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setembro 5, 2015

Robert Kelly na Mercedes Viegas, Rio de Janeiro

A galeria Mercedes Viegas Arte Contemporânea tem o prazer de apresentar a obra do artista norte-americano Robert Kelly. Nascido em Santa Fé, Novo México, em 1956, Kelly é formado em Artes pela Harvard University. Reside e trabalha em Nova York e realiza exposições individuais nos mais diversos centros de arte ao redor do mundo desde 1982. Agora, em sua primeira exposição individual no Brasil - From Here To There, apresenta seus novos trabalhos ao público do Rio de Janeiro. São em torno de 20 obras, produzidas recentemente, com dimensões variadas. Os trabalhos são em óleo e técnica mista sobre tela ou painel, além de alguns desenhos, sendo a maioria dos trabalhos reproduzidos no catálogo que acompanha a exposição.

As obras de Robert Kelly se inscrevem na ampla tradição construtiva moderna. O holandês Piet Mondrian, do De Stijl e o suprematista russo Kazimir Malevich, além dos artistas e professores da Bauhaus, no que poderíamos chamar de a primeira grande geração de artistas construtivistas. Igualmente importantes são artistas que gravitam, com maior ou menor proximidade, à volta do núcleo construtivista: o escultor romeno Constantin Brancusi, o pintor uruguaio Joaquin Torres-Garcia, o escultor americano Alexander Calder, além de Tony Smith, Ellsworth Kelly e Myron Stout, os modernos alemães Kurt Schwitters e Hans Arp e o contemporâneo Blinky Palermo.

Mais recentemente, a partir dos anos 1990, quando sua produção artística já estava bem consolidada, Kelly travou contato e se aproximou da obra de alguns dos nossos principais artistas construtivos e neoconcretos, notadamente Sergio Camargo, Lygia Clark e Hélio Oiticica. Não obstante o contato tardio, a influência das obras dos artistas brasileiros se faz notar pela convergência dos processos de construção das formas. Kelly afirma: “eu não quero pintar algo, eu quero deixar a pintura ser ela mesma”.

Por vezes o processo se torna perceptível na maneira como as formas de uma obra anterior geram descendências. Formas que nascem de outras formas, em uma série de variações que se auto engendram. “Não quero me ver tanto nas pinturas”, declara ele, “tanto quanto quero que as pinturas assumam sua própria autoridade”.

As obras de Robert Kelly fazem parte das coleções de alguns dos museus e instituições culturais mais prestigiosos da Europa e dos Estados Unidos, entre eles: The Whitney Museum of American Art, New York, NY; The Brooklyn Museum, Brooklyn, NY; The Museum of Fine Arts, Santa Fe, NM; Milwaukee Art Museum, Milwaukee, WI; Smith College Art Museum, Northampton, MA; Jane Voorhees Zimmerli Art Museum, Rutger’s University, NJ; Montgomery Museum of Fine Arts, Montgomery; The Fogg Museum, Cambridge, MA; The Margulies Collection, Miami, FL; and the McNay Art Museum, San Antonio, TX.

Na feira ArtRio 2015, entre os dias 9 e 13 de setembro, o trabalho de Robert Kelly está também presente, pelo segundo ano consecutivo, no stand da galeria Mercedes Viegas, no Píer Mauá, stand E8, armazém 2.

Robert Kelly (Estados Unidos, 1956) é um pintor Americano. Nascido em Santa Fé, Novo México, Kelly recebeu seu Bacharelado em Artes em 1978 pela Universidade de Harvard - Cambridge, MA. Influenciado pelo movimento De Stijl, Kazimir Malevich (Pintor Russo/Ucraniano, 1878–1935), Piet Mondrian (Holandês, 1872–1944) e modernistas como Kurt Schwitters (Alemão, 1887–1948), Kelly cita também artistas como Louise Bourgeois (Francesa-Americana, 1911–2010), Hans Arp (Francês, 1886–1966) e Ellsworth Kelly (Americano, b.1923). Nesse período Kelly começou a trabalhar para Polaroid em Cambridge; e também participou de residências no The MacDowell Colony e na Fundação de Károlyi em Vence, França. Então, em 1982, ele decidiu seguir uma carreira exclusivamente na pintura.

O trabalho de Kelly investiga a idéia de duplicidade através de imagens que refletem, opõe-se ou imitam umas as outras. Ele compara seu método de trabalho com a prática de um masom ao construir um muro: Joga com as bordas, ângulos e cortes criando uma tensão e uma lógica intuitiva para a colocação de linha e forma. Kelly encontrou inspiração ao viajar por todo os Estados Unidos, Europa, norte da África e Nepal. Suas obras frequentemente incorporam materiais incomuns encontrados durante suas viagens, tais como posters vintage ou impresso de papéis antigos, para criar colagens com pigmentos saturados.

Kelly realizou exposições individuais no mundo inteiro, inclusive no Spazio BiancoAR Arte Contemporânea em Milão, Itália, Leslie Feely Fine Art, em Nova York, NY, John Berggruen Gallery, em San Francisco, CA e Linda Durham em Santa Fé, Novo México. Suas obras fazem parte de coleções públicas no Museu Whitney em Nova York, NY, o Fogg Museum em Cambridge, MA, o Brooklyn Museum, NY e o McNay Art Museum em San Antonio, TX.

Kelly atualmente vive e trabalha em Nova York e Santa Fe, Novo México.

Posted by Patricia Canetti at 11:19 AM