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julho 14, 2019
BienalSur: Draw me a flag na Fundação Getulio Vargas, Rio de Janeiro
FGV integra roteiro da BienalSur: Obra da coleção da Fundação Cartier poderá ser visitada a partir de 17 de julho
A Fundação Getulio Vargas (Esplanada do Centro Cultural FGV, Praia de Botafogo 186, Rio de Janeiro, RJ) abre seu espaço no próximo dia 17 de julho, às 11h30, para mais uma edição da BienalSur, o evento cultural de arte contemporânea mais conhecido da América do Sul, que apresenta a obra Draw me a flag, da Fundação Cartier, idealizada pelo artista francês Christian Boltanski.
A instalação consiste em 31 bandeiras, desenhadas por artistas de diversos lugares, que não representam países, mas apenas e simplesmente identidades visuais para um mundo sem fronteiras. A obra chega ao Brasil graças ao apoio da Embaixada da França e do Institut Français d'Argentine e fica em exibição até 31 de outubro de 2019.
A FGV mais uma vez faz parte do projeto, que tem como objetivo unir artistas de todos os continentes, com exposições distribuídas, simultaneamente, por diversos lugares do mundo. A realização da 2ª edição da Bienal Internacional de Arte Contemporânea (BienalSur) no espaço da FGV está inserida na missão da instituição, que tem entre suas muitas outras atividades, contribuir para o desenvolvimento da cultura no Brasil, assim como de promover eventos culturais que projetem a cidade do Rio de Janeiro e o país no exterior.
Estarão expostas na FGV as bandeiras criadas pelos artistas Alessandro Mendini, Itália; Anna Mariani, Beatriz Milhazes, Claudia Andujar, Davi Kopenawa e Iran, Brasil; Bernard Piffaretti, Didier Marcel, Franck Scurti, Hélène Delprat, Hugues Reip, Jean-Baptiste Bruant, Macha Makeif, Marc Couturier, Marie Darrieussecq, Monique Frydman, Roland Lehoucq, Michel Temman e Moebius, França; Charwei Tsai, Taiwan; Clemente Juliuz, Joseca e Osvaldo Pitoe, Paraguai; Fei Dawei, Gao Shan, Hu Liu, China; Leslie Wayne, Alemanha; Marc Newson, Austrália; Nobuyoshi Araki, Rinko Kawauchi, Japão; e Tim Hawkinson, Estados Unidos.
A obra em exposição alcança o KM 2486 de sua singular cartografia, que se estende ao redor do mundo até o mês de novembro com exposições de 400 artistas, em mais de 100 sedes – as quais trabalham de forma conjunta e colaborativa – em 43 cidades de 20 países, todas com entradas gratuitas.
Segundo Anibal Jozami, diretor geral da BienalSur, a mostra tenta, por meio da arte e da cultura, fomentar o diálogo e a integração entre nossos povos e, também, impregnar as correntes do Norte com novos conteúdos. É um projeto que nasce da interdisciplinaridade entre os estudos de relações internacionais e a teoria e história da arte. “A Fundação Getulio Vargas aderiu, desde o início, a esta iniciativa e se integrou, juntamente com outras universidades internacionais de primeiro nível, à rede acadêmica BienalSur”, afirma.
“Nesta segunda edição, a FGV recebe o projeto Draw me a flag, que é uma tentativa de eliminar as fronteiras e aproximar os povos por meio da arte. Para nós que criamos a BienalSur, é um privilégio contar com a adesão de uma das mais prestigiosas entidades da América Latina” destaca Jozami, que também é reitor da Universidad Nacional de Tres de Febrero (Untref), em Buenos Aires.
O projeto
Sobre uma ideia de Christian Boltanski, a Fondation Cartier pour L’art Contemporain lançou esse projeto, que segue crescendo e somando autores para novas bandeiras. A instalação consiste em aproximadamente 80 bandeiras desenhadas por artistas, cientistas, filósofos e parceiros da Fundação Cartier, que contribuíram com seus programas ao longo dos anos e que constituem hoje uma comunidade.
O projeto também faz parte da BienalSur 2019, no espaço público na Cidade de Buenos Aires e está relacionado com a obra “Banderas del fin del mundo” instaladas na Terra do Fogo, o ponto mais austral da Bienal, onde aconteceu a abertura desse grande evento cultural.
Com sua cartografia inédita a BienalSur elimina fronteiras, pensa com artistas locais e de todo o mundo, trabalha com colaboração e está em diálogo permanente com as demandas e interesses de cada sede em que se estendem as mais diversas propostas artísticas contemporâneas.
“Com a BienalSur buscamos traçar uma nova cartografia para que a cena artística global expanda seus sentidos a outros âmbitos. Buscamos romper com a ideia instalada de que a luz está no Norte. Essa decisão profundamente simbólica permite avançar no traçado de novos percursos”, destaca o diretor geral da BienalSur.
Já para Diana Wechsler, diretora artístico-acadêmica da BienalSur, a mostra é transgressora, na medida em que fomenta um estado de pensamento que rompe com estereótipos hegemônicos, que interpela públicos cada vez mais diversos e que convida a uma reflexão crítica sobre a contemporaneidade a partir das produções simbólicas de artistas de diversas origens. O leque de propostas artísticas da BienalSur continua em Santiago do Chile, Lima, La Paz, além das sedes na França, Itália, Espanha, Marrocos, México e Costa Rica.
SOBRE A BIENALSUR
A segunda edição da BienalSur, Bienal Internacional de Arte Contemporânea da América do Sul, será realizada de maio a novembro de 2019, com exposições simultâneas de mais de 400 artistas, distribuídas por 43 cidades, em mais de 20 países. A vibrante oferta artística se estenderá para mais de 100 sedes entre museus, centros culturais, instituições e zonas emblemáticas de espaço público, com a premissa de levar ao público, de maneira gratuita, as mais diversas manifestações artísticas contemporâneas. Organizada pela Universidad Nacional de Tres de Febrero (UNTREF), a primeira edição da BienalSur aconteceu em 2017, simultaneamente em mais de 30 cidades, de 15 diferentes países. Esta edição reúne exposições de mais de 350 artistas e curadores dos cinco continentes, com o objetivo de gerar uma rede global de colaboração associada institucional para eliminar distâncias e fronteiras, reivindicando a singularidade na diversidade.