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novembro 3, 2014
Renata Egreja na Zipper, São Paulo
A segunda individual de Renata Egreja na Zipper Galeria, Idílio, com curadoria de Mario Gioia (ler texto) tem abertura prevista para 4 de novembro e se pauta por uma ideia de pintura expandida. Em uma visada contemporânea sobre o que é o pictórico, a artista paulista investiga, por meio de sua potente obra visual, a temática do idílio, tão cara a variados movimentos em distintas épocas, como o romantismo. A exposição será constituída por trabalhos realizados nas linguagens da pintura, da instalação, do vídeo e do livro de artista, entre outras. Sem abdicar da cor, da escala e de influências de poéticas diversas, como a geração 80 nacional e expoentes internacionais como Annette Messager e Claude Viallat, Egreja, graduada na Escola de Belas Artes de Paris, discute novas questões em sua obra. Assim, o embate entre o planejado e o intuitivo, o formal e o acidental, entre outros vetores, surge com força e se encerra em resoluções visuais sempre interessantes.
Renata Egreja vive e trabalha em São Paulo. É formada em artes plásticas pela FAAP com mestrado pela École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, Paris, França. Vai acumulando em suas telas de grande formato os humores da vida, registrando dia a dia a fúria, depois a gentileza, o movimento amplo, depois a vontade de recomeçar. Como exposições individuais citamos: Anattã (India International Center, Nova Déli, 2013), A Regra do Jogo (Zipper Galeria, São Paulo), individual no Museu Histórico de Santa Catarina, Florianópolis; e Um Traço Basta (Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Curitiba, 2012). Participou de várias exposições coletivas, das quais citamos a Residência Artística no MACS (Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba), e o “Programa de Residência Artística FAAP/M.R.E. Itamaraty na Índia: Paulo Almeida e Renata Egreja” (MAB FAAP, São Paulo). Possui trabalhos em acervos públicos e privados e ganhou os seguintes prêmios: Prêmio Itamaraty de Arte Contemporânea em 2012 e Menção Honrosa no 18º Salão de Artes Plásticas de Praia Grande em 2011.
Mario Gioia é graduado pela ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo), coordena pelo quarto ano o projeto Zip'Up, na Zipper Galeria. Em 2013, assinou por tal projeto as curadorias das individuais de Ivan Grilo, Layla Motta, Vítor Mizael, Myriam Zini e Camila Soato. No mesmo ano, fez as curadorias da coletiva Ao Sul, Paisagens (Bolsa de Arte de Porto Alegre) e das intervenções/ocupações de Rodolpho Parigi e Vanderlei Lopes na praça Victor Civita/Museu da Sustentabilidade, em SP. Foi repórter e redator de artes e arquitetura no caderno Ilustrada, no jornal Folha de S.Paulo, de 2005 a 2009, e atualmente colabora para diversos veículos, como a revista Select. É coautor de Roberto Mícoli (Bei Editora), Memória Virtual - Geraldo Marcolini (Editora Apicuri) e Bettina Vaz Guimarães (Dardo Editorial, ESP). Faz parte do grupo de críticos do Paço das Artes, instituição na qual fez o acompanhamento crítico de Black Market (2012), de Paulo Almeida, e A Riscar (2011), de Daniela Seixas. É crítico convidado do Programa de Fotografia 2012/2013 e do Programa de Exposições 2014 do CCSP (Centro Cultural São Paulo).