o funcionamento de um espaço cultural com um argumento de ordem pessoal?
Um abraço,
Patricia Canetti
Patrícia,
dou força para irmos lá não só para conversar etc. mas com faixa na mão, bandeirola de papel de caderno, qualquer papelzinho, cartaz grande, pequeno, escrito para ir colando pelas paredes, na rua, posto de gasolina, parar o trânsito, acender velas para a defunta galeria, panela, frigideira, corneta, batuque, qualquer coisa que faça barulho, e armar um circo. Tô de saco cheio da nossa santa inércia.
Propostas para faixas e cartazes que me vêm imediatamente à cabeça:
Abaixo o terrorismo cultural!
Que merda é essa?! Tira Sérgio Porto e bota Mazeredo?!!!!
Querem Guggenheim mas não conseguem nem manter as galerias do Sérgio Porto?!!!
Bota esse negócio para funcionar direito!
Basta de política cultural BURRA!
etc, etc,
Bjs,
Livia
Postado originalmente no Blog do Canal.
Posted by: Livia Flores at julho 22, 2004 6:05 PMQuanto a Sra Mazeredo, relato que ela tem influência com o Prefeito e com o Secretário também (óbvio). Pelo que sei seu marido é funcionário da prefeitura.
Esta senhora que subcontrata escultores para realizar o que ela não sabe é antiética. Logo quando realizei as primeiras peças e as levei para as fundições recebi lá três ofertas deste tipo e as recusei, o que faço somente eu assino.
Já discuti com um escultor porque este defende esta oportunidade de negócio.
A minha colocação é simples, quem não faz o que vê, não saberá fazer o que não vê, aquilo que está nas "idéias que concebem".
Estava a procurar para saber quem é Ricardo Macieira, e pelo que vejo nas linhas escritas é de ser uma pessoa sob suspeita.
Receber dinheiro da Prefeitura do Rio por serviços prestados e fazer parte ao mesmo tempo do quadro de funcionários, como informado no site, não é lícito.
Hoje sei porque sou perseguido.
O Ricardo Macieira mentiu para o líder da Câmara dos Vereadores, este interessado em me informar datas, a fim de me provocar confusão e me impedir de participar da avaliação da tal comissão.
Com exceção da Sra.Maria Alice Saboya que me atendeu pelo telefone, pelo meu propósito de passar pelo crivo da tal comissão, todos os outros o fizeram com posturas que delineavam para o indeferimento do pleito.
Realizo esculturas há somente três anos e realizo qualquer rosto em qualquer tamanho, sendo que no tamanho de um limão em 12 horas.
Executei a escultura de João Cândido, personagem histórico do Brasil,com o rosto com dois centímetros de altura, a peça inteira com 30 cm de altura, sendo aprovada pela sua família e diversos Sindicatos e Associações do Rio de Janeiro.
Executei Tom Jobim e Vinícius de Moraes sentados a mesa de bar conversando, com 30 cm de altura, projeto para alocação no calçadão de Ipanema.
Mais de mil pessoas, moradores de Ipanema e transeuntes de lá assinaram a idéia, dentre eles Ziraldo, Lan, Aroeira, Paulo Caruso, Chico Caruso,Ziraldo, Lobão e Maurício Azedo e Paulo Cerri.
Executei a imagem de um turista extasiado com o Cristo Redentor. Devolveram-me quebrada.
Este menino secretário negou todas com argumentações pessoais e esdrúxulas, embora com a minha proposta para serem realizadas a CUSTO ZERO. Talvez pagando a inábil pseudo-artista Mazeredo seja melhor...
Assinou sozinho as três correspondências me informando da decisão como Presidente da Comissão sem nunca ter divulgado o regulamento adotado, data de reunião e nem os nomes dos seus integrantes, verdadeiro cheiro de covil de maracutaia.
A Comissão deveria ser composta pelos Vereadores da nossa Cidade, pelo Secretário de Educação, pelo Secretário de Urbanismo e pelo Secretário de Cultura.
O secretário de cultura não pode ser o definidor de cultura. Não tem mérito para isso.
Quem quiser ler tais correspondências e ver as peças, de corpo inteiro, me faça contato pelo e-mail valterbrito@uol.com.br