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junho 25, 2004
Macieira diz que vai manter Galeria 2 do Sérgio Porto
Matéria publicada originalmente no jornal O Globo, no Segundo Caderno, no dia 25 de junho de 2004.
Macieira diz que vai manter Galeria 2 do Sérgio Porto
DANIELA NAME
Depois de o RioArte anunciar o fechamento da Galeria 2 do Espaço Cultural Sérgio Porto, em reportagem publicada no dia 27 de maio, no Segundo Caderno, o secretário municipal das Culturas, Ricardo Macieira, agora diz que a midiateca anunciada pela direção do Sergio Porto e confirmada pela diretora do RioArte, Fátima França, nunca foi prevista para o espaço da Galeria 2, mas para um espaço hoje usado como depósito na área embaixo dos camarins.
Macieira diz que o começo da construção da midiateca que passará os filmes de arte produzidos pelo RioArte está dependendo apenas de uma liberação da Secretaria de Urbanismo, já que a obra vai abrir uma nova entrada para o Sérgio Porto, no muro voltado para a Rua Humaitá. Na próxima segunda-feira, Cristina Miranda abre uma nova exposição na Galeria 1, substituindo a de Edwiges Dash, encerrada no último dia 20. A mostra do fotógrafo Bruno Veiga, em cartaz na Galeria 2, terminaria junto com a de Edwiges. Mas foi prorrogada até a inauguração do próximo bloco de exposições, no dia 17 de agosto. Sempre foi uma tradição no Sérgio Porto a abertura das mostras das duas galerias em conjunto.
Fontes ligadas ao mercado de arte carioca dizem que a prorrogação da exposição de Veiga teria a ver com o fato de ter havido uma contra-ordem dentro do RioArte. A galeria 2, que seria fechada para obras a fim de abrigar uma midiateca modular (com cabines para duas ou três pessoas), agora permanecerá aberta, seguindo a orientação de Macieira.
Jamais fecharia uma galeria que eu mesmo ajudei a construir (foi o escritório de arquitetura de Macieira que assinou o projeto das galerias) disse o secretário ao GLOBO, em entrevista na última terça-feira, quando apresentou as plantas da midiateca. Aqui você vê minha autorização, em maio, para a construção da midiateca embaixo dos camarins. Quem afirmou outra coisa vai ter que se explicar.
A entrevista com Macieira aconteceu diante da diretora do RioArte, Fátima França, e das diretoras do Sérgio Porto, Gabriela Saboya e Tatynne Lauria. Em maio, na primeira reportagem publicada pelo GLOBO, Gabriela afirmara que a midiateca era um projeto arquitetônico modular e seria construída na Galeria 2. Que teria perdido o espaço para as artes visuais não por causa desta nova atividade, mas sim por um corte de verbas. Na ocasião, o corte e a suspensão da programação para a Galeria 2 foram confirmados pela diretora de artes visuais do RioArte, Claudia Saldanha.
É uma lástima, porque as galerias adquiriram muita visibilidade e têm uma tradição em mostrar novos artistas e projetos inovadores disse Claudia Saldanha. Minha preocupação é saber que, mesmo que esta decisão seja provisória, é muito difícil reerguer o prestígio de um lugar depois que ele se perde.
Galeria 2 teria um número pequeno de freqüentadores
Na mesma reportagem, Fátima França assumiu que uma estrutura como a da midiateca significaria o fim da Galeria 2. E disse que o fechamento do espaço do segundo andar também tinha a ver com o baixo número de freqüentadores.
A galeria não tinha público. Mantivemos a do térreo, que é menor, mas mais visível disse ela.
Diante de Macieira, na última terça-feira, Fátima primeiro negou ter anunciado o fechamento da galeria. Depois, confrontada com as próprias declarações, explicou que, por sua natureza modular, o projeto da midiateca poderia se adequar a qualquer lugar. Na planta apresentada pelo secretário, no entanto, a estrutura não é mais modular, e sim a de uma sala de cinema tradicional, com tela e cerca de 50 lugares. A previsão é de que a midiateca esteja pronta em 90 dias.
Quanto a Sra Mazeredo, relato que ela tem influência com o Prefeito e com o Secretário também (óbvio). Pelo que sei seu marido é funcionário da prefeitura.
Esta senhora que subcontrata escultores para realizar o que ela não sabe é antiética. Logo quando realizei as primeiras peças e as levei para as fundições recebi lá três ofertas deste tipo e as recusei, o que faço somente eu assino.
Já discuti com um escultor porque este defende esta oportunidade de negócio.
A minha colocação é simples, quem não faz o que vê, não saberá fazer o que não vê, aquilo que está nas "idéias que concebem".
Estava a procurar para saber quem é Ricardo Macieira, e pelo que vejo nas linhas escritas é de ser uma pessoa sob suspeita.
Receber dinheiro da Prefeitura do Rio por serviços prestados e fazer parte ao mesmo tempo do quadro de funcionários, como informado no site, não é lícito.
Hoje sei porque sou perseguido.
O Ricardo Macieira mentiu para o líder da Câmara dos Vereadores, este interessado em me informar datas, a fim de me provocar confusão e me impedir de participar da avaliação da tal comissão.
Com exceção da Sra.Maria Alice Saboya que me atendeu pelo telefone, pelo meu propósito de passar pelo crivo da tal comissão, todos os outros o fizeram com posturas que delineavam para o indeferimento do pleito.
Realizo esculturas há somente três anos e realizo qualquer rosto em qualquer tamanho, sendo que no tamanho de um limão em 12 horas.
Executei a escultura de João Cândido, personagem histórico do Brasil,com o rosto com dois centímetros de altura, a peça inteira com 30 cm de altura, sendo aprovada pela sua família e diversos Sindicatos e Associações do Rio de Janeiro.
Executei Tom Jobim e Vinícius de Moraes sentados a mesa de bar conversando, com 30 cm de altura, projeto para alocação no calçadão de Ipanema.
Mais de mil pessoas, moradores de Ipanema e transeuntes de lá assinaram a idéia, dentre eles Ziraldo, Lan, Aroeira, Paulo Caruso, Chico Caruso,Ziraldo, Lobão e Maurício Azedo e Paulo Cerri.
Executei a imagem de um turista extasiado com o Cristo Redentor. Devolveram-me quebrada.
Este menino secretário negou todas com argumentações pessoais e esdrúxulas, embora com a minha proposta para serem realizadas a CUSTO ZERO. Talvez pagando a inábil pseudo-artista Mazeredo seja melhor...
Assinou sozinho as três correspondências me informando da decisão como Presidente da Comissão sem nunca ter divulgado o regulamento adotado, data de reunião e nem os nomes dos seus integrantes, verdadeiro cheiro de covil de maracutaia.
A Comissão deveria ser composta pelos Vereadores da nossa Cidade, pelo Secretário de Educação, pelo Secretário de Urbanismo e pelo Secretário de Cultura.
O secretário de cultura não pode ser o definidor de cultura. Não tem mérito para isso.
Quem quiser ler tais correspondências e ver as peças, de corpo inteiro, me faça contato pelo e-mail valterbrito@uol.com.br