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junho 25, 2004
Prefeitura fecha a Galeria 2 do Espaço Sergio Porto
Matéria publicada originalmente no jornal O Globo, no Segundo Caderno, no dia 27 de maio de 2004.
Prefeitura fecha a Galeria 2 do Espaço Sergio Porto
Administração vai construir mediateca no lugar; nove exposições agendadas para este ano foram canceladas
DANIELA NAME
A partir de 28 de junho, quando um novo bloco de exposições vai ser inaugurado no Espaço Cultural Sergio Porto, o bloco vai deixar de ser bloco. Ou passar a ser uma espécie de "bloco do eu sozinho". Em vez de duas exposições, como já era tradição no centro mantido pela prefeitura, o público vai passar a ver uma só. Tudo porque a Galeria 2 vai ser transformada numa midiateca.
Localizada no segundo andar do prédio no Humaitá, a galeria será fechada para obras depois do dia 20 de junho, quando termina a exposição do fotógrafo Bruno Veiga, atualmente em cartaz. Procurado pelo GLOBO na semana passada para comentar o assunto, o secretário das Culturas, Ricardo Macieira, negou que estivesse fechando a galeria, cujo projeto, aliás, foi realizado por seu escritório de arquitetura. O secretário disse que o projeto da midiateca seria "pontual".
- Vai haver a midiateca, mas uma coisa não elimina a outra, a galeria vai continuar a existir - garantiu Macieira. - Como autor do projeto, sou um dos maiores interessados na sua continuidade.
Na prática, não é isso que está acontecendo. Projeto da administração do Sergio Porto e do RioArte, entidade municipal responsável pelo espaço cultural, a midiateca vai oferecer cabines duplas e triplas para o público, que poderá ter acesso a vídeos e DVDs realizados pelo RioArte. A estrutura das cabines toma cerca de dois terços do espaço da galeria, o que torna impossível a continuidade de sua utilização como espaço expositivo. As informações sobre a obra - que foi orçada em R$ 50 mil e bancada pela iniciativa privada, mas através das leis municipais de incentivo - são bastante desencontradas.
- Não estamos acabando com a galeria, queremos atender à demanda de um público de pesquisadores e prestigiar o cinema, única expressão cultural que ainda não tinha lugar no Sergio Porto - diz Gabriela Saboya, administradora do espaço. - A estrutura da midiateca permite que obras de arte sejam mostradas nas paredes da sala.
Castelinho, também da prefeitura, já tem videoteca funcionando
Gabriela diz ainda que a midiateca é uma necessidade real para os jovens pesquisadores - especialmente os de teatro - mesmo diante do argumento de que prefeitura dispõe de uma videoteca, no Castelinho do Flamengo. E mesmo sendo a região de Botafogo a que concentra maior número de cinemas e videolocadoras por metro quadrado do Rio.
- Nosso público é diferente do que vai ao Castelinho e faltam lugares para exibir este tipo de filme - argumenta ela.
A diretora de artes visuais do RioArte, Claudia Saldanha, conta que recebeu o comunicado sobre a midiateca como uma decisão irrevogável. Paralelamente, as verbas anuais para artes plásticas foram reduzidas drasticamente: passaram de R$ 180 mil para R$ 75 mil. Por conta disso e do fechamento da Galeria 2, Claudia teve que cortar exposições de nove artistas que estavam agendadas para este ano. E que tinham sido anunciadas oficialmente pela prefeitura depois que uma comissão selecionou os projetos enviados para o RioArte.
- É uma lástima, porque as galerias adquiriram muita visibilidade e têm uma tradição em mostrar novos artistas e projetos inovadores - diz Claudia Saldanha. - Minha preocupação é saber que, mesmo que esta decisão seja provisória, é muito difícil reerguer o prestígio de um lugar depois que ele se perde.
Diferentemente do que diz Gabriela Saboya, a diretora do RioArte, Fátima França, assume que o fechamento da galeria é definitivo.
- A galeria não tinha público. Mantivemos a do térreo, que é menor, mas mais visível - diz ela, que garante que as artes visuais não estão desprestigiadas.- O corte de verbas para a área não tem nada a ver com isso. É um enxugamento geral que está acontecendo no município.
Quanto a Sra Mazeredo, relato que ela tem influência com o Prefeito e com o Secretário também (óbvio). Pelo que sei seu marido é funcionário da prefeitura.
Esta senhora que subcontrata escultores para realizar o que ela não sabe é antiética. Logo quando realizei as primeiras peças e as levei para as fundições recebi lá três ofertas deste tipo e as recusei, o que faço somente eu assino.
Já discuti com um escultor porque este defende esta oportunidade de negócio.
A minha colocação é simples, quem não faz o que vê, não saberá fazer o que não vê, aquilo que está nas "idéias que concebem".
Estava a procurar para saber quem é Ricardo Macieira, e pelo que vejo nas linhas escritas é de ser uma pessoa sob suspeita.
Receber dinheiro da Prefeitura do Rio por serviços prestados e fazer parte ao mesmo tempo do quadro de funcionários, como informado no site, não é lícito.
Hoje sei porque sou perseguido.
O Ricardo Macieira mentiu para o líder da Câmara dos Vereadores, este interessado em me informar datas, a fim de me provocar confusão e me impedir de participar da avaliação da tal comissão.
Com exceção da Sra.Maria Alice Saboya que me atendeu pelo telefone, pelo meu propósito de passar pelo crivo da tal comissão, todos os outros o fizeram com posturas que delineavam para o indeferimento do pleito.
Realizo esculturas há somente três anos e realizo qualquer rosto em qualquer tamanho, sendo que no tamanho de um limão em 12 horas.
Executei a escultura de João Cândido, personagem histórico do Brasil,com o rosto com dois centímetros de altura, a peça inteira com 30 cm de altura, sendo aprovada pela sua família e diversos Sindicatos e Associações do Rio de Janeiro.
Executei Tom Jobim e Vinícius de Moraes sentados a mesa de bar conversando, com 30 cm de altura, projeto para alocação no calçadão de Ipanema.
Mais de mil pessoas, moradores de Ipanema e transeuntes de lá assinaram a idéia, dentre eles Ziraldo, Lan, Aroeira, Paulo Caruso, Chico Caruso,Ziraldo, Lobão e Maurício Azedo e Paulo Cerri.
Executei a imagem de um turista extasiado com o Cristo Redentor. Devolveram-me quebrada.
Este menino secretário negou todas com argumentações pessoais e esdrúxulas, embora com a minha proposta para serem realizadas a CUSTO ZERO. Talvez pagando a inábil pseudo-artista Mazeredo seja melhor...
Assinou sozinho as três correspondências me informando da decisão como Presidente da Comissão sem nunca ter divulgado o regulamento adotado, data de reunião e nem os nomes dos seus integrantes, verdadeiro cheiro de covil de maracutaia.
A Comissão deveria ser composta pelos Vereadores da nossa Cidade, pelo Secretário de Educação, pelo Secretário de Urbanismo e pelo Secretário de Cultura.
O secretário de cultura não pode ser o definidor de cultura. Não tem mérito para isso.
Quem quiser ler tais correspondências e ver as peças, de corpo inteiro, me faça contato pelo e-mail valterbrito@uol.com.br