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junho 21, 2016
Maritza Caneca no Paço Imperial, Rio de Janeiro
Martiza Caneca apresenta série inédita de piscinas no Paço Imperial, com curadoria de Vanda Klabin, mostra reúne 25 fotografias produzidas em países como Brasil, Israel, Cuba, Suíça e Estados Unidos
Quando participou da Scope Basel Suíça, no ano passado, Martiza Caneca teve seis obras compradas por um grande colecionador logo no primeiro dia de feira. Todas com um tema em comum que vem permeando a produção da artista: a geometria das piscinas.
O resultado de todo um percurso, iniciado há três anos, poderá ser visto a partir do dia 23 de junho, no Paço Imperial. Com curadoria da historiadora e cientista social Vanda Klabin, a mostra Série Piscinas apresenta uma seleção inédita de 25 fotografias, em grandes e pequenas dimensões, ampliadas em papel algodão.
O olhar de Maritza, que começou a carreira como fotógrafa de cinema, está refletido em diferentes equipamentos aquáticos que encontra pelo caminho. Públicas ou não, mas sempre sem a presença humana, as piscinas foram registradas em lugares como Laos, Bangcoc, Vietnã, Camboja, Estados Unidos, Suíça, Itália, Cuba, Israel, além do Rio de Janeiro, lugar em que vive e atua.
Para realizar o trabalho, a artista aponta suas lentes para ângulos inusitados que oferecem a linha reta e a simetria que compõem sua narrativa. Profundidade, poesia, transparência, quietude e imensidão são algumas das características impressas em seus retratos.
“As piscinas de Maritza trazem um território transbordante de vivências e ressignificações. Elas parecem conter episódios de vida, vestígios de memória, um tênue fio entre a presença e a ausência, um curso do tempo que parece suspenso, congelado, atemporal”, observa Vanda Klabin em seu texto curatorial.
O repertório geográfico é expansivo. Integram a exposição, entre outras obras, uma piscina de vidro, clicada em São Francisco, uma piscina fotografada à noite em Jerusalém, a piscina da casa onde morou Ernest Hemingway, em Havana, o vestiário da Piscina da Universidade de New Orleans e uma piscina de um colégio público no Rio de Janeiro.
“Todo o meu trabalho tem uma coerência e neste conjunto de piscinas convido o público a mergulhar neste universo particular, fruto da minha pesquisa. Realizar a primeira individual no Paço, com a curadoria da genial Vanda Klabin, é uma grande alegria. Sobretudo durante as Olimpíadas, quando a cidade estará cheia de visitantes e com uma caprichada programação cultural”, comemora Maritza.
Maritza Caneca - Presente em importantes coleções particulares, suas fotografias já são conhecidas no circuito da arte internacional, em exposições coletivas na Art Cartagena, Art Copenhagen 2015, Scope Miami Beach 2014 e Scope Basel Suiça 2015. Em maio de 2016, a artista participou de uma coletiva na Bossa Gallery, em Miami. Até o fim do ano, terá obras expostas em feiras e galerias em Copenhagen, Medelin e Miami.
Seu percurso artístico começa nos anos 80 como fotógrafa de Still em filmagens cinematográficas. Desde então, assinou importantes projetos no cinema e na TV, entre eles “A luz do Tom” (2013), de Nelson Pereira dos Santos; “Carlos Burle Gigantes por Natureza” (2012), de Felipe Jofily; e “Viver com Fé, em Jerusalem”, com Cissa Guimarães, para o GNT. Suas fotos podem ser vistas no Rio de Janeiro, São Paulo, Los Angeles, Barcelona, Genebra e Londres.